Nesta quinta, direto da Boca do Lixo paulistana, ali na Rua General Jardim, onde se situa o Centro de Cultura Popular Consolação, o CCPC, teremos uma excelente roda de samba com Tuco e o Batalhão de Sambistas.
Sambistas de todos os costados da Paulicéia e região estarão presentes para prestigiar este grande ás do samba, que se prepara para lançar seu primeiro disco solo, o "Peso é Peso".
Para quem não puder ir, a Rádio Alambique, comandada de maneira exemplar pelo Mano Ary, irá transmitir a bagunça ao vivo.
SERVIÇO
Tuco e Batalhão de Sambistas Local: CCPC Endereço: Rua General Jardim , 269 - Centro - São Paulo/SP Data: 30 de setembro (quinta-feira) Horário: 21h Valor: 5 reais
A Rádio Alambique pode ser ouvida aqui neste blog!
Fui no lançamento do documentário Impasse, do meu mestre Fernando Evangelista e sua esposa, Juliana Kroeger, nesta quinta, na Ufsc.
O documentário é excelente!
Foi o maior aulão de reportagem que eu já vi. O auditório da reitoria estava lotado de pessoas, jornalistas e aspirantes a jornalistas.
Impasse não tem a pretensão de encontrar um problema pro impasse do transporte coletivo, mas de mostrar como foi a manifestação contra o aumento da tarifa em maio e junho desde ano. E o fez com maestria.
Detalhes, depoimentos, imagens, áudio, tudo muito bem costurado, com informações claras e opiniões lúcidas de todos os envolvidos direta (manifestantes, policiais) e indiretamente (secretários, líderes).
Aliás, os dados foram obtidos na rua, no momento da manifestação, na empolgação das palavras de ordem, no calor dos embates com a polícia.
Cenas raras, exclusivas, com um impacto violento. Algo que nunca havia sido mostrado em lugar nenhum.
Quem não tem ideia do que se passa em uma manifestação contra o aumento da passagem do ônibus, e até quem estava na manifestação, se espanta com o documentário.
Me senti muito impotente ao ver atitudes tomadas pelo poder público totalmente sem critério, sem motivo, sem justificativa e sem noção.
Policiais e manifestantes se sentindo em uma guerra civil, com nervos a flor da pele.
No auditório, me perguntava o que passava na cabeça de um policial quando, naquelas semanas, saia de casa para ir trabalhar. Será que ele já saía com raiva? Já saía pensando em bater em alguém? Saía querendo prender bandido e ficando fulo por ter que acompanhar manifestação? Saía pensando no mínimo salário que recebe?
Durante a exibição, quando a polícia, um secretário ou representante das empresas falava, era um alvoroço. Quase não se ouvia o que eles tinham a dizer. E possivelmente pouco importava para a plateia. Senti a ausência de credibilidade do serviço público. Será que toda essa revolta se refletirá nas urnas?
O documentário foi apresentado em um momento muito oportuno para a cidade: há menos de um mês das eleições e, nesta semana, foi aprovado na Câmara Municipal o projeto de lei que autoriza a licitação do transporte coletivo. Resta saber se será satisfatório para a população, pois já há reclamações do modelo de licitação que será apresentado.
Enfim, parabéns Fernando Evangelista e Juliana Kroeger! Obrigado, mestre, por mais uma aula! E que o mundo assista esse documentário!
A postagem anterior não foi com erro. Foi em branco porque nada de novo acontece no samba de Florianópolis!
Nenhum grupo novo. Nenhum músico novo. Nenhum repertório novo. Nenhum arranjo novo. Nenhuma formação de palco nova. Nenhum show novo. Nenhum nada! Simplesmente nada de novo acontece no samba de Florianópolis!
Estamos vivendo em um hiato. É uma morosidade irritante. Não sei o que acontece, mas nada acontece.