sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Dia Nacional do Samba

Foto: Jair

O Dia Nacional do Samba é comemorado em todo Brasil, a partir de uma proposição de um vereador de Salvador, Luis Monteiro da Costa, em homenagem a Ary Barroso, que visitou a Bahia pela primeira vez em 2 de dezembro, depois de ter composto a música "Na baixa do sapateiro", que enaltece o estado nordestino. A partir de então, a comemoração da data foi se espalhando por todo o país.

Em Florianópolis, o vereador Márcio de Souza é o responsável pelo evento, neste ano, junto com o GRESC Os Protegidos da Princesa, organizando a 6ª edição do Dia Nacional do Samba.

Os eventos serão de qualidade e de graça, indo ao povo onde o povo está. Logo de manhã,
às 7h, quando a população estiver indo para o trabalho ou escola, o grupo Número Baixo estará presenteando com uma apresentação no Terminal Integrado do Centro – Ticen. Às 11h, quando alguns estiverem indo embora, no intervalo do almoço, ou ainda chegando para trabalhar, será a vez do grupo Um Bom Partido.

A partir das 18h, o evento principal, no Mercado Público.
Sambistas, intérpretes, compositores, todos nascidos, ou criados, ou nascidos e criados em Florianópolis, André Calibrina, Camélia, Guilherme Partideiro, Iara Germer, Jandira, Jeisson Dias, Julia, Léia Farias, Maria Helena, Marú, Neném Maravilha, Rachel Barreto, Sabaráh, Verônica Kimura, Vlademir Rosa, Paulinho Carioca, além, claro, das Velhas Guardas da Coloninha, Consulado, Copa Lord e Protegidos, símbolos de resistência e da ancestralidade do samba. Sem as Velhas Guardas, o samba perde muito do seu charme e quase tudo da sua história!

O repertório será baseado em músicas locais e de
João Nogueira e Roberto Ribeiro, em homenagem a essas duas figuras de grande importância na história do Samba.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Hoje é o Samba



O grupo de choro Ginga do Mané está organizando um samba no Projeto 12:30, da Ufsc, no dia 26, quinta-feira, no Teatro da Igrejinha da Universidade, de graça.

O grupo fará um evento para comemorar o
Dia Nacional do Samba (02/12) e, pra isso, chamou amigos de peso: Jandira, cantora do grupo Um Bom Partido, Seu Ari, da Velha Guarda da Copa Lord, no tamborim e agogô, Julio Córdoba no violão de 6 cordas e Dôga na percussão.
O Ginga é formado por
Fernanda da Silveira no cavaco, Fabricio Gonçalves no pandeiro, Raphael Galcer no violão de 7 cordas e Bernardo Sens na flauta.

A apresentação do show fica por minha conta,
Artur de Bem.

Mais informações, com a Fernanda: 8402-1151.


Show
Hoje é o Samba, 26/11/09, no Teatro da Igrejinha da UFSC, no Projeto 12h30
Grupo Ginga do Mané e convidados
Jandira / Dôga / Seu Ari / Julio
Texto e apresentação: Artur de Bem


1. Cheguei (Pixinguinha)
Pixinguinha foi o maior músico que tivemos! Talvez, um dos maiores do mundo. E essa informação tem o respaldo de todos os outros grandes músicos. Vinicius de Moraes disse, um dia, não conhecer figura tão excepcional quanto Pixinguinha. E Vinicius conhecia bastante gente.
Pixinguinha foi especial.
Aqui, o primeiro da Santíssima Trindade.

2. Pelo Telefone (Donga / Mauro de Almeida)
Donga foi, talvez, o maior responsável pela preocupação dos compositores em registrar suas obras. Segundo Heitor dos Prazeres, o refrão deste samba era cantado por todos na casa de Tia Ciata (antigamente não havia segundas partes, o pessoal improvisava), e ninguém saberia dizer, ao certo, quem era o autor. Donga registrou este como sendo seu, causando certo desconforto entre os outros sambistas freqüentadores da Tia Ciata. O jornalista Mauro de Almeida fez uma paródia do samba para uma reportagem sobre cassino e publicou no jornal. A paródia fez tanto sucesso quanto a original. Hoje, se cantam das duas formas e a autoria foi dividida.
Donga é o segundo da Santíssima Trindade.

