quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Novos Bambas

Minha homenagem ao Novos Bambas.

São 7 anos de vida. Ainda são novos. O Novos Bambas, grupo de nome simples, quase próximo do simplório, impressiona, e não é de hoje.

Na 138ª edição do Projeto Cultural Mantendo as Tradições (06/10) o grupo mostrou que está de volta, pelo menos pra mim, ao meio sambístico da cidade. Com uma tranqüilidade de Velha Guarda, uma força de escola de samba, uma vontade de principiantes, expressam nos olhares um ar de ingenuidade, quase insegurança. O Novos Bambas apresentou um repertório antigo, mas novo. Nem tão novo quanto Número Baixo, nem tão antigo quanto Bom Partido. Nem melhor, nem pior, apenas diferente.

Suas cordas são harmônicas, coesas. 12 bordões formam uma sustentação e tanto para o canhoto Diogo demonstrar sua destreza no cavaco.

Sua percussão é pura, como deve ser. Tupi comanda a cozinha, que contém, ainda, Luiz, D’Ângelo e Lelê. Nada extravagante, sem firulas. Pandeiro, tantã, repique de mão, repique de anel, surdo e tamborim se alternam entre os 4.

Suas pastoras são sensacionais. Tríade famosa, mas que ninguém lembra os nomes: Heloísa, Daniela e Caroline. É de chorar. Um canto hipnotizante. Pra tentar ajudar a entender quem é quem, a Daniela também pode ser vista tocando repique de mão e a Heloísa, surdo.

Não podemos esquecer da família, essa instituição tão importante. E a família Novos Bambas é algo de extraordinário. Sempre alegres e dançantes. Essa família, sim, sabe fazer um pagode!

O grupo já tocou com Jeisson Dias, Jandira, Bom Partido, Número Baixo, Coisa da Antiga, Celinho da Copa Lord, Leonel Januário, e mais uma pá de gente. Mas são novos. Já participou de eventos como: Encontro de Samba Raiz I, II, III, IV, V; O Samba Pede Passagem, entre outros. Mas são novos. São constantemente chamados para tocar fora da cidade, do estado, já tocaram fora do país. Mas são novos. Não quero nem ver quando eles forem velhos bambas. Mentira, quero sim!

Desejo muito axé para este grupo!

E o povo hoje canta: "Alegria / Se arrastando / E deixando / Rastros imortais..." (Diogo Medeiros)

Um comentário:

Anônimo disse...

ELES SÃO BONS MESMO!
AS GURIAS TEM UM VOZERÃO NERVOSO