tag:blogger.com,1999:blog-223528922024-03-19T15:17:11.231-03:00Cantinho do NermalBlog de cultura com ênfase em choro e samba de Florianópolis e de todo o Brasil.Artur de Bemhttp://www.blogger.com/profile/03276083353338210407noreply@blogger.comBlogger583125tag:blogger.com,1999:blog-22352892.post-90948401833267654452023-12-07T21:16:00.003-03:002023-12-07T21:16:50.987-03:00Um conto<p>Um dia desses, conversando com um amigo, surgiu a possibilidade dele vir me visitar. No dia e hora marcada ele veio.</p><p>Eu não comi nada no dia que ele chegou, por razões óbvias.</p><p>Ele entrou na minha casa, nos beijamos e ele já começou os trabalhos. Adoro homens assim, que já chegam chegando.</p><p>Delicadamente me colocou no sofá. Me sentei confortavelmente. Meio sentada, meio deitada, sabe? Estiquei as pernas e fiquei admirando aquela cena. Ele me olhou, sorriu, e logo voltou a ficar sério, concentrado no que estava fazendo. Ele sabia o que fazia. E fazia bem direitinho.</p><p>Ele trouxe uma mochila com alguns acessórios. Foi logo tirando e colocando em cima da mesa, mesmo. Sem cerimônia. Abriu meu armário, pegou mais alguns itens que ele encontrou, e que achou que serviria para a ocasião, e foi preparando as coisas.</p><p>E eu fui ficando relaxada, relaxada, enquanto ele fazia todo o trabalho.</p><p>A forma como ele manuseava tudo era incrível. Pareciam mãos de mágico. Ele mexia, mexia, mexia. Umedeci os lábios com a língua e mordi o beiço de baixo. Acho que ele nem viu. Por conta da posição que estávamos, não conseguia ver tudo que ele fazia e nem ele me via todo o tempo. Mas não precisava.</p><p>De repente, por conta de toda aquela preparação que ele fazia antes do ato principal, o ambiente foi tomado por aquele cheiro forte e gostoso. E por causa disso, fui ficando com mais vontade. Sabia que o cheiro ia ficar impregnado nele. E isso mexeu ainda mais comigo. Passado tudo, sentir esse cheiro nele ia me deixar querendo de novo.</p><p>Estava tudo quente. Fervendo. Eu já me contorcia no sofá. Ele sorria.</p><p>Às vezes ele passava a língua. Só às vezes mesmo. Acho que era uma técnica nova. Não entendo muito dessa parte. Mas nada que interferisse no todo. Até preferia que fosse assim, na verdade. Quando ele sentia que estava muito quente, mexia pro lado, dava uma abaixada no fogo. Mas a fonte do calor continuava a toda. Estávamos só nós 2, mas o ambiente estava muito acalorado.</p><p>Vi uma gota de suor escorrendo pelo seu rosto. Limpou com o dorso da mão e continuou os trabalhos, como se nada fosse nada.</p><p>Ele não demonstrava cansaço em nenhum momento. Até porque ele disse que eu não precisaria me preocupar com nada. Ele veio até a minha casa para fazer o serviço completo. Me satisfazer. E estava fazendo muito bem o seu serviço. Como se tivesse sido pago só pra isso. Eu só tinha que relaxar e aproveitar. E eu adorando aquilo tudo. Me sentindo uma rainha. Sem pensar no amanhã.</p><p>O relato parece rápido, mas todo esse ato até aqui durou cerca de 40 minutos. Muito? Pouco? Pra mim foi um tempo excelente.</p><p>Mas ainda ansiava pelo ápice, que eu sabia que estava próximo.</p><p>Não demorou muito e ele me permitiu ser ativa. Não me fiz de rogada. Caí de boca!!!</p><p>Lembro que ele disse: “Pra ficar mais gostoso, bebe só no final.”</p><p>Aquelas palavras ficaram ressoando na minha mente o tempo todo enquanto eu enfiava aquele pedaço de carne na boca. Era deliciosa. Queria ficar assim a noite inteira. Eu até babei agora enquanto escrevia isso, só de lembrar.</p><p>Mas ele tinha razão. Só quando eu acabei, bebi. Foi pra fechar com chave de ouro.</p><p>Quando eu acabei, ele ainda queria conversar. Vejam só. Fez o trabalho pesado e ainda foi fofo querendo conversar. Geralmente quando o homem acaba, dorme. Ele não.</p><p>Enquanto conversava, comigo deitada no sofá, refestelada, ele carinhosamente ainda limpou tudo. Não levantei 1 palha. Mas naquele momento, nem que eu quisesse. Passou a mão aqui, ali, quando dei por mim, não tinha nenhuma mancha, nenhuma sujeira.</p><p>Que homem!</p><p>Ele veio até minha casa, fez todo o trabalho, fiquei extremamente satisfeita, conversamos, ele se despediu e voltou pra casa dele.</p><p>O cheiro da picanha bem temperada com pimenta, orégano e outros condimentos ainda ficou na minha casa por algumas horas.</p>Artur de Bemhttp://www.blogger.com/profile/03276083353338210407noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-22352892.post-85692128086306462342023-09-08T23:32:00.000-03:002023-09-08T23:32:21.261-03:00O Tempo<p>Veja como são as coisas. Há menos de 1 minuto, me deu vontade de escrever esse texto sem assunto nenhum em mente. E você está lendo também sem saber do que se trata, pois o título não explica.</p><p>O que faz você ler eu não sei. O que me faz escrever também não.</p><p>Sou jornalista por formação acadêmica. Não sei se eu fiz jornalismo por ter algo que me fazia escrever ou aprendi a escrever na faculdade.</p><p>Aprender a escrever eu aprendi ainda criança. Me refiro a escrever textos mais elaborados. Mais elaborados do que esse.</p><p>Algo me faz escrever e talvez até o final desse texto eu e você descobriremos juntos.</p><p>Há menos de 1 minuto eu estava no banheiro, urinando. Foi quando me deu a vontade de escrever.</p><p>Mas antes de ir ao banheiro eu estava vendo o show de um humorista de stand-up comedy contanto histórias sobre sua vida. Sua infância, sua adolescência, seus relacionamentos. Eu me identificava com muitas dessas histórias. E ao mesmo tempo em que eu me divertia, prestava atenção na construção do texto dele, que era excelente.</p><p>Muitos humoristas usam do humor para afugentar seus medos, suas frustrações, suas angústias. Usam do humor como uma válvula de escape das suas dores.</p><p>Minha ex esposa costumava dizer que eu era um escritor visceral. Foi com ela que eu aprendi esse termo. Foi com ela que eu aprendi muita coisa. Inclusive, como não me portar em um casamento. Não em uma festa de casamento. Na instituição casamento.</p><p>Rodei nessa disciplina e fui expulso do colégio. Agora aguardo novo período de matrícula.</p><p>Todo texto precisa de alguém para o ler. Caso contrário, não faz nem sentido ser escrito.</p><p>Da mesma forma como fui impactado pelas histórias do humorista, espero que esse texto, artigo, conto, causo também impacte você de alguma forma.</p><p>Eu vim do setor de comunicação. Filho de professora de português, jornalista, ex músico e, atualmente, profissional do marketing. A comunicação me rodeia. Me persegue. Me maltrata. Me ensina. Me encaminha.</p><p>Foi com a comunicação, ou falta dela, que eu levei um dos maiores tombos da minha vida. Alguém esqueceu de me avisar de um buraco na calçada? Não. Eu que esqueci de avisar a quem andava comigo sobre várias coisas. As minha vísceras haviam se perdido em algum lugar do espaço/tempo.</p><p>Por falar em tempo, sinto que é tempo, espero que ainda em tempo, de encontrar minhas vísceras de volta.</p><p>Preciso me comunicar mais. A gente precisa se comunicar mais.</p><p>Onde foi que eu errei?</p><p>Mas a pergunta nem deva ser exatamente essa. Talvez eu não seja o culpado.</p><p>Assim como você, leitor(a), talvez não seja culpado(a) pelos seus erros. Pelo menos não sozinho(a).</p><p>Muitos erros aconteceram ao longo da minha vida. E por causa deles, e dos acertos também, que hoje eu sou assim, com essa consciência, com esse caráter, com essas atitudes. Dói? Bastante.</p><p>Onde foi que eu comecei a perder minhas vísceras? Sempre aprendi que ter suas vísceras expostas e/ou perdidas era um mal sinal. De morte.