terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Nome artístico

Quando começei a entrar nesse meio artístico tive que pensar em um nome pra usar.
Nermal é apelido. Artur pode ter vários, além de eu gostar do meu sobrenome. Escolhi Artur de Bem.

Certa vez eu perguntei pro Seu Catonho: "Mestre, qual é o teu nome artístico? Catonho? Seu Catonho? Catonho da Cuíca?" Ele ficou meio na dúvida, mas escolheu na hora.
Pra ser sincero não lembro qual foi a resposta que ele me deu, mas eu sempre coloco como Catonho da Cuíca. Ou Seu Catonho.

Com o Bidu foi a mesma coisa. Bidu? Bidu da Cuíca?
Pra ele tanto fazia, mas ele definiu por Bidu.

No primeiro show da Iara Germer eu perguntei qual era o nome que ela usava: Iara ou Iara Germer. Ela não sabia me responder, porque estava começando na carreira (shows, etc. Ela já cantava antes) naquela hora. Sugeri Iara Germer, e ela aceitou.

Um dia na faculdade brigaram comigo porque eu coloquei Jandira em um trabalho acadêmico. Faltava o sobrenome, como manda a regra do jornalismo. Argumentei que o nome artístico dela era Jandira. Sem sobrenome. Aceitaram meu argumento, mas mandaram eu colocar o sobrenome, que eu não sei exatamente, então devo ter errado. Quem se importa? Meus professores não a conhecem, mesmo.

O último caso foi o do Eduardo da Costa, o Cadinho. "Tanto faz", diz ele.

É nisso que eu quero chegar.
Gente! Músicos! Não é "tanto faz"! É necessário ter um nome artístico. Nem que seja o mesmo nome de batismo. Mas escolham, um só! E exigam correção quando escreverem errado.

Duvido alguém anunciar o show do Zeca Pagodinho como "Show nacional com Jessé Gomes da Silva".
Então, promotores e anunciadores de eventos, não brinquem com o nome dos artistas locais!!
Não é Massal do Samba, não é Raquel Barreto, não é Jaílson Dias, não é Rafael Gaucer. É Marçal do Samba, Rachel Barreto, Jeisson Dias, Raphael Galcer, e por aí vai...

Os jornalistas não erraram nenhum nome chinês na época das Olimpíadas, mas erram nomes brasileiros. Eu não admito isso!!!


E o povo canta: "O meu nome já caiu no esquecimento. O meu nome não interessa a mais ninguém" (Paulo da Portela)

Um comentário:

Willian Tadeu disse...

Colocação interessante, meu caro Artur do Mal...
A propósito, é bom sugerir também que o nome seja diferenciável. Teve uma escola no Rio - Tijuca, se não me engano - em que um samba concorrente que na época achei simpático era assinado por algo como "João, Luiz, Cleiton e Marcelo". Assim fica difícil, ehhehehe!

Abraços!