Seria então a maior saudade que alguém poderia sentir? Não. Apenas uma brincadeira com as palavras.
Estou com saudade de vocês, leitores. Morando sozinho, sem computador, e sem acesso às configurações do blog pela faculdade, não posso atualizar este Cantinho. Mas não pensem que estou sem escrever. O mural da sala, na faculdade, virou o meu blog real, enquanto o virtual descansa.
Aliás, muito bom. Escrever pra algo palpável é bom. Creio que até melhor do que internet. Pelo menos no meu caso a interação está sendo maior.
Eu, como saudosista, historiador, pesquisador, prefiro ter tudo guardado em papel. Muito mais seguro.
Por falar em saudosismo, segue um texto que muito provavelmente irá também para o "Espaço do Artur", nome do espaço que eu ganhei da curadora do mural, Kenni.
Há aquela história de que a criança pobre tem mais imaginação do que a criança rica. Isso porque a criança rica quando recebe um brinquedo, já recebe com ele pronto: ou é uma boneca já pronta ou um carrinho já pronto. A pobre não. Arranja um pedaço de madeira qualquer. Pode ser tanto um boneco, um carrinho, uma nave espacial, vai depender da imaginação da criança.
Baseado nisso é que eu fico pensando sobre aquele toca discos mágico: o MP3 player.
Eu não tenho um. Tenho um gravador que uso para fins profissionais e que também pode servir como o tal do walkman. Mas não preciso de um reprodutor de som comigo. Eu imagino uma música. Não escuto nada pronto.
Sorte a minha, pois sou compositor e músico-teimoso nas horas vagas. Então imagino qualquer música, melodia e crio meus sambas. E mais: não gasto com pilhas, não gasto meus ouvidos, só gasto imaginação. Mas creio que isso seja ingastável.
Coitado daquele que vive com um fio pendurado no ouvido. Preso à um mundo já pronto e que não cria, só reproduz.
Além do que é uma baita falta de respeito com as pessoas ao lado. Ponto de ônibus, dentro do ônibus, fila, etc. Logo aqui em Florianópolis, onde o povo é tão comunicativo. Ninguém conversa com ninguém. Porque além de estar sem imaginação, está ouvindo algo já pronto, com idéias prontas e vai ter os mesmos pensamentos prontos. Pronto. Ponto.
E o povo de Florianópolis ultimamente canta: "Se gritar 'pega ladrão', não fica um meu irmão, se gritar 'pega ladrão', não fica um" (Ary do Cavaco / Bebeto di São João)
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