</p><p>E eu não quero morrer. Sei que vou. Mas não quero morrer agora. Quero viver.</p><p>Logo, preciso das minhas vísceras. É o primeiro pensamento lógico que me ocorre.</p><p>Coloco a mão na minha barriga. Elas estão aqui. Eu sinto. Fisicamente. Agora falta sentir as vísceras metafóricas do elogio que eu ouvia.</p><p>Sabe o que mais está dentro de mim? Meu orixá. É como eu chamo meu deus. Esse eu não consigo sentir fisicamente. O que não me impede de sentir sua presença.</p><p>E o que eu faço com essa informação de que minhas vísceras estão aqui? Dá tempo de fazer alguma coisa?</p><p>Sempre dá. Tem que dar. Já desisti de coisas antes que dariam tempo de serem recuperadas. Havia tempo. O que não havia, talvez, era entender que minhas vísceras estavam ali. Minha força estava ali. E que eu não usei. Não fui visceral quando deveria.</p><p>Mas tenho aprendido que dá tempo. Tenho aprendido que minhas vísceras estão aqui. Tenho força. Cansa. Mas eu tenho força. Dói. Dá medo. Mas eu tenho força. E preciso ir com medo mesmo. A dor a gente ameniza depois. A gente cura. O tempo cura.</p><p>Esse é o momento que eu começo a pensar em um elo para terminar o texto. Porque eu preciso terminar. E terminar bonito. É um texto. Alguém precisa lê-lo. Você está lendo. Precisa fazer sentido. Se não, não faz sentido escrever.</p><p>E a vergonha e o medo de alguém ler? Essa o tempo ainda vai me ensinar a lidar.</p><p>O Tempo que já brincou tanto comigo. Está na hora dele ser mais legal.</p><p>Já deu tempo. Já deu, Tempo!</p><p>Algo me faz escrever esse texto. E agora, no final, talvez você tenha descoberto o motivo.</p><p>Talvez eu só quisesse desabafar algo que está nas minhas vísceras.</p><p>Descobrirei com o tempo. Com o Tempo.</p>Artur de Bemhttp://www.blogger.com/profile/03276083353338210407noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-22352892.post-58249594837861197452023-04-24T00:40:00.001-03:002023-04-24T00:40:55.692-03:00Meu encontro com Paulinho da Viola<p>Meu encontro com Paulinho da Viola começa em meados de 1996.</p><h2 style="text-align: left;">Primeiro contato com Paulinho</h2><p>Minha mãe tinha alguns CDs de samba. Um deles era Paulinho da Viola (Bebadosamba). Esse foi meu primeiro contato com Paulinho da Viola.</p><h2>O começo do sonho</h2><p>Lá pelos idos dos anos 2000 eu consegui um CD do Zeca Pagodinho (Ao vivo).</p><p>A partir desse disco eu comecei a estudar mais sobre o samba, os sambistas, compositores e surgiu um primeiro sonho: conhecer esses sambistas que eu estudava.</p><p>Instantes depois, questão de horas ou dias, me caiu uma ficha: não sou ninguém e moro em Florianópolis. Qual a chance de eu ter algum contato com Zeca, Beth, Martinho ou Paulinho?</p><p>Desencanei desse sonho.</p><h2 style="text-align: left;">O primeiro (quase) encontro</h2><p>Em 2008, Paulinho fez um show em Florianópolis. Era uma chance de reviver esse sonho e de ter um contato com um desses sambistas que eu admirava.</p><p>Não lembro como eu soube desse show, mas tratei de divulgar a informação para o máximo de pessoas possível. Deu certo! O show lotou, não graças a mim, logicamente.</p><p>A parte triste é que eu não consegui comprar ingresso. Muitos amigos foram, o conheceram, tiraram fotos, e eu não.</p><p>Era o sonho se desfazendo novamente.</p><p>Até fiz uma carta cheia de mágoa, e com total despreparo, para desabafar. Está publicado aqui em meu blog e eu recomendo fortemente que ninguém leia.</p><h2 style="text-align: left;">Primeiro contato visual</h2><p>Em 2012, Casquinha, da Velha Guarda da Portela, fez 90 anos. Organizaram um aniversário para ele na Portelinha. Era uma roda de samba com a presença do aniversariante. Eu fui. E pra surpresa de todos os presentes, Paulinho da Viola também.</p><p>Apareceu, cumprimentou a roda que acontecia naquele momento, deu um beijo no Casquinha e foi embora. Isso tudo não deve ter demorado mais do que 1 minuto.</p><p>Eu sei porque eu estava tocando na roda e não chegamos a terminar a música que estávamos.</p><p>Paulinho da Viola bateu palma para mim. Pelo menos gosto de pensar assim.</p><p>Quando Paulinho chegou, foi um alvoroço. Todos foram em sua direção. Pudera. Eu queria ter feito o mesmo, mas em respeito à roda e ao Casquinha, homenageado do dia, permaneci sentado, tocando, emocionado. E com tanta gente ao redor do Paulinho, não seria possível qualquer interação.</p><p>Tão perto, e ao mesmo tempo tão longe.</p><p>O sonho de encontrar com meu ídolo reapareceu e foi embora tão rápido quanto ele.</p><h2 style="text-align: left;">O não encontro</h2><p>Em 2019, novamente outro show do Paulinho em Florianópolis. Por algum motivo que eu não lembro qual, não fui ao show. Talvez ainda magoado pela experiência de 2008. Realmente não consigo lembrar o motivo.</p><h2 style="text-align: left;">O encontro</h2><p>O tempo passou. Muita coisa aconteceu.</p><p>O que era um sonho distante foi se tornando realidade aos poucos. Sem mais almejar alcançar o sonho, alcancei.</p><p>Ao longo desses anos, me encontrei e tirei fotos com Sérgio Cabral (o pai, jornalista), José Ramos Tinhorão, Monarco e Cristina Buarque. Teve outras pessoas, mas talvez essas citadas sejam as mais emblemáticas.</p><p>Eis que no começo de 2023, Paulinho da Viola anuncia sua turnê "80 anos". As cidades mais próximas eram: Porto Alegre e Curitiba.</p><p>Era a vida dando voltas e me dando mais uma oportunidade de encontrar com Paulinho. Talvez a última.</p><p>Comprei ingresso para o show em Porto Alegre, dia 15 de abril de 2023, no Teatro Araújo Viana.</p><p>Agora era preciso arquitetar um plano para entrar no camarim e ter um encontro com Paulinho da Viola.</p><p>Perguntei para minha amiga Milene, de Porto, alguma dica valiosa. Ela falou que pra entrar no camarim seria mais fácil eu falar com alguém da banda do que da produção.</p><p>Começa a saga por procurar alguém da banda para me ajudar a realizar o meu sonho: apertar a mão do Paulinho e chorar feito uma criança.</p><p>Por algum motivo que eu não sei qual, eu tenho o contato do Paulão 7 Cordas, a quem pedi ajuda para me indicar o nome de alguém que fosse da banda do Paulinho.</p><p>Por algum outro motivo, que eu também não sei qual, eu tenho o contato do Marcos Esguleba, que é da banda do Paulinho, a quem eu também pedi ajuda.</p><p>Ambos muito solícitos e me responderam a mesma coisa: é bem difícil falar com o Paulinho. Após o show ele não costuma receber ninguém. Mas o Esguleba deu uma dica: tentar algo durante a passagem de som.</p><p>Chego em Porto Alegre no dia 15, dia do show, pela manhã. Mandei mensagem incomodando Esguleba para saber que horas ele iria para o Teatro para passar o som. Sem resposta, por volta das 12h comecei a apelar para outros contatos.</p><p>Consegui o telefone da Cecília, uma das filhas do Paulinho, que também participa da produção. Enviei uma mensagem e não obtive retorno.</p><p>Já eram 16h. Resolvi ir para o Teatro por conta própria. O show era às 21h.</p><p>Chegando do lado de fora do Teatro, ouço a banda tocando, passando o som.</p><p>Questionei um segurança, como se eu não soubesse: "A banda tá passando som? Tenho um amigo tocando, e só queria dar um 'oi' pra ele". Ao que o segurança me respondeu de forma muito educada, sem ironia da minha parte: "Só posso deixar entrar se alguém da produção autorizar."