terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Isso deu samba

Programa de Flávio Cavalcantti na TV Tupi.

O quadro é o seguinte: uma pessoa conta a sua história no começo do programa. Os dois compositores começam a compor os sambas. No final do programa eles apresentam e os cantores defendem os sambas. Uma banca analisa o melhor. Simples.
E Lupicínio Rodrigues transforma o simples num absurdo. Desmonta com Adelino Moreira, grande compositor. Ninguém conseguiria fazer melhor. Nem com 1 semana de tempo para compor.



Ah... que saudades do Faustão.


E o povo canta: "Meu nome é Alcides, mas todos me chamam 'Quindin de mulher'" (Lupicínio Rodrigues)

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Doe sangue


Pequena campanha do Cantinho para doação de sangue.

Acesse o site do Hemosc e saiba como fazer a doação! Não importa o tipo sangüíneo.

Além de lanchinho e um dia de folga, você ainda ganha uma carteirinha do Hemosc que lhe dá direito a desconto em inscrição de concurso público estadual.
Não é demais?

Aproveitando a ocasião, quando você morrer, doe órgãos. Avise a sua família!


E o povo canta: "O negócio é amor, o resto é conversar fiada. Amanhã a gente morre, da terra não se leva nada" (Joãozinho da Pecadora)

sábado, 27 de dezembro de 2008

Vídeo da Iara Germer

Estou fazendo testes.

Disponibilizei aqui uma música do show da Iara Germer no Célula, dia 13 de maio.

Estará disponível por 90 dias a contar de hoje ou 10 downloads.
É de graça. Não posso reclamar.

Mais adiante eu vou começar a colocar outros vídeos. Basta eu me familiazirar melhor com isso tudo.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Não há mais quintas na Lagoa

Graças à ganância, ignorância, burrice, falta de saber administrar um bar, etc., o samba às quintas na Lagoa acabou.

Começou com o couvert. Era pra ser R$4. Um belo dia o dono resolveu cobrar R$5 e retirar R$1 pra ele alegando que a venda de bebidas tinha sido fraco neste dia.
Ontem, o mural localizado do lado de fora anunciando o evento cobrava R$5, de novo. No intervalo, quando saímos pra tomar um ar, o valor já tinha sido alterado para R$4.

Desde a primeira quinta-feira foi feito um acordo entre os músicos e o dono do bar: seriam disponibilizados 5 chopps pra cada um e uma porção de qualquer coisa.
Ontem, sem qualquer prévia informação, os 5 chopps foram cancelados e foram cobrados os 19 chopps consumidos.

Isso despertou a ira dos músicos, que foram conversar com o responsável.
Os chopps foram ressarcidos e o resultado pode ser conferido no título desta postagem.

O nome do local é CERVARIA, ao lado do Confraria Chopp da Ilha.
Conselho aos músicos: NÃO TOQUEM LÁ!

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Blog da Dieve

Só falta ela.

Eu tenho um, a Ângela Bastos tem o dela, e agora Nico Ribeiro, que trabalha com carnaval há uns 30 anos (mais do que eu tenho de idade) em todo estado, colunista do O Estado (sim, o jornal ainda existe e há quem diga que voltará a circular como antes), acaba de inaugurar seu blog.

Nico é uma das pessoas mas críticas, alguns podem dizer que chega a ser chato, que existe no carnaval. Pudera. Com tanto tempo de serviço, já viu de tudo. Coisas boas e ruins.
Agora Nico entra na era digital e poderá ser lido, literalmente, por todo mundo (que acessa a internet).

Conheci Nico quando eu era aluno de violão do Aranha e ele me dizia que o pai (Nico) também era pesquisador e tinha um programa de rádio que falava de carnaval.
Muito tempo depois fui reapresentado pelo Marçal no Dia Nacional do Samba de 2007. Ele já estava sem barba e não o reconheci.
Por ser pessoa influente, o adicionei no meu mailing e passamos a nos conhecer.

E o que tudo isso tem a ver com a Dieve?
Bom. Segundo a Dieve, A RIC não tem nenhum planejamento para ingressar na internet. Está perdendo. E muito.
A Dieve poderia ficar alheia a tudo isso e montar um blog por conta própria. Razões pessoais a fazem não tomar esta atitude.
Que pena. Dos 3 colunistas de carnaval (Ângela, Nico e Dieve) é a única que ainda não possui blog.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Nome artístico

Quando começei a entrar nesse meio artístico tive que pensar em um nome pra usar.
Nermal é apelido. Artur pode ter vários, além de eu gostar do meu sobrenome. Escolhi Artur de Bem.

