segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Dôga

O autor e Dôga

O samba é feito por pessoas. Apesar das mortes de Xangô da Mangueira e de Casemiro, fico tranquilo e feliz porque existe Dôga, porque ele mora em Floripa e, tenho o orgulho de dizer, porque ele é meu amigo!

Esta douta figura é a minha âncora. Se eu não aprendi tudo com ele, foi quase tudo. E ainda aprendo.
Profundo conhecedor do samba. Se eu já falei isso de alguém aqui no blog, esqueçam. Nesta cidade, ninguém se compara ao Dôga.

Sempre que eu tenho a oportunidade de citar seu nome, o faço com muito gosto. Estranhamente ainda não tinha ocupado uma postagem inteira com ele. O faço agora.
Quando algum jornalista quer fazer uma matéria sobre samba e me pede alguém pra entrevistar, ele é o primeiro da lista (inclusive consta na lista de músicos indicados deste Cantinho).
Aliás, ele é o meu primeiro da lista em tudo.

Meu parceiro de composições (nem precisa, pois ele compõe tudo, melodia e letra, muito bem), de boemia, de conversa, de samba.

Os outros amigos que me desculpem, mas eles vão concordar: ter Dôga na roda é fundamental! Sua presença dá um ânimo nos ambientes mais fúnebres.

Sair com o Dôga é sempre mágico. Nada de ruim acontece. Pelo contrário. Dá tudo certo. Ônibus na hora, inspiração pra compor, e os males que por ventura acontecem vem pra muito melhor!

O Dôga, encontrado no meio da percussão, chega a quase ser um desperdício. Seu conhecimento na percussão é tamanho, que é uma pena vê-lo tocar 1 instrumento só por vez. Mas cada instrumento fica feliz quando ele o toca. Eu também ficaria. Imaginem a felicidade do instrumento ao ver Dôga abdicar de todo o resto para dar atenção única e exclusiva para ele.

Tamborim, cuíca, conga, surdo, agogô, saco plástico, pandeiro, prato e faca, repique de anel, garrafa, ganzá, cinzeiro, e o que mais existir de instrumento de percussão ele é sabedor.
Ele conhece minunciosamente cada parte do instrumento. Do tipo de material usado na porca que segura os parafusos dos intrumentos, até o tipo de ração dada para o cabrito para que a pele fique boa. Além, claro, do conhecimento na arte de tocar. Porque quando ele toca é uma obra ímpar e de número primo.

Dôga é um iluminado!

Além de tudo isso que foi citado, ele é lindo! hehe...

Asé O! (acertei, Dôga?)


E o povo canta: "Passo o dia em claro e do despertar me separo só pra encontrar você" (Artur de Bem / Dôga)

2 comentários:

Anônimo disse...

Legal essa matéria, falando sobre um cara gente boa...

Um abraço Nermal...


Só pra marcar território igual cachorro....

Anônimo disse...

bebaaaççxxssooo ... na foto
e tu bebado por natureza :)
saudade da confraria, mas as amizades prevalecem
e os nossos sambas vamos tocar pra frente!
um bjo parceiro
vamos salvar um pouco do q esta sendo perdido!!!