</p><p>Logo em seguida, apareceu outro sujeito com um cavaquinho, na esperança de que o Paulinho o assinasse. No mesmo instante, apareceu Celsinho Silva, pandeirista do Paulinho. Ele disse ao sujeito que o Paulinho ainda não tinha chegado e que ele poderia esperar ali, tentar identificar o carro do Paulinho e ver se ele parava.</p><p>Ficamos eu e esse rapaz, com quem eu não troquei 1 palavra, do lado de fora esperando.</p><p>Enquanto isso eu pensava: "Sei que vou chorar e fazer um fiasco quando encontrar o Paulinho. Vai ser muito vergonhoso se esse estranho estiver junto. Vai estragar toda a magia do encontro."</p><p>Depois de umas 3 horas, já era quase hora do show. Esse sujeito foi embora e eu fui pedir mais alguma ajuda pro segurança. A dica dele foi de sair pela porta lateral do Teatro, que seria aberta minutos antes do show terminar.</p><p>Durante o show, por sinal, impecável, ainda tentei procurar a produção, mas os seguranças não tinham muitas informações.</p><p>Quando percebi que o show estava se encaminhando pro final, me levantei e fui em direção às portas laterais. No fim do BIS, saí.</p><p>Já do lado de fora, um soldado do Corpo de Bombeiros estava fechando o portão. Era o meu sonho indo embora novamente.</p><p>Ele disse que a saída era por outro lado, mas perguntou se eu estava sozinho. Respondi a ele que sim, e ele me deixou passar.</p><p>Estava eu, de novo, no mesmo lugar onde havia estado por 3 horas antes do show, como um fã enlouquecido de uma banda jovem qualquer.</p><p>Já tinha identificado o carro que o trouxe. Seria o mesmo que o levaria de volta.</p><p>Mais uns 30 minutos esperando, o povo todo saindo do Teatro pela porta certa. Ninguém perto de mim. Era o ambiente perfeito, como eu havia imaginado.</p><p>E vem o carro.</p><p>Era eu, o segurança que abria o portão, o portão e o carro.</p><p>Enquanto o portão abria, eu fazia sinais com as mãos de "por favor", "só um minutinho", quase me ajoelhando em frente ao carro.</p><p>O motorista já tinha me visto antes do show ali mesmo. Possivelmente me reconheceria.</p><p>O portão termina de abrir e o carro vem, lentamente.</p><p>Me afasto.</p><p>O vidro da janela do banco de trás se abre.</p><p>É ele. Paulinho da Viola. Sorrindo.</p><p>O diálogo foi curto. Eu consegui formular 2 frases completas. A primeira foi: "Paulinho, eu só queria apertar tua mão."</p><p>Apertei, beijei, encostei na testa como reverência e... chorei feito uma criança.</p><p>A partir daí, eu tenho uma vaga lembrança de tudo porque a vista ficou embaçada e eu estava muito nervoso.</p><p>Ele ainda sorrindo, mas um pouco espantado com a situação, perguntou meu nome. Respondi: "Artur". Ele repetiu meu nome.</p><p>A segunda frase completa que eu consegui pronunciar foi: "Posso tirar uma foto contigo?"</p><p>Ele prontamente aceitou e eu fui pegando o celular pronto para tirar uma selfie com ele ainda dentro do carro, pensando em não incomodar mais do que eu já estava. Mas ele fez questão de sair do carro para a foto.</p><p>Sua filha, que eu não olhei direito, mas acho que era a Cecília, se prontificou a tirar a foto.</p><p>Nesses poucos segundos de interação eu não consegui formular mais nenhuma frase completa. Lembro de ter dito coisas como: "Blerg...", "Crotz..." e "Flurd...". Ou algo assim.</p><p>A foto foi tirada. Eu agradeci. Ele foi embora. E eu, ainda chorando feito uma criança, também.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTi0mbaOEEGs-HPnLFz_oSaomrbsLYSRN8Jr76gB5pqTC-SGW3L2WvQ1dmili91QJzcququCfGk386Zbj1mY9KKvOhIPlhv7iGeLFWKNlIMZr02f35ijFMNP87RA90kcPMJyqjup0UjKDioymJD5Oc_i6lKmAOhy1v5BTsh2NKRmHvxQGk1g/s1280/Artur%20de%20Bem%20e%20Paulinho%20da%20Viola.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1280" data-original-width="720" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTi0mbaOEEGs-HPnLFz_oSaomrbsLYSRN8Jr76gB5pqTC-SGW3L2WvQ1dmili91QJzcququCfGk386Zbj1mY9KKvOhIPlhv7iGeLFWKNlIMZr02f35ijFMNP87RA90kcPMJyqjup0UjKDioymJD5Oc_i6lKmAOhy1v5BTsh2NKRmHvxQGk1g/w360-h640/Artur%20de%20Bem%20e%20Paulinho%20da%20Viola.jpeg" width="360" /></a></div>Artur de Bemhttp://www.blogger.com/profile/03276083353338210407noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-22352892.post-23571917969032000482021-03-16T19:09:00.001-03:002021-03-16T19:09:01.261-03:00A periferia e a religião<p>A <b>periferia</b> é o lugar mais democrático do mundo. Até rico é bem vindo.</p><p>Só na periferia um umbandista pode conviver ao lado de uma evangélica.</p><p>E no último domingo passei a manhã ouvindo Ludmila de um lado e uma outra mulher gritando de outro. Pensei ser outro funk. Até que dei uma esticada no pescoço e entendi que se tratava de uma cantora gospel despejando toda sua emoção de louvor a deus. E era emoção.</p><p>Eu conheço algumas músicas de louvor também. Esse abaixo é um samba, mas também é usada nos templos, como forma de oração. Falando o bom português, é um ponto, cantado nos terreiros de umbanda.</p><p>De autoria de <b>Getúlio Marinho Amor</b> e uma gravação excelente do <b>Morengueira</b>, a história fala sobre um homem que apareceu em uma roda de pernada que o pessoal fazia antigamente, e derrubou todo mundo.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/AeMu1HsGW-g" width="447" youtube-src-id="AeMu1HsGW-g"></iframe></div><p>Era meia noite<br />(Getúlio Marinho Amor)</p><p>Era meia noite quando o malvado chegou<br /><br />Quando o malvado chegou<br />Todo mundo ajoelhou<br />Todos tremiam de medo<br />Meu Deus do céu que horror</p><p>Apanhei o meu pandeiro<br />Fui saindo de fininho<br />Quando vi que era o malvado<br />Que vinha lá no caminho</p><p>Ele vinha tão zangado<br />E não quis saber de nada<br />Deu as ordens a todo mundo<br />Acabou a batucada</p>Artur de Bemhttp://www.blogger.com/profile/03276083353338210407noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-22352892.post-65991138999780828072021-03-14T19:03:00.001-03:002021-03-14T19:04:33.905-03:00O subúrbio está é bom<p><b>O subúrbio, periferia, comunidade</b>, como queiram chamar, é o melhor lugar do mundo!</p><p>Voltei a morar aqui e já no primeiro dia estava no mercadinho do bairro, na fila do caixa, com uma distância de 2 metros, esperando a atendente terminar o atendimento de duas moças.</p><p>Enquanto ajeitavam suas sacolas, que teimavam em não enganchar nos dedos já ocupados por outras alças, elas riam e conversavam sobre algo que não ouvia, pela distância, e também porque não me interessa ouvir assunto alheio.</p><p>Até que uma delas fala uma frase que eu não captei o começo, mas ouvi o final: <b>pomba gira</b>.</p><p>Elas riram, terminaram de se ajeitar, e foram embora.</p><p>Foi tão natural a conversa delas, sem precisar falar baixinho, sem precisar olhar para os lados enquanto falava. Falaram como se tivessem falado a palavra "cadeira". E ninguém olhou para as moças de cara feia. Ninguém fez o sinal da cruz. Ninguém fez menção de se distanciar mais das moças por medo.<br /><br />Em que outro lugar do mundo alguém falaria em uma entidade das religiões afro normalmente em um ambiente público?</p><p><b>O subúrbio, periferia, comunidade</b>, como queiram chamar, é o melhor lugar do mundo!</p><p>E é possível sentir o calor humano nas ruas, mesmo em época de pandemia.</p><p>A periferia é movimento, energia, é vida.</p><p>Viva a periferia!</p><p>Já dizia <b>Paulo da Portela</b>:</p><p>Para que havemos de mentir?