domingo, 10 de fevereiro de 2008

Batuque na Cozinha Especial

Aprendo com meus erros. Por essas e outras é que vou falar dos lados positivos deste evento. E pra ajudar, vou começar essa impressão com os lados positivos e deixar as críticas pro final. Quem não quiser ler as coisas ruins que eu percebi, é só não ler tudo.


Dia 22 de dezembro de 2007 houve um evento diferente na Coloninha. Os participantes eram somente convidados dos organizadores. Comida, muito boa por sinal, e bebida liberadas.

No começo houve um debate com alguns estudiosos de samba. O tema era: O Samba na atualidade. Comandado por Fernanda, cavaquinista do Bom Partido, o debate foi quente, sem discussões e sem desentendimentos. A proposta do debate foi muito interessante e deveria acontecer mais vezes. Não precisa ser periodicamente, mas de vez em nunca já está bom.
Marçal do Samba, Carlos Raulino, eu, Seu Valter (Velha Guarda da Coloninha), Álvaro (Molho Madêra), Fabrício, Márcio de Souza, e outros que eu não lembro, mesmo porque não os conheço, participaram do debate.

Ao final foi mostrado um vídeo: o filme do Natal da Portela, com participação especial de Almir Guineto interpretando o Paulo da Portela.

Em seguida o Grupo Ginga do Mané se apresentou no palco, executando com muita maestria os melhores choros.

Depois foi a vez do Grupo Bom Partido, que fez uma apresentação incrível. Não lembro de ter ouvido os sambas interpretados em outro momento.

Pra fechar com chave de ouro a Velha Guarda da Coloninha, melhor das 4 Velhas Guardas, na minha opinião, encerrou o evento cantando sambas clássicos do Rio de Janeiro e da Coloninha, além do Hino da Velha Guarda, samba novo.

Apesar das críticas que seguem, o evento foi muito bom. Eu gostei, e aguardo ansioso por próximos.


Infelizmente o evento, que estava marcado pra começar às 11h, começou depois das 11h30. Eu era convidado pro debate, cheguei na hora marcada e não havia nada pronto. É a tal Cultura Florianopolitana. Não se chega na hora porque se sabe que o evento vai atrasar. E os organizadores não iniciam na hora porque sabem que o público chega atrasado. E quem chega cedo é desrepeitado. Quando os eventos começarem a começar na hora marcada, sempre, o público vai aprender a chegar na hora pra curtir mais tempo o evento.

Durante o debate, além dos participantes, ninguém prestava atenção na conversa. Cultura Florianopolitana. Não tem como mudar. E não dá de fazer eventos de samba como é feito no Rio de Janeiro aqui em Floripa. O público é diferente, tem cultura diferente. E, realmente, o tema da conversa, que por sinal mudava muito, como uma conversa de mané, só interessava pra quem estuda samba, não pros leigos.

O vídeo foi iniciado sem qualquer anúncio e, de novo, a Cultura Florianopolitana fazia ninguém prestar atenção.


Pequei por não ter escrito isso nos dias seguintes próximos do evento. Até começei, mas só fui terminar no dia de hoje, por isso não lembro das outras críticas que eu iria fazer. E eram várias! Mas acho que está valendo.


E o povo canta: "Se no Moca, tem samba na Caixa ou então no Bela. Ou em qualquer favela, Covanca ou no Dona Adélia. A ilha encanta através dos seus bambas, que fazem seus sambas que naqueles morros ouvimos dizer" (Marcelo 7 Cordas / Milene do Cavaco)

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