
Tuco lançou seu cd 'Tuco & Batalhão de Sambistas ao vivo' neste fim de semana, dias 12, 13 e 14, em uma chácara na cidade de Atibaia - SP.Eu fui!
Na verdade, esses três dias foram um dia só, divididos por 2 tempos de cerca de 2 horas de sono cada. Quando entramos na Chácara Bambuzal nada mais importava. O que ficou do lado de fora era completamente inexpressivo. Só tínhamos noção de horário quando eram servidos o café da manhã, almoço e janta. No mais, pensar no ponteiro do relógio era bobagem.
Chegamos na sexta, dia 12, de noite. Eu, Dôga, Jorge Garcia, Juçara, Pedro Romão e a mãe do Jorge. Estupidamente muito bem recepcionados, depois de cumprimentar todos (Glória ao Samba, Terreiro de Mauá, Jequitibá, Projeto Resgate (RS), Roda de Samba de Uberlândia (MG), Amigos do Samba, Terra Brasileira, e os amigos sem grupo), era hora de conhecer o alojamento. Quartos, salão de jogos com sinuca e ping-pong, campo de futebol, piscina, churrasqueira.
Alguns dizem que o samba começou por volta das 3 da manhã. Mas como disse, pensar em horário seria bobagem.
Os cavaquinhos, os pandeiros e as cuícas. Os tamborins, chocalhos e surdo foram uma tentação. Além dos violões, repiques, recos, agogôs, e do lençol de vozes (aprendi essa com Alexandre, um dos fundadores do G.R.T.P. Morro das Pedras, que, em meados de 2001, deu origem há isso tudo).
A chácara se transformou em um grande conservatório. Em todos os cantos, em todos os momentos, se encontrava uma roda de samba, choro ou seresta.
E a música surgia fácil no meio das 45 espécies de plantas, 14.832 tijolos (eu contei, Pedro Romão!), entre os músicos de plantão, fluia no meio do ar que respirávamos. Era natural. Era de arrepiar. Emocionante. Era o samba acontecendo!
E o clima de amizade era tão gostoso, tão intenso. Conheci muita gente boa lá. Todos com humildade, com disposição de ensinar e aprender.
Parabéns, Tuco e Noeli! Tudo isso que foi dito aqui não consegue transmitir a emoção que eu senti e ainda sinto.
Peço desculpas a todos os presentes, principalmente à mãe e tia do Jorge, à Noeli e à Juçara, pois não tive tempo de me despedir de ninguém. Saí correndo pra pegar o avião.
No fim, uma burocracia estúpida no aeroporto serviu pra reforçar que o que vale no mundo é a amizade e que se dane o resto.
Salve os amigos!