<br />O subúrbio está é bom<br />Venham ver, não é história<br />Se por ventura estou errado<br />Dou a mão à palmatória</p><p><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="259" src="https://www.youtube.com/embed/ucHtbRet1nU" width="479" youtube-src-id="ucHtbRet1nU"></iframe></p>Artur de Bemhttp://www.blogger.com/profile/03276083353338210407noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-22352892.post-90999157089793333652021-03-01T22:42:00.001-03:002021-03-01T23:57:36.781-03:00Candeia machista<p><b>Candeia</b> era policial. E um dos brutos. Fazia cumprir a lei. Se não podia estar na rua sem documento, Candeia levava em cana.</p><p>Em uma das suas excursões, chegou em uma zona de meretrício. Todos correram. Menos uma senhora, que levou um tapa de Candeia pelo desaforo de não correr. Essa senhora lhe fez uma <b>profecia</b> de que ele iria cair.</p><p>Tempos depois ele leva um tiro e fica paraplégico.</p><p>A introdução foi só para incluir a palavra "profecia" no post, título de um dos seus sambas. E o título do post foi só para chamar atenção mesmo, confesso. Ainda sim, tem relação com o post.</p><p>A letra do samba <b>A profecia</b>, a princípio, é mais uma letra falando do quanto a mulher sofre com o término de um relacionamento.</p><p>Mas olhando com mais calma, percebe-se que na verdade é o homem quem sofre.</p><p><b>A profecia</b><br />(Candeia)</p><p>"Mais cedo ou mais tarde você vai voltar<br />Pedindo, implorando, para lhe perdoar."<br />Confesso que na hora sorri e zombei da sua profecia<br />Nos braços de Orfeu me perdi na orgia<br />Andei por aí, muitos sambas cantei<br />Só mais tarde me lembrei<br />Fiz do meu canto e o melhor dos meus versos, sua profecia<br />Mas o meu pranto correu quando nasceu o dia<br />Confesso que chorei pelas ruas da desilusão<br />Vagando com amor em meu coração<br />Pelas ruas da desilusão<br />Vagando com amor em meu coração</p><p>Dos amigos nem sequer me despedi<br />E a boemia deixa, resolvi<br />Guardei viola no saco e subi o morro pro nosso barraco<br />Bati na janela, chamei "Amorzinho,"<br />A vida é tão bela, então vamos viver.<br />Hoje é coisa rara alguém gostar tanto<br />Como gosto de você."<br />Assim falei<br />Meu amor abriu a porta<br />"Voltaste?"<br />"Voltei."</p><p>Tudo bem que no final o homem convence a mulher a aceitar seu regresso e ele para de sofrer, mas o que chama atenção é o começo da música:</p><p><i>"Mais cedo ou mais tarde você vai voltar<br />Pedindo, implorando, para lhe perdoar."</i><br /></p><p>Num primeiro momento pode se pensar: 'Pronto... lá vem mais uma música do homem esculachando a mulher.'</p><p>Mas na verdade é a mulher falando para o homem.</p><p>E isso fica evidente na frase seguinte:</p><p><i>Confesso que na hora sorri e zombei da sua profecia</i></p><p>A música passa a ter um novo viés, uma nova perspectiva.</p><p>E antes que digam que o samba não tem nenhum artigo, e que poderia ser a mulher cantando isso para o homem, dizendo que ela guardou a viola no saco e subiu o morro pro barraco, eu já digo que tem razão.</p><p>Mas este post é meu, e eu interpretei como o homem cantando pra mulher.</p><p>O samba é uma beleza e a interpretação da <b>Alcione</b> deu mais vida ainda para a música.</p><p>Abaixo, uma das poucas (e nem por isso deixa de ser excelente) gravações.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="273" src="https://www.youtube.com/embed/aTL5vb_azj4" width="475" youtube-src-id="aTL5vb_azj4"></iframe></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div>Artur de Bemhttp://www.blogger.com/profile/03276083353338210407noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-22352892.post-74959337127582905252020-11-06T21:47:00.004-03:002020-11-06T21:47:35.048-03:00Lançamento CD Peso é Peso com Tuco Pellegrino e Batalhão de SambistasO texto abaixo foi escrito em 15 de julho de 2011 e não publicado na época por algum motivo que não lembro. Ei-lo agora.<div><br /></div><div>Respeito, admiração, louvor e gratidão. É assim que o samba é tratado por Tuco e o Batalhão de Sambistas, expoentes da atual cena do samba da Paulicéia.<div><br /></div><div>Formado por sambistas que cultuam a tradição do samba de terreiro, mas que bebem na escola do choro e amam e valorizam os grandes sambas da Era de Ouro da nossa música popular, o Batalhão, capitaneados pelo excelente intérprete Tuco, se prepara para lançar seu primeiro CD, “Peso é Peso”, gravado ao vivo nos dias 27 e 28 de fevereiro e que contou com as luxuosas participações de Monarco, Nelson Sargento e Cristina Buarque.</div><div><br /></div><div>Fernando Pellegrino, o Tuco, foi fundador do extinto Morro das Pedras e também do Terreiro Grande, onde atua como cantor e cavaquinista. Foi nas rodas de samba que aprendeu a cantar em alto e bom som, no gogó, como se fazia no passado com nomes como Ventura, Noel Rosa de Oliveira e Jamelão. Suas interpretações também nos remetem a grandes nomes das rádios dos anos 30 e 40 como Francisco Alves, Roberto Silva e Ciro Monteiro.</div><div><br /></div><div>Criado neste ambiente informal, foi pelas rodas de samba da vida que conheceu os outros integrantes do Batalhão, todos sambistas estudiosos que aprendem com muito afinco o que os mestres do samba deixaram.</div><div><br /></div><div>“Peso é Peso”, o primeiro disco de Tuco, é fruto de anos de muita pesquisa e dedicação. Foram anos passados em sebos, rodas de samba, convivendo com alguns dos maiores nomes do ritmo mais tradicional do Brasil: Monarco, Nelson Sargento e Cristina Buarque foram importantes fontes para o repertório do disco.</div><div><br /></div><div>Assim como do acervo de José Ramos Tinhorão, disponível para consulta no Instituto Moreira Salles, vieram outras “brasas” pouco conhecidas.
Um disco com tantos sambas inéditos de nomes como dos portelenses Paulo da Portela, Manacea, Aniceto da Portela, Mijinha, Licurgo, Antônio Caetano, Picolino, Monarco, Chatim, Lincoln e Alberto Lonato; de sambistas da turma de Mangueira de estirpe de Zé Ramos, Nelson Sargento, Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito; e de imperianos do quilate de Antenor do Império e Silas de Oliveira, é mais do que um simples registro fonográfico, é um documento histórico.</div><div><br /></div><div>E se a história se faz pelos fatos de um passado que já foi presente e que é justamente o
que estamos vivendo agora, este documento musical não poderia ter músicos tão bem escolhidos.
O respeito aos antigos compositores, intérpretes, instrumentistas e arranjadores do passado faz com que arranjos
das músicas, feitas por Tuco e João Camarero, sempre privilegiem sua roupagem original, sem limitar a
criatividade e improviso dos músicos envolvidos nesta obra.</div><div><br /></div><div>O álbum deverá ser lançado no início de setembro e os shows de lançamento contarão com a presença de Monarco
e Nelson Sargento e Cristina Buarque participantes ilustres do disco.</div><div><br /></div><div>Ficha Técnica:
Direção Musical: Tuco e João Camarero
Produtor Fonográfico: Tuco
Produtora Executiva: Noeli Pellegrino
Voz: Tuco
Violão 7 cordas: João Camarero
Violão 6 cordas: Junior Pita
Cavaco: Lucas Arantes
Surdo: Donga
Pandeiro: Beto Amaral
Pandeiro, caixa , agogô, tamborim e reco-reco: Rafael Toledo
Tamborim e agogô: Jorge Garcia
Cuíca, tamborim, agogô: Alfredo Castro
Coro masculino: Rafael Loré, Fernando Paiva e Janderson Buiú
Coro feminino: Cristina Buarque, Francineth, Keila Santos
Participações especiais: Monarco, Nelson Sargento e Cristina Buarque.</div><div><br /></div><div>O Grupo Batalhão de Sambistas foi formado por amigos com o mesmo gosto
musical. Por serem músicos de grande versatilidade e amantes do samba, seja ele
“samba de quadra” ou dos “salões”, exaltam em suas apresentações os grandes
mestres deste gênero musical.