3. Jura (Sinhô)
O auto intitulado Rei do Samba. Infelizmente, Sinhô é muito conhecido por roubar músicas dos outros, o que poderia até diminuir sua credibilidade. Não para nós. Sinhô tinha, sim, essa malandragem de embebedar outros compositores e pedir para eles executarem a obra várias e várias vezes, enquanto um amigo de Sinhô escrevia a partitura escondido atrás de algum biombo. Após isso, corriam para a rádio dizer que tinham feito um samba novo.
Mas Sinhô também era compositor de verdade, além de um músico extraordinário. Incapaz de ler uma linha sequer de partitura, tocava de ouvido. Seu instrumento era o piano. Certa vez em um cabaré, colocaram uma partitura em sua frente e pediram para executar tal obra. Sinhô, malandramente, disse que não poderia, pois não se dava com o autor.

4. Batuque na Cozinha (João da Baiana)
Exímio tocador de prato e faca e pandeiro, compositor, improvisador, dançarino, João da Baiana foi preso por portar um pandeiro, quando se dirigia à Festa da Penha. Quando o senador Pinheiro Machado, seu amigo, soube do ocorrido, mandou soltá-lo, mandou fazer um pandeiro novo, talhar no corpo do instrumento os dizeres “Do senador Pinheiro Machado para João da Baiana” e o presenteou.
João termina a formação da Santíssima Trindade da Música Popular Brasileira.

5. Se você Jurar (Ismael Silva / Nilton Bastos / Francisco Alves)
Ismael Silva foi o fundador da primeira escola de samba, a Deixa Falar. O termo Escola de Samba foi criado pelo fato da sede do bloco ser ao lado de uma escola comum, e pelo fato do bloco ser repleto de grandes sambistas que acabavam ensinando samba às outras pessoas, até para o pessoal da Portela (então Vai Como Pode) e Mangueira (então Estação Primeira), na época em que as escolas de samba ensinavam samba. Ironicamente, a Deixa Falar nunca foi registrada como Escola de Samba, apenas como Bloco Carnavalesco e, mais tarde, Rancho Carnavalesco. De Escola de Samba, tinha, apenas, o apelido.
Ismael foi, também, o responsável pela mudança de andamento do samba amaxixado da época. Houve até uma discussão proposta pelo pesquisador Sérgio Cabral entre Ismael e Donga. Ismael dizia, sobre o samba de Donga: “Isso não é samba, é maxixe!”, ao que Donga respondia, sobre o samba de Ismael: “Isso não é samba, é marcha!”. Alguém se arrisca a dar um palpite?
Uma dia dois amigos se encontraram num bar:
- Você viu o Ismael?
- Quem?
- Ismael! Não conheces?
- Não!
- Você não conhece Ismael Silva????
O rapaz se levanta, bate continência e diz:
- Você está falando do Grande Ismael Silva?

6. Agora é Cinza (Bide / Marçal)
Também da Estácio, assim como Ismael, Bide e Marçal estão entre as maiores duplas de todos os tempos. Bide dizia que eles se completavam. A ligação que eles tinham era tamanha que, quando da morte de Marçal, Bide parou de compor e se dedicou à atividade de percussionista de rádio e das gravadoras. Dois grandes bambas da Estácio, exímios percussionistas e excelentes compositores. Bide inventou o surdo e uns atribuem a ele a invenção do tamborim, apesar dele mesmo declarar não ter certeza disso.
Marçal é o primeiro da dinastia Marçal, que hoje está na terceira geração.
Esta música foi a primeira parceria dos dois.

7. Alvorada (Cartola / Carlos Cachaça)
Terminada Estácio de Sá, vamos para Mangueira, fundada por Cartola e Carlos Cachaça, grandes amigos e parceiros, entre outros sambistas. Na década de 70, Cartola ficou de longe dos desfiles da Mangueira, por não conseguir seguir o andamento das escolas de samba.
Cartola foi dono de restaurante: o Zicartola. Ele era o gerente e Dona Zica, sua esposa, a cozinheira. Como gerenciar conta de bêbados amigos não era o forte, o restaurante faliu, não sem antes revelar grandes nomes do samba como Paulinho da Viola, Nelson Sargento, Anercarzinho do Salgueiro, Elton Medeiros, Jair do Cavaquinho, como Rosa de Ouro, Clementina de Jesus, etc.
Um dia, Heitor Villa Lobos ouviu uma música que Cartola tinha recém composto e disse: “Ta tudo errado, mas ta ótimo!”.