Certa vez eu perguntei pro Seu Catonho: "Mestre, qual é o teu nome artístico? Catonho? Seu Catonho? Catonho da Cuíca?" Ele ficou meio na dúvida, mas escolheu na hora.
Pra ser sincero não lembro qual foi a resposta que ele me deu, mas eu sempre coloco como Catonho da Cuíca. Ou Seu Catonho.

Com o Bidu foi a mesma coisa. Bidu? Bidu da Cuíca?
Pra ele tanto fazia, mas ele definiu por Bidu.

No primeiro show da Iara Germer eu perguntei qual era o nome que ela usava: Iara ou Iara Germer. Ela não sabia me responder, porque estava começando na carreira (shows, etc. Ela já cantava antes) naquela hora. Sugeri Iara Germer, e ela aceitou.

Um dia na faculdade brigaram comigo porque eu coloquei Jandira em um trabalho acadêmico. Faltava o sobrenome, como manda a regra do jornalismo. Argumentei que o nome artístico dela era Jandira. Sem sobrenome. Aceitaram meu argumento, mas mandaram eu colocar o sobrenome, que eu não sei exatamente, então devo ter errado. Quem se importa? Meus professores não a conhecem, mesmo.

O último caso foi o do Eduardo da Costa, o Cadinho. "Tanto faz", diz ele.

É nisso que eu quero chegar.
Gente! Músicos! Não é "tanto faz"! É necessário ter um nome artístico. Nem que seja o mesmo nome de batismo. Mas escolham, um só! E exigam correção quando escreverem errado.

Duvido alguém anunciar o show do Zeca Pagodinho como "Show nacional com Jessé Gomes da Silva".
Então, promotores e anunciadores de eventos, não brinquem com o nome dos artistas locais!!
Não é Massal do Samba, não é Raquel Barreto, não é Jaílson Dias, não é Rafael Gaucer. É Marçal do Samba, Rachel Barreto, Jeisson Dias, Raphael Galcer, e por aí vai...

Os jornalistas não erraram nenhum nome chinês na época das Olimpíadas, mas erram nomes brasileiros. Eu não admito isso!!!


E o povo canta: "O meu nome já caiu no esquecimento. O meu nome não interessa a mais ninguém" (Paulo da Portela)

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Iara Germer canta Baden Powell



Iara Germer está de volta, ao lado, sempre, de Luiz Sebastião.
Acompanham Eduardo Costa e Neno Moura.

As informações estão todas no cartaz. Só posso acrescentar que vale a pena.
Até porque, caso contrário, nem anunciaria.

Mais informações pelo telefone 8407-2422.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Quintas na Lagoa

Dizem que o raio não cai duas vezes no mesmo lugar.
Pois, pela segunda vez, das duas existentes, a noite de quinta-feira foi mágica.

Além do Samba incrível, houve um bis, de cerca de 1 hora.

O Samba acabou às 2h, como de praxe. Ficamos até às 3h conversando, quando o Dôga se invoca e convoca o Raphael, Álvaro e eu pra um desafio de partido alto. Fomos até às 4h brincando de fazer versos de improviso, sacaneando uns com os outros, idolatrando uns aos outros. Os que permaneceram no bar curtiram, cantaram os refrões, de vários temas, bateram palma, riram e se divertiram com o duelo travado entre nós!
Paramos às 4h porque tínhamos que pegar o madrugadão. Não havia carona pro centro.

Se algum solidário quiser ir para o centrinho da Lagoa, no bar Cervaria, do lado do Confraria Chopp da Ilha, quinta que vem, de carro, e quiser dar carona para voltar, sem hora marcada, agradecemos imensamente!!! E o Samba também!!!
Além de ouvir um bom samba, estarás contribuindo com a história do Samba de Florianópolis!!! Que tal???

O evento começa às 21h30 e a entrada é de R$4.
Dôga, Bidu, Raphael Galcer e Álvaro Fausane.
O vapor do Samba de Floripa. Porque a nata do Samba está um pouco mais abaixo.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Críticas...

Da sábia Mafalda:

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Transporte coletivo fora da lei II

Lei 034/99, regulamenta o transporte coletivo de Florianópolis.

Art. 45 A frota de cada empresa operadora será composta de veículos em número suficiente para atender a demanda máxima de passageiros.

É necessária a minha intervenção tecendo comentários sobre o que está escrito acima?

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Dia do Samba comentado III

A participação das escolas de samba poderia ser mais limitado.