Eles também priorizam sempre o formato original das canções, buscando dessa
forma tratar cada samba apresentado, com toda reverência e o respeito que o
samba merece.</div><div><br /></div><div>Apesar de se tratar de um grupo que canta sambas antigos, pouco conhecidos ou até
mesmo inéditos desses ilustres compositores, não significa que não tenham olhos e
ouvidos para o presente.
Mas a lição do passado é sempre a mais forte diretriz, já que foram eles que
escreveram a história.
Sendo assim, o grupo Batalhão de Sambistas e o cantor Tuco procuram manter a
melhor forma possível de preservar e enaltecer a verdadeira essência do que se
faz.</div><div><br /></div><div>Cada integrante na sua particularidade tem uma história musical, são diversas
fontes e gêneros da boa música.
Entre eles, a vertente principal é representada pelo samba e seus grandes
mestres instrumentistas, tais como: Bide, Marçal, Ismael, Jorginho do Pandeiro,
Buci Moreira, Raul Marques, Dino 7 Cordas e Canhoto. Os inúmeros registros das
velhas-guardas das escolas como Portela, Mangueira, Estácio, Salgueiro e outros.
Com isso, transparece de forma harmônica a perfeita sintonia entre eles, desde o
apito inicial até a última marcação.</div><div><br /></div><div>Dentre os gêneros comentados anteriormente, o choro também tem uma forte
influência junto ao Batalhão, pois quase metade dos seus integrantes, fazem parte
dessa escola, formando um “regional” firme, na junção das harmonias e batucadas,
uma cadência que se transforma em uma ardente chama para que Tuco entoe o
seu canto.</div></div><div><br /></div><div>Senhoras e senhores: Tuco Pellegrino e Batalhão de Sambistas!</div><div><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/xlh4GdldUds" width="320" youtube-src-id="xlh4GdldUds"></iframe></div><br /><div><br /></div><div>PS.: No encarte deste disco há um agradecimento para mim. Queria registrar isso, pois é um grande orgulho para mim ter meu nome citado em um dos melhores discos lançados nos últimos anos.</div><div><br /></div>Artur de Bemhttp://www.blogger.com/profile/03276083353338210407noreply@blogger.com0Florianópolis, SC, Brasil-27.5986393 -48.5187229-28.083043288196869 -49.06803930625 -27.114235311803128 -47.96940649375tag:blogger.com,1999:blog-22352892.post-6496526050466240282019-10-26T21:18:00.001-03:002019-10-26T21:28:18.983-03:00A difícil tarefa do jornalista nos dias de hoje"<b>Jornalismo </b>é publicar aquilo que alguém não quer que se publique. Todo o resto é publicidade." (George Orwell)<br />
<br />
Dito isso, o jornalismo acabou no mundo. E já faz tempo. Ninguém questiona nada no mundo atual. As perguntas "por que?" e "será?", que sempre moveram os jornalistas, deixaram de ser feitas.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjz4QsZioF3ioAiHOxhaSDWYippE-inVWVVLbB6PS-257DjX3pPM2yBN8_oxJEk5lTuiVjS5oOgP4g8wlKyCmBvzVdgXtlz68FhiW0WfWIVLPaydscK2aUCv2b-rCkHLDvfxeG6/s1600/vintage-2608934_1920.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1059" data-original-width="1600" height="264" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjz4QsZioF3ioAiHOxhaSDWYippE-inVWVVLbB6PS-257DjX3pPM2yBN8_oxJEk5lTuiVjS5oOgP4g8wlKyCmBvzVdgXtlz68FhiW0WfWIVLPaydscK2aUCv2b-rCkHLDvfxeG6/s400/vintage-2608934_1920.jpg" width="400" /></a></div>
Com isso, muitos jornalistas migraram para o <b>marketing</b>, ou marketing digital, que está na moda hoje em dia, e é um ramo dentro da comunicação. Os que tiveram sorte, conseguiram entrar na parte de geração de conteúdo da área do marketing. Estão escrevendo. Os mais "azarados", no quesito gerar conteúdo, tiveram que ir para o designer, por exemplo.<br />
<br />
Eis que no marketing, ou marketing digital, o jornalista se depara com uma porção de expressões, nomes pomposos, nomenclaturas conhecidas mas com outro significado, e tem que dar alguns passos para trás:<br />
<br />
<ul>
<li><b>Lead</b>, que ele aprendeu, não é mais o início da matéria. É um potencial consumidor de um produto;</li>
<li>Saber para quem se escreve hoje é chamado de <b>persona</b>;</li>
<li>Escolher <b>palavras-chave</b> em títulos, intertítulos e em pontos chave do texto, que jornalista sabe de cor e salteado, ou deveria, hoje se chama SEO.</li>
</ul>
<br />
E esse SEO parece ser algo que as agências de marketing dão muito valor. Existem diversos aplicativos, programas, plugins para gerenciar isso. Um dos mais conhecidos é o <a href="https://br.wordpress.org/plugins/wordpress-seo/" target="_blank"><b>Yoast SEO</b></a>. Esse plugin do <b><a href="https://br.wordpress.org/" target="_blank">WordPress</a> </b>te diz quantas palavras você tem que usar, quantas ainda faltam, quantas palavras devem ser colocadas em cada intertítulo, quais palavras faltam, onde elas devem ser colocadas.<br />
<br />
As pessoas não querem ler muito. Querem ver figurinhas e ver <b>vídeos</b>. Mas esse mesmo plugin, e todas as referências de ranqueamento do Google, diz que temos que ter muito texto, muito conteúdo. Conta muito ponto pro SEO.<br />
<br />
E com esse plugin, ou similar, Você só precisa de um macaco que saiba ler e escrever e esse plugin. Pronto! Você tem um <b>gerador de conteúdo</b>.<br />
<br />
Outra mudança notada pelos jornalistas é que substantivos comuns, sem ser nomes próprios, ganharam caixa alta na primeira letra, independentemente de onde eles estejam. Isso chama mais a atenção do leitor. E a gramática que vá para a <b>segunda </b>página do resultado do Google.<br />
<br />
O marketing não é culpado disso. Nem o público leitor. Nem o pobre jornalista. Se tem algum culpado disso é o <b>tempo</b>. Os tempos modernos estão deixando pra trás todo um conhecimento adquirido, toda uma história, toda uma literatura, toda uma identidade de cada escritor.<br />
<br />
É triste ver que o mundo está ficando cada vez mais burro, imerso em uma máquina que encaixota tudo, deixando todos iguais, com direitos diferentes. Mas isso já é assunto pra outro artigo.Artur de Bemhttp://www.blogger.com/profile/03276083353338210407noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-22352892.post-67972045546286716242017-09-28T14:57:00.004-03:002017-09-28T15:20:06.482-03:00Casquinha - Musicografia completaSeguindo o programa, dessa vez disponibilizo todo o material do Casquinha que eu pude juntar, entre informações de biografia, música e letras. Sempre com ajuda dos amigos, incontáveis para citar aqui.<br />
<br />
Alguns sambas não encontrei o áudio, mas tá citado na relação.<br />
<br />
Se tiver algum erro, por favor, me informe.<br />
<br />
Quem tiver cadastro, link do 4shared: <a href="https://www.4shared.com/folder/Z6cDq_yo/Casquinha.html" target="_blank">https://www.4shared.com/folder/Z6cDq_yo/Casquinha.html</a><br />
Caso contrário, há o link do Mega: <a href="https://mega.nz/#F!N11HjKBQ!mbKthtJHLWXprvA5X4G25Q"><span class="file-link-info-wrapper"><span class="file-link-info url">https://mega.nz/#F!N11HjKBQ</span><span class="file-link-info key">!mbKthtJHLWXprvA5X4G25Q</span></span></a><br />
<br />
<span class="file-link-info-wrapper"><span class="file-link-info key">Casquinha fará 95 anos ida 1º de dezembro de 2017 agora. </span></span> <br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieZlkoBUtCeWo5svJmTthS6oa-2kPvXqJLCrEVNJMUX3sAWk8hIUXvoA6Ma0m1RuOozi9xmBu6aXA9tPKFYZcGI85z78meUzkpkMR8lgt2AIiRKZbhRk3ziNKIJ9zZU7eRJmQW/s1600/Casquinha.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="684" data-original-width="1024" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieZlkoBUtCeWo5svJmTthS6oa-2kPvXqJLCrEVNJMUX3sAWk8hIUXvoA6Ma0m1RuOozi9xmBu6aXA9tPKFYZcGI85z78meUzkpkMR8lgt2AIiRKZbhRk3ziNKIJ9zZU7eRJmQW/s400/Casquinha.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<br />
Compositor. Cantor.<br />
Filho de imigrante alemão.<br />