8. Minha Vontade (Chatim)
“Da Mangueira tem Carola, do Estácio, Ismael. Da Portela tem o Paulo, que é o nosso Deus do Céu!”
A Portela é um celeiro de bambas. Além da quantidade, há a qualidade. A Portela detinha a mais respeitada ala de compositores. Dentro dela, Chatim.
Infelizmente não há muitos detalhes sobre a sua vida, mas Chatim fez parte do grupo musical da Velha Guarda da Portela, gravou algumas de suas músicas e deixou outras tantas não gravadas. Recentemente, um áudio gravado por Candeia com uma segunda parte, inédita, de um de seus sambas foi descoberto e está circulando pela internet.

9. As Forças da Natureza (Paulo César Pinheiro / João Nogueira)
João Nogueira foi o criador do Clube do Samba. Não só da música, mas do Clube em si, que tinha a sede no quintal de sua casa e reunia grandes sambistas.
João era um excelente intérprete. Suas divisões melódicas são inigualáveis.
Paulo César Pinheiro foi casado com Clara Nunes e, junto com João Nogueira, era presença garantida nos álbuns da Guerreira.
Excelentes letristas, melodistas, poetas, essa dupla marcou história no samba.

10. Partido Alto da Clementina de Jesus (Candeia)
Sou suspeito de falar, mas Candeia foi o maior sambista de todos os tempos. A lista de elogios é extensa, então vou tentar resumir: Respeitava os mais velhos, criava, respeitando as tradições, tocava cavaquinho, violão, percussão, compunha letra, melodia, cantava, e, muito importante, conhecia os fundamentos.
Fundou o Grêmio Recreativo Arte Negra Escola de Samba Quilombo em 1974, por não aceitar o que estava acontecendo com o carnaval e com as escolas de samba, que estavam deixando de lado os verdadeiros responsáveis pela criação do carnaval e das escolas: os sambistas, os pobres e os negros.
Sambista, chorão, capoeirista, jongueiro, foi um grande líder do movimento negro.

11. Timoneiro (Paulinho da Viola / Hermínio Bello de Carvalho)
O grande Paulinho da Viola seja, talvez, o último dos sambistas-chorões, com passagem fácil por essas duas vertentes, e que executa tão bem as duas modalidades.
Em sua primeira visita à quadra da Portela, já arranjou uma parceria de peso. Casquinha ouviu uma primeira de Paulinho, foi ao banheiro e retornou com uma segunda que se encaixou perfeitamente. Estava feito o samba Recado, e selada a entrada de Paulinho na mais respeitada ala de compositores, da Portela.
Em 1970, juntou o pessoal da Velha Guarda da Portela e produziu o primeiro álbum da Velha Guarda. Hoje ele é padrinho da Velha Guarda e pede a bênção pros seus afilhados.

12. Tia Eulália na Xiba (Nei Lopes / Cláudio Jorge)
Nei Lopes é um grande pesquisador da cultura negra. Autor de livros, dicionários, sambas, jongos, e outros estilos musicais. Fez muitos sambas de sucesso, principalmente com seu parceiro mais constante: Wilson Moreira.
Nei, hoje, costuma fazer sambas com um grupo de samba de São Paulo e alimenta um blog com contos, causos, histórias e demais informações interessantes.

13. Cantar (Teresa Cristina)
Chegando na nova geração, Teresa Cristina surge em 1998, no movimento de revitalização da Lapa. Cantora, compositora, portelense, Teresa tem músicas em parceria até com Argemiro Patrocínio. Chegou ao mercado regravando músicas de Paulinho da Viola, e hoje já grava suas próprias músicas.
Teresa é facilmente encontrada na Lapa.

14. A Fina Flor (Jandira)
Também da nova geração, temos a Jandira, maior partideira do Brasil, quando venceu o primeiro torneiro, em 2002, no Rio de Janeiro.
Cantora, compositora, percussionista, improvisadora, fundadora do grupo Um Bom Partido, Jandira está em qualquer lista que se preze sobre as figuras mais importantes do samba de Florianópolis.

