Um baita de um samba.
Estou ouvindo essa música há 53 minutos, desde que cheguei em casa.
Essa música me arrepia.
A começar pelos compositores: Candeia e Casquinha. Uma das melhores duplas de compositores.
A melodia se encaixando, de uma forma até grosseira para com as outras músicas, de tão bela, com a letra.
Depois, o arranjo maravilhoso feito pelo Paulinho.
Depois, a simplicidade de como ele é executado, magistralmente simples, no início: Cavaco, pandeiro, violão, tamborins e tantã.
A voz do Paulinho, limpa, tranquila, afinadíssima.
A Velha Guarda, entrando com tudo, com força toda, como se estivesse iniciando um dos desfiles épicos da Portela na Praça 11, tocando e cantando, com a voz da Surica sobressaindo sobre as outras.
"Seus cavaquinhos, seus pandeiros e suas cuícas", como diria Zé Keti.
A cuíca, na levada que só o Casemiro fazia, excelente.
O pandeiro do mestre Argemiro, dono de uma batida única.
Os tamborins de Monarco, Jair e Casquinha.
O Casquinha, um dos compositores, puxando um "quando chegou", para que o samba reinicie.
Demais! Perfeito! Absoluto! Soberano! Sensacional! Glorioso! Fenomenal! Impecável!
Mas eu queria me ater no 6 cordas do César Faria, pai do Paulinho, principalmente quando a música é retomada.
É de chorar!
Eu sempre ouvi e pensei que era um 7 cordas, mas ao ver o encarte e ler que o violonista de 7 cordas (Guaracy, da Velha Guarda) só aparece na segunda parte, e conhecendo o César Faria e o Guaracy como conheço, só posso presumir que seja o próprio César Faria, no 6 cordas, que faz esse chamamento.
Na foto, ao lado do pandeirista.
Deve ser foto de divulgação do Conjunto Época de Ouro, da época. Não sei a autoria.
A data da foto não deve ser muito longe da data da gravação, 1996. Mesmo velho pra caramba, tocava muito! César Faria era o melhor violão de 6 cordas de todos os tempos.
2 comentários:
Simplesmente fantástico. Sem frescura, sem excesso. Isto é puro samba.
Parabéns pela postagem.
Fabuloso
Postar um comentário