quinta-feira, 7 de dezembro de 2023

Um conto

Um dia desses, conversando com um amigo, surgiu a possibilidade dele vir me visitar. No dia e hora marcada ele veio.

Eu não comi nada no dia que ele chegou, por razões óbvias.

Ele entrou na minha casa, nos beijamos e ele já começou os trabalhos. Adoro homens assim, que já chegam chegando.

Delicadamente me colocou no sofá. Me sentei confortavelmente. Meio sentada, meio deitada, sabe? Estiquei as pernas e fiquei admirando aquela cena. Ele me olhou, sorriu, e logo voltou a ficar sério, concentrado no que estava fazendo. Ele sabia o que fazia. E fazia bem direitinho.

Ele trouxe uma mochila com alguns acessórios. Foi logo tirando e colocando em cima da mesa, mesmo. Sem cerimônia. Abriu meu armário, pegou mais alguns itens que ele encontrou, e que achou que serviria para a ocasião, e foi preparando as coisas.

E eu fui ficando relaxada, relaxada, enquanto ele fazia todo o trabalho.

A forma como ele manuseava tudo era incrível. Pareciam mãos de mágico. Ele mexia, mexia, mexia. Umedeci os lábios com a língua e mordi o beiço de baixo. Acho que ele nem viu. Por conta da posição que estávamos, não conseguia ver tudo que ele fazia e nem ele me via todo o tempo. Mas não precisava.

De repente, por conta de toda aquela preparação que ele fazia antes do ato principal, o ambiente foi tomado por aquele cheiro forte e gostoso. E por causa disso, fui ficando com mais vontade. Sabia que o cheiro ia ficar impregnado nele. E isso mexeu ainda mais comigo. Passado tudo, sentir esse cheiro nele ia me deixar querendo de novo.

Estava tudo quente. Fervendo. Eu já me contorcia no sofá. Ele sorria.

Às vezes ele passava a língua. Só às vezes mesmo. Acho que era uma técnica nova. Não entendo muito dessa parte. Mas nada que interferisse no todo. Até preferia que fosse assim, na verdade. Quando ele sentia que estava muito quente, mexia pro lado, dava uma abaixada no fogo. Mas a fonte do calor continuava a toda. Estávamos só nós 2, mas o ambiente estava muito acalorado.

Vi uma gota de suor escorrendo pelo seu rosto. Limpou com o dorso da mão e continuou os trabalhos, como se nada fosse nada.

Ele não demonstrava cansaço em nenhum momento. Até porque ele disse que eu não precisaria me preocupar com nada. Ele veio até a minha casa para fazer o serviço completo. Me satisfazer. E estava fazendo muito bem o seu serviço. Como se tivesse sido pago só pra isso. Eu só tinha que relaxar e aproveitar. E eu adorando aquilo tudo. Me sentindo uma rainha. Sem pensar no amanhã.

O relato parece rápido, mas todo esse ato até aqui durou cerca de 40 minutos. Muito? Pouco? Pra mim foi um tempo excelente.

Mas ainda ansiava pelo ápice, que eu sabia que estava próximo.

Não demorou muito e ele me permitiu ser ativa. Não me fiz de rogada. Caí de boca!!!

Lembro que ele disse: “Pra ficar mais gostoso, bebe só no final.”

Aquelas palavras ficaram ressoando na minha mente o tempo todo enquanto eu enfiava aquele pedaço de carne na boca. Era deliciosa. Queria ficar assim a noite inteira. Eu até babei agora enquanto escrevia isso, só de lembrar.

Mas ele tinha razão. Só quando eu acabei, bebi. Foi pra fechar com chave de ouro.

Quando eu acabei, ele ainda queria conversar. Vejam só. Fez o trabalho pesado e ainda foi fofo querendo conversar. Geralmente quando o homem acaba, dorme. Ele não.

Enquanto conversava, comigo deitada no sofá, refestelada, ele carinhosamente ainda limpou tudo. Não levantei 1 palha. Mas naquele momento, nem que eu quisesse. Passou a mão aqui, ali, quando dei por mim, não tinha nenhuma mancha, nenhuma sujeira.

Que homem!

Ele veio até minha casa, fez todo o trabalho, fiquei extremamente satisfeita, conversamos, ele se despediu e voltou pra casa dele.

O cheiro da picanha bem temperada com pimenta, orégano e outros condimentos ainda ficou na minha casa por algumas horas.