Nasceu no subúrbio de Oswaldo Cruz, onde desde cedo teve contato com o samba.<br />
Inicialmente começou compondo para um bloco carnavalesco do bairro onde morava.<br />
Aos 26 anos, ingressou para a Ala dos Compositores do Grêmio Recreativo e Escola de Samba Portela.<br />
Exerceu várias profissões, como pintor de paredes e contínuo do Banco Mercantil de Descontos.<br />
Tocava vários instrumentos de percussão, destacando-se o tamborim.<br />
Segundo Sérgio Cabral Casquinha foi um grande jogador de futebol. Segundo só Sérgio Cabral não, segundo praticamente todo mundo que o viu jogar. Foi o melhor jogador da várzea, inclusive nível de jogadores profissionais que jogaram até na seleção.Artur de Bemhttp://www.blogger.com/profile/03276083353338210407noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-22352892.post-87432351730890378742017-09-26T13:38:00.001-03:002017-09-26T18:32:24.389-03:00Formação do Bloco Contestado<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjor0pwGH7vY9gk4xSE-u6y9bG8hDkwyPrC5VVoJpcE8Mo6wQvovOeBDHzaGWpMuGS79YU1MQmvNDu4DqhOD2QFzVG4M7RnJqn6ZzY18vUzf8gJMqrGQ54wIOJuKwEiWQBK_pVm/s1600/Convite+Contestado.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="570" data-original-width="860" height="265" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjor0pwGH7vY9gk4xSE-u6y9bG8hDkwyPrC5VVoJpcE8Mo6wQvovOeBDHzaGWpMuGS79YU1MQmvNDu4DqhOD2QFzVG4M7RnJqn6ZzY18vUzf8gJMqrGQ54wIOJuKwEiWQBK_pVm/s400/Convite+Contestado.jpeg" width="400" /></a></div>
<br />
Convidamos todos para participar do primeiro encontro pra formação do Bloco Contestado.<br />
<br />
É uma aula magna sobre a Guerra do Contestado com o professor Paulo
Pinheiro Machado, da UFSC; e com Marcia Paraíso, diretora do
documentário "Terra Cabocla".<br />
<br />
O Bloco Contestado, homônimo da
Guerra por coincidência, surge como um bloco estritamente cultural. Seu
ideal é cantar as história de lutas por uma sociedade mais justa,
mostrando que o nosso povo sempre lutou e continuará lutando. O<span class="text_exposed_show"> Contestado não pleiteia dinheiro, avenida, luxo. Somos do povo e para o povo. Nosso cortejo é na rua!</span><br />
<br />
<div class="text_exposed_show">
E como primeira ação do Bloco, estamos organizando esse encontro de 2
dos grandes conhecedores da Guerra do Contestado, tema do Bloco pro
Carnaval de 2018, para explanar sobre o assunto e ajudar a divulgar o
tema, que é pouco falado, e até evitado em alguns locais do setor
público.<br />
<br />
Vamos falar de João Maria, José Maria, Teodora, Maria
Rosa, Adeodato, e outros tantos "Pelados" heróis do povo catarinense, e
quiçá brasileiro.<br />
<br />
Dia 03/10, terça-feira, 19h, no Instituto Arco-Íris (Travessa Ratclif, esquina com calçadão da João Pinto). GRATUITO!</div>
Artur de Bemhttp://www.blogger.com/profile/03276083353338210407noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-22352892.post-73005822611404862442017-09-14T12:38:00.000-03:002017-09-28T15:15:40.076-03:00Monsueto - Musicografia completaSegue <a href="https://www.4shared.com/folder/foLFI9iZ/Monsueto.html" target="_blank">link</a> com a obra completa (que eu pude juntar) do Monsueto:<br />
<a href="https://www.4shared.com/folder/foLFI9iZ/Monsueto.html">https://www.4shared.com/folder/foLFI9iZ/Monsueto.html</a><br />
Caso você não tenha cadastro no 4shared, pode baixar <a href="https://mega.nz/#F!5s80UYxL!41Bk2qW6iRw8f-xCxQStXg" target="_blank">aqui também</a>: <a href="https://mega.nz/#F!5s80UYxL!41Bk2qW6iRw8f-xCxQStXg"><span class="file-link-info-wrapper"><span class="file-link-info url">https://mega.nz/#F!5s80UYxL</span><span class="file-link-info key">!41Bk2qW6iRw8f-xCxQStXg</span></span></a> <br />
<br />
No <a href="https://www.4shared.com/folder/foLFI9iZ/Monsueto.html" target="_blank">link</a> tem um PDF com foto, um apanhado do histórico dele que está na internet, e todas as letras das músicas que foram possíveis encontrar. Tem também, e logicamente, todos os áudios que puderam ser encontrados.<br />
<br />
Algumas letras não estão completas porque o áudio não estava muito bom em determinadas partes. Qualquer correção, por favor, entre em contato.<br />
<br />
E cabe aqui um agradecimento especial à Verônica Menezes, filha do Monsueto, que me ajudou muito no levantamento completo da obra do pai. <br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi7uRi03KctiNewkTme4CWmVLxVrEbh21JA603b7a918cudUU03mB_TXGDmrAqsocPZPgILjs3W9Ra2ZB9Kdag2J8MsM76foVmagM99V6GWJWBLksULlK6s-MFgjdhhEI8TdsS4/s1600/Monsueto.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="600" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi7uRi03KctiNewkTme4CWmVLxVrEbh21JA603b7a918cudUU03mB_TXGDmrAqsocPZPgILjs3W9Ra2ZB9Kdag2J8MsM76foVmagM99V6GWJWBLksULlK6s-MFgjdhhEI8TdsS4/s320/Monsueto.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
Nasceu na Gávea e foi criado no Morro do Pinto. Com menos de três anos ficou órfão de mãe e pai e foi criado pela avó e por uma tia. Na adolescência, trabalhou como guardador de carros no Jockey Club.<br />
<br />
Estudou até o quinto ano primário. Aos 15 anos, já tocava em baterias de escola de samba e aos 17 começou a trabalhar como baterista free lancer em bailes de gafieira e cabarés. Prestou serviço militar no Forte de Copacabana e ao sair casou-se com Maria Aparecida Carlos, indo morar em Vieira Fazenda, subúrbio carioca. Lá, abriu uma tinturaria, a exemplo de seu irmão Francisco, que também fora proprietário de uma tinturaria na qual chegou a trabalhar. Apesar de ter seu próprio negócio, continuou tocando na noite, frequentando os pontos de encontro de músicos, principalmente nas redondezas do Teatro João Caetano. Teve seis filhos.Artur de Bemhttp://www.blogger.com/profile/03276083353338210407noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-22352892.post-22650723121674128182017-08-04T13:56:00.000-03:002017-09-28T15:16:00.140-03:00Alberto Lonato - Musicografia completaFiz um apanhado das informações e músicas de Alberto Lonato que estão na internet, compilei tudo em um arquivo PDF e juntei suas músicas.<br />
<br />
<a href="https://www.4shared.com/folder/AkNfQ4zM/Alberto_Lonato.html" target="_blank">Aqui</a> estão todas as músicas compostas por Alberto Lonato, da Velha Guarda da Portela.<br />
<br />
<a href="https://www.4shared.com/folder/AkNfQ4zM/Alberto_Lonato.html">https://www.4shared.com/folder/AkNfQ4zM/Alberto_Lonato.html</a><br />
<br />
Pra quem não tem cadastro no 4shared, pode baixar nesse outro link: <a href="https://mega.nz/#F!Q19QUISA!f5iE-jOqdyGiBrDKPRhQ2g"><span class="file-link-info-wrapper"><span class="file-link-info url">https://mega.nz/#F!Q19QUISA</span><span class="file-link-info key">!f5iE-jOqdyGiBrDKPRhQ2g</span></span></a> <br />
<br />
Caso tenha algum erro no texto, a fonte da pesquisa está ali para ser confrontada. Nada que não possa ser corrigido, acrescentado ou removido.<br />
<br />
Qualquer erro na letra, por favor, fique a vontade para me avisar para que possa ser corrigido.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEit694X6Sa5_2-0-nO7Fz_RNP8m_li87ibpkNuScJ0p7Z-KIwGbchVRGD7CLS0ovBr-89QBRV41z2j3CyucaIb9YXn9rv5sihXATOfWMhaUR2QYKkznTWw7bkehdFON9GFZR-Wc/s1600/Alberto+Lonato.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEit694X6Sa5_2-0-nO7Fz_RNP8m_li87ibpkNuScJ0p7Z-KIwGbchVRGD7CLS0ovBr-89QBRV41z2j3CyucaIb9YXn9rv5sihXATOfWMhaUR2QYKkznTWw7bkehdFON9GFZR-Wc/s400/Alberto+Lonato.jpg" width="400" /> </a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
