Peço licença aos leitores para falar de um assunto que não tem nada a ver com samba.
Em um restaurante do Centro da cidade há uma pequena. Não sei seu nome, idade, se é casada, viúva, se está namorando ou solteira. Aliás, espero que seja solteira.
É uma pequena de pele morena, rosto com traços simples e óculos com armação grossa, para reforçar os detalhes íntimos de seu semblante doce. Seu sorriso meigo esconde uma voz suave e serena, que poucos tiveram o prazer de ouvir. É uma beleza encantadora.
Possui um corpo mignonzinho. Seios pequeninos, que caberiam perfeitamente em uma boca, braços com um formato ideal, mas uma bunda grande. É quase desproporcional, mas de uma beleza enigmática. As ancas são de um tamanho normal, mas a bunda... a bunda é um pedaço de fofura.
Ela era garçonete e os marmanjos adoravam chamá-la para pedir qualquer coisa: guardanapo, palito de dente, perguntar a hora, se fechava pro almoço. Qualquer coisa. Enquanto que um jovem ficava no balcão pesando os pratos.
Eis que esse jovem saiu e ela assumiu seu lugar, atrás do balcão, escondendo uma jóia rara da natureza, sua bunda, para tristeza geral.
De vez em quando ela sai, claro, pra ajudar a servir os clientes. Aí é uma alegria.
Mesmo as calças pretas que ela sempre usa não ajudam a diminuir o tamanho do que vemos. Até porque são calças de lycra.
É hipnotizante. Ela não rebola. Só anda. As leis da física fazem o resto.
Agora entendo o sucesso do restaurante. Não é pela comida caseira, nem pelo preço módico de R$ 7 livre com direito a um suco. É pelo mais belo par de nádegas que eu já vi ao vivo.
São duas bandas grandes, durinhas, fofinhas, que cabem incrivelmente naquele corpinho. Mas que caberiam melhor no meu.
O restaurante todo clama por um novo funcionário pesando os pratos para que os glúteos de ouro balancem livres pelo ambiente.
Um comentário:
Excelente! Texto delicioso.
fernando evangelista
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