Elas já possuem uma semana inteira de espaço na mídia e no povo pra mostrar seus sambas, lá por fevereiro. O Dia Nacional do Samba é para expressar as outras vertentes do Samba: partido alto, samba canção, samba de terreiro, samba de quadra, etc.
O samba enredo tem um andamento rápido. Isso confunde muita gente pensando que isso anima.
Me anima muito mais ouvir um samba bem interpretado, por mais que seja lento pra dedéu, mas que tenha sentimento, letra, melodia, do que ouvir um samba enredo.

Pro ano que vem é esperar que o poder público dê mais atenção ao Dia Nacional do Samba.

No Rio de Janeiro, o Dia é comemorado nos trens. São 4 trens. Cada trem tem 8 vagões. Em cada vagão uma perdição.
Os trens saem da Central e param em Oswaldo Cruz (terra da Portela). Lá há mais 4 palcos e 83 rodas de samba espalhadas pelo bairro.

Aqui em Floripa, cidade pequena, pensamento pequeno.................

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Variedades - DC II

Pra quem ainda não sabe, o A Notícia e o DC são do Grupo RBS. O A Notícia está se tornando regionalizado. Rodará somente em Joinville.

Reparem nas datas! (A Notícia - 03/12/08 | DC - 04/12/08)
Será falta de assunto?
Se é isso, eu posso sugerir algumas pautas pra eles.

Esse jornalismo, especificamente esse, é uma merda!!!



terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Samba às quintas na Lagoa

O MELHOR!!!

Não consigo descrever a emoção de estar naquele bar durante a madrugada de quinta pra sexta.
O resto do mundo não importava. Trabalhar no outro dia de manhã era a mesma coisa que nada.

A única coisa que eu sentia era o Samba. Na sua mais pura e autêntica forma. Em forma. O Samba estava lá. E se eu pudesse personificar o Samba, ele estava sentado ao meu lado cantando, enquanto eu tocava o surdo que ele deixou de lado, como se tivesse hipnotizado com aquilo que ele mesmo proporcionava.

E quinta que vem tem de novo. Dia 11, às 21h30, no Cervaria, ao lado do Confraria Chopp da Ilha, no centrinho da Lagoa. E quinta que vem, de novo. E toda quinta-feira vai ter. A entrada é de apenas R$ 4.
Dôga, Bidu, Raphael Galcer e Álvaro Fausane.
O vapor do samba de Florianópolis. Porque a nata do samba está um pouco mais abaixo.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Dia do Samba comentado II

As reclamações do evento foram poucas. Confesso. Até porque nem conversei com tanta gente assim. Relatei no primeiro comentário só os pontos negativos, porque o resto estava bom. Mesmo assim, vamos aos pontos positivos:

Apesar de todos os pesares (ditados na primeira postagem), houve a festa! Isso, por si só, já é uma grande vitória.
Cantaram sambas locais. Metade do repertório foram de sambas locais. Alguém percebeu isso? Se não percebeu, é um bom sinal. Sinal de que os sambas locais estão se tornando comuns nos ouvidos do povo.
Os intérpretes deram um banho. Cada um na sua.
A banda deu um banho, apesar de algumas coisas que foram improvisadas. Alguém reparou? Se não, é porque realmente a banda deu um banho.
Não houve problema com o som. Microfonia, falha de instrumento, nada. E a equalização estava muito boa. Todos os instrumentos eram ouvidos tranquilamente.

Animação.
Festa é com as Velhas Guardas! Elas são essenciais para qualquer evento! Elas animam, são animadas, cantam, dançam, se divertem e divertem. As Velhas Guardas deram um show a parte!

Todos dançaram, cantaram e saíram de lá felizes.

Quem não foi não pode mais ver pra crer. Quem foi jamais esquece e não pode reconhecer.

E ano que vem tem mais. Não é frase pronta pra dizer que haverá a comemoração de novo. É mais mesmo!

sábado, 6 de dezembro de 2008

Raidinho - Buci Moreira

Há pessoas que não merecem ouvir este raidinho. E provavelmente não seja justo com quem mereça. Não é querer ser egoísta, mas certas informações não podem ser repassadas para qualquer um.
Mesmo assim publico o áudio do programa Ensaio, do pesquisador Fernando Faro, com Buci Moreira.

Abaixo trecho do livro "As Escolas de Samba do Rio de Janeiro" vol.2 (minha bíblia), de Sérgio Cabral (meu papa). Porque ninguém melhor que Sérgio Cabral, maior pesquisador de samba, para falar sobre Buci.