Os primeiros contatos com o samba aconteceram por volta de 1916, na casa de Madalena Xangô de Ouro, na Rua Quintão, ainda em Quintino. Dessas reuniões também participavam outros portelenses que se tornariam famosos, além de personalidades que já faziam sucesso no Centro da cidade, como Pixinguinha e Brancura. Esses encontros, lembrados com saudade por quem participava deles, serviram de escola para o jovem Alberto.Artur de Bemhttp://www.blogger.com/profile/03276083353338210407noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-22352892.post-91680699869850130032017-06-30T14:55:00.000-03:002017-06-30T14:55:02.701-03:00Noel Rosa - Faz VergonhaNas batalhas de confete da Tijuca, Vila Isabel e Andaraí, principalmente na mais famosa delas, que era a da Rua Dona Zulmira, os blocos do Salgueiro sempre faziam bonito, marcavam a sua presença. Era tempo de corda, que impedia a invasão de estranhos e permitia que todos brincassem despreocupados e à vontade. Mas, sem dúvida, havia uma grande pinimba entre os blocos dos outros lugares e os do Salgueiro, isso porque, na hora em que era preciso, o pessoal do morro se juntava para enfrentar o adversário comum. Em Vila Isabel havia um bloco muito temido, o Faz Vergonha, no qual saíam Noel Rosa, Henrique Foréis Domingues (Almirante), Carlos Alberto Ferreira Braga (João de Barro), Álvaro de Miranda Ribeiro (Alvinho), Nássara e outros rapazes da mesma turma. Consta que foi em janeiro de 1935, numa batalha da Rua Dona Zulmira, que Noel Rosa, de pura implicância, saiu no Faz Vergonha cantando o seguinte samba:<br />
<br />
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<br />
Oswaldo Cruz, Morro da Mangueira<br />
Favela, Estácio de Sá<br />
Vamos acordar o Salgueiro<br />
O mundo inteiro<br />
Quer ouvir o seu cantar<br />
<br />
Os brios salgueirenses foram feridos. Os integrantes dos blocos foram contar o sucedido ao diretor do Azul e Branco, Antenor Santíssimo de Araújo, o famoso Antenor Gargalhada, que estava na tendinha do seu Candinho tomando umas e outras com a rapaziada. Quando tomou conhecimento do assunto, quem assistiu diz que ele pediu 500 réis de cachaça, deu pro santo, tomou, deu uma cusparada para o lado e quando voltou já veio com a resposta pronta:<br />
<br />
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<br />
Uma resposta em cima da hora<br />
Temos o prazer e glória em citar<br />
O Salgueiro não está adormecido<br />
Quem é a Vila pra nos acordar?<br />
<br />
<br />
Trecho retirado do livro "Salgueiro: academia do samba", de Haroldo Costa. No livro constam as partituras das músicas. Escrevi em um programa de editor de partituras e criei o áudio da melodia.Artur de Bemhttp://www.blogger.com/profile/03276083353338210407noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-22352892.post-66920351785203247562017-06-19T14:26:00.003-03:002017-06-19T14:26:54.809-03:00Quem não é ouvido não é lembrado - Bernardo FrançaSeguindo a linha editorial do programa, de exaltar os famosos anônimos, segue a segunda edição do programa "Quem não é ouvido não é lembrado", dessa vez com Bernardo de França da Silva. Um grande percussionista e que sabe cantar muito bem!<br />
<br />
Pode ser ouvido no player abaixo, no player lateral do blog, ou <a href="https://soundcloud.com/arturdebem2/quem-nao-e-ouvido-nao-e-lembrado-bernardo-franca" target="_blank">clicando nesse link.</a> Também há uma versão com menor qualidade rolando no zapzap.<br />
<br />
Sem mais delongas, senhoras e senhores, Bernardo!<br />
<br />
<iframe frameborder="no" height="200" scrolling="no" src="https://w.soundcloud.com/player/?url=https%3A//api.soundcloud.com/tracks/328050266&auto_play=false&hide_related=false&show_comments=true&show_user=true&show_reposts=false&visual=true" width="100%"></iframe>Artur de Bemhttp://www.blogger.com/profile/03276083353338210407noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-22352892.post-34575316922485862492017-04-24T23:34:00.003-03:002017-04-24T23:39:00.792-03:00Quem não é ouvido não é lembradoEstá no ar a primeira edição do programa "Quem não é ouvido não é lembrado - o programa que vai cair no esquecimento". É um programa de entrevistas com os famosos anônimos do samba, aqueles que são conhecidos entre as pessoas do meio musical, mas que não estão na grande mídia.<br />
<br />
Não há uma periodicidade fixa do programa. Ele vai ao ar sempre que possível.<br />
<br />
É possível fazer o download para ouvir em outro momento ou guardar no computador, basta clicar <a href="https://soundcloud.com/arturdebem/quem-nao-e-ouvido-nao-e-lembrado-cleber-dos-santos" target="_blank">aqui no link do soundcloud.</a> <br />
<br />
O primeiro programa é com o violonista Cleber dos Santos.<br />
<br />
Ouçam!<br />
<br />
<iframe frameborder="no" height="200" scrolling="no" src="https://w.soundcloud.com/player/?url=https%3A//api.soundcloud.com/tracks/319332438&auto_play=false&hide_related=false&show_comments=true&show_user=true&show_reposts=false&visual=true" width="100%"></iframe>Artur de Bemhttp://www.blogger.com/profile/03276083353338210407noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-22352892.post-75794229134511438312016-09-07T18:54:00.000-03:002016-09-07T19:01:10.006-03:00100 anos de samba! Primeiro samba gravado!Sempre falei que essa história de primeiro samba gravado em 1917 só serve para fins didáticos. De uma gente que quer ter uma data para início das coisas.<br />
<br />
Uma breve pesquisa na internet já faz cair por terra os 100 anos de samba, ou que "Pelo telephone" tenha sido o primeiro samba gravado.<br />
<br />
Antes dele, não necessariamente em ordem cronológica, temos:<br />
<br />
<b>Em casa de baiana</b> (Alfredo Carlos Brício) - 1913<br />
Não encontrei a música.<br />
<br />
<b>Joaquina</b> (Pedro Bifano) - 1913<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/XF3na3OvJ9E" width="560"></iframe>
<br />
<br />
<b>A viola está magoada</b> (Catullo da Paixão Cearense) - 1913 ou 1914<br />
Gravada pelo mesmo Bahiano, que gravou "Pelo telephone".<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/gzM7qh4LF2g" width="560"></iframe>
<br />
<br />
<b>Catimbó</b> (Antônio R. de Jesus) - Não sei a data. Se não foi antes do "Pelo telephone", foi contemporâneo. Também não encontrei a música.<br />
<br />
Há, ainda os compositores Lourival de Carvalho e Louro, que tiveram sambas gravados antes do Donga. Não encontrei as músicas.<br />
<br />
E deve ter muitos outros sambas. Qual foi o primeiro? Não sei. Mas como o intuito dessa postagem não é fazer uma dissertação de mestrado, mas mostrar exemplos de gravações de samba antes do "Pelo telephone", creio que tá bom.<br />
<br />
E porque cargas d'água então se fala do "Pelo telephone"? Porque fez sucesso. <br />
<br />
E se disserem que isso tudo não é samba, mas maxixe ou outro gênero musical, o primeiro samba, no formato como conhecemos hoje, só seria gravado em 1928, com os compositores do Estácio. De qualquer forma, não seria em 2017 o centenário do samba. Ou 2016, ano de registro do "Pelo telephone" na Biblioteca Nacional.<br />
<br />
<b>Me faz carinhos</b> (Ismael Silva) - 1928<br />
Registrado em nome de Francisco Alves, mas é do Ismael.<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/ZLNWGDdajmE" width="560"></iframe><br />
<br />
Encerro por aqui!Artur de Bemhttp://www.blogger.com/profile/03276083353338210407noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-22352892.post-56455630586686319582016-06-17T04:39:00.000-03:002016-06-17T04:39:16.850-03:00Causa mortis: amor. Ou desgosto. Dá quase no mesmo.<!--[if gte mso 9]><xml>
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<div style="text-align: justify;">
No dia 17 de junho, na semana do dia dos
namorados, ela foi encontrada morta, pendurada por um fio de teia de aranha,
logo abaixo de um suporte de lâmpada. Suicidou-se em virtude de uma desilusão amorosa.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Segundo testemunhas, que não querem se
identificar por medo, a Traça mantinha relações com o Cupim já há alguns dias.
