Pra resumir, estamos reivindicando que pra atuar como jornalista a pessoa tem que ser formada em jornalismo. Meio óbviu, mas que não existe hoje em dia.
Você se consultaria com um médico se ele não for médico?
Então porque pessoas que não são jornalistas escrevem em jornal, apresentam programas de tv e locutam em rádios? (mesmo que não exista esse verbo)
Carta divulgada em redes de e-mails de jornalistas. Ao menos os Jornalistas, formados, com a Carteira Nacional de Jornalismo e acadêmicos de jornalismo, futuros jornalistas com a Carteira Nacional de Jornalismo.
Convidamos todos a participarem da luta em defesa do jornalismo qualificado, democrático e ético. O STF está prestes a julgar a necessidade de formação superior para o exercício da profissão de jornalista. A obrigatoriedade do diploma interessa não apenas à categoria, mas a toda a sociedade. Abaixo encaminhamos o Manifesto para o qual pedimos a mais ampla divulgação.
Saudações sindicais.
Sérgio Murillo de Andrade
Presidente da FENAJ
Valci Zuculoto
p/Coordenação Nacional da Campanha em Defesa da Formação e Regulamentação
Diretora de Educação da FENAJ
A sociedade brasileira está ameaçada numa de suas mais expressivas conquistas: o direito à informação independente e plural, condição indispensável para a verdadeira democracia.
O Supremo Tribunal Federal (STF) está prestes a julgar o Recurso Extraordinário (RE) 511961 que, se aprovado, vai desregulamentar a profissão de jornalista, porque elimina um dos seus pilares: a obrigatoriedade do diploma
A exigência da formação superior é uma conquista histórica dos jornalistas e da sociedade, que modificou profundamente a qualidade do Jornalismo brasileiro.
Depois de 70 anos da regulamentação da profissão e mais de 40 anos de criação dos Cursos de Jornalismo, derrubar este requisito à prática profissional significará retrocesso a um tempo em que o acesso ao exercício do Jornalismo dependia de relações de apadrinhamentos e interesses outros que não o do real compromisso com a função social da mídia.
É direito da sociedade receber informação apurada por profissionais com formação teórica, técnica e ética, capacitados a exercer um jornalismo que efetivamente dê visibilidade pública aos fatos, debates, versões e opiniões contemporâneas. Os brasileiros merecem um jornalista que seja, de fato e de direito, profissional, que esteja em constante aperfeiçoamento e que assuma responsabilidades no cumprimento de seu papel social.
É falacioso o argumento de que a obrigatoriedade do diploma ameaça as liberdades de expressão e de imprensa, como apregoam os que tentam derrubá-la. A profissão regulamentada não é impedimento para que pessoas – especialistas, notáveis ou anônimos – se expressem por meio dos veículos de comunicação. O exercício profissional do Jornalismo é, na verdade, a garantia de que a diversidade de pensamento e opinião presentes na sociedade esteja também presente na mídia.
A manutenção da exigência de formação de nível superior específica para o exercício da profissão, portanto, representa um avanço no difícil equilíbrio entre interesses privados e o direito da sociedade à informação livre, plural e democrática.
Não apenas a categoria dos jornalistas, mas toda a Nação perderá se o poder de decidir quem pode ou não exercer a profissão no país ficar nas mãos destes interesses particulares. Os brasileiros e, neste momento específico, os Ministros do STF, não podem permitir que se volte a um período obscuro em que existiam donos absolutos e algozes das consciências dos jornalistas e, por conseqüência, de todos os cidadãos!
FENAJ – Federação Nacional dos Jornalistas
Sindicatos de Jornalistas de todo o Brasil
Um comentário:
dae Artur, bacana o seu blog hein!! Dá uma olhadinha no Molho Madêra que agora tá rolando um renascimento !hehe, valeu pelo incentivo..seu blog tem varias coisas legais.links, conteúdo..parabéns ! vou colocar um link dele lá no molho.abraço.
Álvaro Fausane
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