Buci Moreira (1909-1984) foi um sambista completo, não tivesse ele, neto da famosa tia Ciata, o sangue azul da música popular brasileira.
Compositor e ritmista profissional, foi autor de sambas dotados de um balanço extraordinário, desses que fazem a alegria dos cantores cheios de bossa, mestres na arte de interpretar um bom sincopado. Uma pena que Buci tenha morrido sem que o cinema e a televisão tenham documentado o seu talento para dançar o samba. Não conheci outro homem que executasse tão bem os passos do samba e que exibisse com tanta graça o sapateado ou a dança do miudinho.

Nascido no Rio de Janeiro, estudou na Escola Benjamim Constant, na Praça Onze, desfilou pelo Bloco Deixa Falar e atuou durante alguns anos como diretor de harmonia da Escola de Samba Vê se Pode, do Morro de São Carlos. Foi um dos compositores de samba descobertos por Francisco Alves, que, em fins de 1929, promoveu a sua estréia como compositor, cantor, ocupando o lugar que era, anteriormente, de Baiaco.

Autor de "Não põe a mão", "Quem pode, pode", "Não precisa pagar" e de tantas outras músicas, foi integrante de um grupo de compositores que, nos anos 30 e 40, fazia ponto nos botequins da Praça Tiradentes para vender os seus sambas. Eram autores pobres que, muitas vezes, passavam adiante verdadeiras obras-primas em troca de trocados que os libertassem de certas aflições. Ele, Wilson Batista e Raul Marques eram os mais destacados membros desse grupo.

Foto: Arquivo Walter Firmo

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Dia Nacional do Samba comentado

O show nem havia começado e ouço a primeira reclamação: "Meu nome não consta como autora de um dos sambas!" Era uma compositora que havia visto, sem querer, a relação das músicas que iriam ser entregues aos músicos, onde, de fato, não havia necessidade de constar autoria.

As outras reclamações só vieram quando terminou o show: Faltou o Número Baixo, Novos Bambas, Um Bom Partido, Sambatuque, Molho Madêra, Portal do Choro, Rancho do Neco, Coisa da Antiga, Marú, Rachel Barreto, Mirela, Raphael Galcer, uma maior participação das escolas de samba, o evento poderia ter sido em local aberto, cantores desafinaram.

Eu fui um dos que ajudou a ampliar a lista de reclamações, apesar de estar na organização do evento, como assessor do vereador Márcio de Souza, co-organizador do evento, junto com a Galeria da Velha Guarda da Protegidos.
Por esse motivo posso responder algumas reclamações.

Pra começar, já de início, tivemos uma ré do Tribunal Regional Eleitoral, que proibiu qualquer tipo de liberação de verbas pela Prefeitura, por ser ano eleitoral. Como o evento era "patrocinado" pela Prefeitura (subvenção social), tivemos que correr e recorrer para apoio privado.

Semanas antes do dia 2 de dezembro acontece a maior catástrofe natural da história do Brasil. Primeiros questionamentos: fazer ou não fazer? Pensei comigo: A tradição africana manda cantar de qualquer maneira.
Depois: Mercado Público? Mas o clima está ruim. E o clima também. E se chover? Tenda? Se chover não tem público. Onde fazer? Centro Sul? Não tem acústica. TAC? CIC? Não há dinheiro.
Nos últimos dias, conseguimos o Clube 12.
O evento até foi anunciado precipitadamente como sendo no Mercado Público pela mídia especializada. Teve que refazer a informação.

Isso é o que eu posso responder.

Questões musicais (arranjo, repertório, etc), das quais eu discordo em partes, devem ser feitas com Wagner Segura, diretor musical, contratado para esta parte. Foi escolhido a dedo, portanto, homem de confiança. O trabalho foi bem realizado, a questão em questão é gosto pessoal.
Questões de convidados, das quais eu também discordo em partes, devem ser questionadas com Beloni, da VG da Protegidos e Márcio de Souza.

As escolas de samba foram convidadas. Só elas podem responder o motivo da ausência.

O que me deixa irritado é a falta de participação dos outros músicos que fazem samba o ano inteiro e não foram convidados para cantar. Mesmo não tendo sido convidados, poderiam muito bem ter ido prestigiar o evento.

Considerações finais (até pra não ficar mais extenso): não foi o meu melhor Dia Nacional do Samba. E eu acompanhei todos os cinco. Os dois primeiros foram apenas como espectador.

Destaque para Paulinho Carioca. Não conhecia o lado cantor dele. Matou a pau.