15. Aquarela Brasileira (Silas de Oliveira)
Terminamos aqui esta humilde e pequeníssima, diante do vasto mundo do samba, cronologia do samba com o maior compositor de samba enredo de todos os tempos. O que quase ninguém sabe, é que Silas de Oliveira é, também, um excelente compositor de samba de terreiro.
Faltando alguns minutos para o desfile da Império Serrano de 1964, em homenagem a Ary Barroso, chega à concentração a notícia de que Ary, autor de Aquarela do Brasil, havia falecido. Foi, talvez, o desfile mais emocionante da escola.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

São Paulo em 3 tempos

A ida, A viagem e O Samba.

A ida
Foram algumas tentativas de sair de Florianópolis e curtir um samba lá fora.

A primeira tentativa foi para o Rio de Janeiro, na Rua do Ouvidor. O samba acontece quinzenalmente aos sábados. Avisei pro povo que eu iria, já tava tudo combinado, pousada, antes de voltar ia passar em Curitiba, etc. Curitiba não deu certo, então a volta já ia ser direto pra casa. Mas o pior foi que, pela primeira vez no ano, choveu no sábado que teve o samba e, consequentemente, pela primeira vez no ano, não teve o Samba da Ouvidor.

A segunda tentativa foi para São Paulo. Avisei pro povo que eu iria, tudo certo pra ir, passagem comprada, e no começo da semana fiquei gripado. "Dane-se!", pensei, "Vou assim mesmo". Na quinta de noite, vendo mapa do metrô com a mãe, recebo um e-mail dizendo que o samba tinha sido cancelado por motivos de força maior. Fui até a Rodoviária e troquei a passagem. Deixei em aberto.

A terceira e última tentativa foi de novo para São Paulo. Avisei pra minha chefe, pra minha mãe e pra dois amigos. Coincidências ou não, dessa vez eu consegui ir. Ainda assim, teve apagão na semana, peguei um acidente no caminho, que me deixou numa fila por duas horas, e alguns integrantes do grupo não foram. Mas foi demais!

A viagem
A viagem é sempre tranquila. Medo na BR pra que?

Logo no início da viagem, o meu chacra da região lombar sente um friozinho. Algo ruim que está por vir? Não. É o ar condicionado que está forte. Regulado o aparelho, a viagem segue.

Um certo momento, já eram umas 3 da manhã, eu acordo e vejo que o ônibus está andando a cerca de 60Km/h. Meu ouvido está com aquela sensação de quando estamos subindo o Morro da Lagoa. Olho pela janela e vejo tudo embaçado, parece neblina. Percebo alguns focos de luz, mas não consigo identificar bulhufas. Só ouço carros passando pelo ônibus e o ônibus passando por caminhões, mas não percebo nenhum movimento contrário. Agora é descida. O ônibus mantém a velocidade. E eu continuo sem enxergar nada.

Lembro de não ter visto troca de motorista, como de vez em quando se faz em viagens longas. Como saímos às 21h30, faço um breve cálculo, sem chegar a terminar, e me pergunto se o motorista não está com sono. Preocupação pouca é bobagem.

Aí me vem uma luz: esfrego a mão no vidro, por consequência molho a mão, e tudo aquilo que me era embaçado, transforma-se, magicamente, em perfeita nitidez. Volto a dormir.

A estrada é cruel. Foto: Artur de Bem

Já em São Paulo, ou redondezas, 8h, ônibus parado. Os passageiros fazem algumas ligações e descobrem que aconteceu um acidente em uma obra à frente. Às 10h, retomamos nosso rumo.
Adentrando a cidade, sou recepcionado por um mundo laranja. Seja pelo chão e paredões barrentos, seja pelas casas de tijolo sem reboco. E é um negócio muito grande. Bom, toda São Paulo é muito grande. O que nós vemos aqui em Floripa, lá é três vezes mais.
Túneis, rodovias, passarelas, rio, poluição, carros, Rodoviária. Tudo no caminho, tudo muito grande.
Da Rodoviária para Tatuapé, local do samba, foi mais fácil do que chegar no Morro das Pedras, sul da ilha. Metrô rápido, placas de indicações, mapas, pessoas para informações. Claro que se eu morasse lá, possivelmente ia encontrar algo para reclamar, mas pra mim foi bom.

Chegando no bar O Patriota, bar do Alemão, pergunto: "Aqui é o bar do Alemão?". Ao que o Alemão responde: "Sou eu!". Era meio dia, o samba ia começar mais tarde, não tinha onde ficar, então fiquei no bar conversando com ele. O Alemão é demais! Melhor dono de bar! Me contou várias histórias! Super gente boa! Fiquei devendo de tirar uma foto com ele.

O Samba
O Samba começou a chegar por volta das 13h. Se apresentou como Eri, caixa de fósforo no grupo. Depois o Samba chegou com o nome de Jorge, um dos tamborins. Aí o Samba veio com o nome de Edinho, um dos cavacos. A partir daí, o Samba foi chegando por (quase) completo: Alfredo, cuíca, Pereira, um dos tamborins, Neco, reco-reco, Careca, um dos tamborins, Cardoso, 7 cordas, Luizinho, pandeiro, Wilson Miséria, prato e faca, Renato Martins, agogô, Lelo, 6 cordas e Marcelo Cabeça, garrafa, fazendo uma participação.
Cristina Buarque, Roberto Didio, Bocão e Tuco não puderam comparecer.

Eu não tive condições, nem tempo, de me sentir surpreendido por me encontrar com o Samba, porque o Samba me deixou super a vontade.
"Pô! Tu veio de Floripa só pra ver o Terreiro Grande?" era o que eu mais ouvia. Seguido de: "E não bebe?? Mais maluco do que eu pensei!"

Marcado para começas às 16h, só às 18h30, por intempéries, é que o violão começou os primeiros acordes. Mas juro que não fiquei chateado. A tarde estava muito boa. Todo o Terreiro Grande é legal. Conversas mil. E eu estava, como disse André Carvalho, parecendo criança com brinquedo novo.
Eu estava meio aéreo na verdade. Tudo aquilo que eu via pela internet, admirava, idolatrava salve salve, estava sentado comigo numa mesa de bar, conversando, falando besteira, contando piada, etc. Foi demais pra mim! Estava sem reação.

Vista de fora do bar. O Samba ainda não tinha começado. Foto: Artur de Bem

Principal dúvida: fazer a roda aqui dentro ou aqui fora? Foto: Artur de Bem

Tinha uma Coca-cola na mesa. Era minha. Foto: Artur de Bem

Fala, Jorgera!!! Foto: Artur de Bem

Ai, ai (suspiro). Foto: Artur de Bem

Samba rolando, era só alegria.
Tentei de várias maneiras descrever o samba, juro que tentei, mas não consegui. Não dá.
Não é só pelo repertório, pelos instrumentos, pela forma de tocar, por todos cantando, pela dinâmica de grupo. É todo um clima que, somado a tudo isso, fez do Bar O Patriota (o bar do Alemão), pelo Terreiro Grande, as melhores 2 horas e meia de samba ainda não digeridas.
Eu ficava até sem jeito quando eles puxavam algum samba que eu não conhecia. Os caras são muito bons!!!

Só fiquei chateado porque tive que ir embora cedo pois já estava com passagem comprada. Até me passou pela cabeça de endoidar e só voltar domingo, mas achei melhor endoidar em uma outra oportunidade.
Tentei sair de forma discreta, mas o Jorge não deixou.

Outra coisa que me deixou chateado foi a última frase dita quando eu já estava na porta: "Vamos fazer um partido alto?"
Fingi que não ouvi, porque se eu ouvisse, ia querer ficar mais um pouco e tenho certeza que esse "mais um pouco" ia ser até hoje.

Gente! Eu conheci o Terreiro Grande!
Nem eu tenho a noção completa do que vivi.


Só sei que eu canto: "Juro que fiquei boquiaberto. Nunca me senti tão perto da Portela de tempos atrás" (Monarco)

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Artur de Bem vai ao Rio de Janeiro

Na verdade é para São Paulo, mas se eu coloco isso no tópico, não ia chamar tanta atenção.

Estou indo visitar o Terreiro Grande, maior e melhor grupo de samba dos últimos anos.
Não dá tempo de explicar, mas acreditem!

É isso. Na volta, conto como foi.


E o povo canta: "Felicidades, um forte abraço e um grande beijo!" (Paulinho da Viola)

domingo, 1 de novembro de 2009

Depoimentos para posteridade - Seu Ari

Seu Ari, da Velha Guarda da Copa Lord.


Sacanagem esse vídeo. Mas é que ele falou muita coisa legal. Ou eu publicava tudo, ou deixava a água na boca.
Eu não tenho muito tempo, nem aquele fôlego do começo pra ficar revendo toda a entrevista, escolhendo as melhores partes.

Seu Ari figuraça!!! Opiniões fortes!!! Muita história!!!

Pra esse vídeo pedi ajuda do Dôga.