Eles dizem que ela era apaixonada pelo corpo esbelto dele.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Infelizmente, o motivo que atraía a Traça também
a traía. O corpo esbelto do Cupim também chamava a atenção de outras espécimes.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgs8WexDHDaR47YyAPXlm0eYMR6dc6PqxXn5FXbwZYBkaI4-IkIjv28GOqru5qKXGTGD9VhKSL4R-s4rNwfm6_tk5dE_twSWIKTdLs9uSq-SKAPesKd3FQBxt5-O8gtAQNCh6Ho/s1600/tra%25C3%25A7a.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgs8WexDHDaR47YyAPXlm0eYMR6dc6PqxXn5FXbwZYBkaI4-IkIjv28GOqru5qKXGTGD9VhKSL4R-s4rNwfm6_tk5dE_twSWIKTdLs9uSq-SKAPesKd3FQBxt5-O8gtAQNCh6Ho/s400/tra%25C3%25A7a.jpg" width="225" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Cupim era um ser realmente admirável. Com suas
asas imponentes e seus dentes extremamente fortes, tinha fácil acesso a todos
os ambientes. Era temido por uns, respeitado por outros, amado por todas. Por
onde passava provocava os suspiros delas. Até de algumas aranhas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Cupim gostava de frequentar os ambientes aéreos.
Conversava muito com os mosquitos. Até participava das jogatinas deles. O
mosquito Aedes, o patrão da área, lhe tinha muito respeito e fazia vista grossa
para algumas de suas investidas. Dizem até que Cupim teria arrastado uma asa
pra uma das irmãs de Aedes. Um dia Cupim conheceu Traça, e a deixou subindo
pelas paredes.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Traça era bonita e jovem, ainda iria desenvolver
muito, e tinha um futuro brilhante pela frente. Não fosse esse intempérie no
caminho. Filha de uma família nobre, foi blindada pelos pais sobre os perigos
da vida. Talvez por medo de que algo ruim pudesse acontecer. Ironicamente,
talvez justamente essa blindagem a tenha matado.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sem conhecer os amargos da vida, seu primeiro
amor foi justamente o Cupim, um ser livre, que andava por todos os ambientes.
Não havia condições da Traça acompanhar o ritmo acelerado do Cupim. E nem do
Cupim esperar pela Traça. Sendo assim, seus encontros eram casuais. A Traça
subindo pelas paredes e o Cupim voando.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mesmo com um amor tão incomum, a Traça acreditava
que podia dar certo. Até que descobriu a verdade sobre seu <i>affair</i>, da pior
forma possível, quando o flagrou com uma formiga. E o safado nem fez questão de
desmentir. Quanto maior a árvore, maior a queda. E o Cupim era o maior para a
Traça.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ela traçou um plano. Iria mostrar a todos o que
um amor não correspondido pode fazer. Depois disso, ela tinha certeza que ninguém
mais iria querer ficar com o Cupim. Sabendo de suas constantes visitas nas partes
mais altas, falou com uma aranha, que conhecia bem o Cupim, e combinou que ela
deixaria uma teia “esquecida” no suporte da lâmpada.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ninguém acredita que a Traça tenha conseguido
alcançar a lâmpada sozinha. É muito longe e de difícil acesso para quem não tem
asas. Mas a força de um desamor está fora das nossas imaginações. Se o amor tem
poder, o desamor, o desgosto, a vergonha, a raiva, tem muito mais.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No dia e horário de maior movimento, quando
estavam todos (mosquitos, cupins, aranhas, mariposas, até uma abelha apareceu),
jogando, conversando, se divertindo, aparece a Traça. Foi um silêncio
sepulcral. Primeiro o espanto pelo aparecimento de uma traça tão jovem. Isso
nunca tinha acontecido antes. Segundo porque era a Traça que o Cupim já tinha
traçado. E somente ele.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sem rodeios, ela atravessa o suporte todo. Já com
os olhos rasos d’água. Cansada da viagem, abatida da traição e desgostosa da
vida. Passa por todos como se não existisse ninguém. Se amarra no fio da teia e se joga. Foi possível ouvir o grunhido do fio
se esticando. E nada mais.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O local ficou completamente abandonado até que o corpo da Traça foi retirado. Passado um tempo, o ambiente voltou a ser frequentado, aos poucos. A vida continuou. O Cupim nunca mais foi visto. Uns dizem que ele perdeu suas asas e se enfiou num buraco qualquer. Outros dizem que ele voou pra outro local. Dizem até que ele morreu. São várias as versões. Nenhuma certeza.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Hoje, ninguém mais lembra dele. Nem dela.</div>
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<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Meia noite. Todas as pessoas
normais se preparam pra dormir. Ou já estão dormindo. Ele? Ele se prepara pra
ir trabalhar. Daqui a pouco ele deve sair. A qualquer momento a partir de
agora.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Uma hora da manhã. Lá vai ele. Um
pouco atrasado. Acho que o patrão não vai gostar. Talvez ele seja demitido
hoje. Tomara. Talvez ele tenha dormido demais. Que ironia.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Mentira. Nem sei o que ele faz da
vida. A quem estou querendo enganar? A mim mesmo. Inventando histórias pra me
satisfazer. Enquanto ele vai trabalhar agora. A noite toda. Sofrendo. Enquanto
eu durmo. Tranquilo.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Seis horas da manhã. Acho que já
acabou o expediente dele. Deve ter sido muito sofrido hoje. Ele ta até
cambaleando. Bem feito. Quem manda querer dormir até o meio dia. Não estudou.
Aí fica com esses sub empregos. De madrugada. Sofrendo.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Mentira. Nem sei se ele estudou.
Mas não deve ter estudado. Se encaixa melhor na minha análise. Vagabundo. Tudo
que ele tem é uma mochila velha. Sempre carrega a mochila.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Duas horas da tarde. Sem
vergonha. Ele não tem vergonha? Levantar essa hora? Vagabundo. Eu já levantei, tomei
banho, fiz almoço, lavei roupa. Mereço um cochilo.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ave Maria. Nenhum movimento na
casa. Da minha janela eu consigo ver. Deve ta dormindo. Vagabundo. Sem
vergonha. É só o que ele sabe fazer. Dormir. Depois acorda atrasado pra trabalhar.
Eu não tenho culpa se ele for demitido. Nem pena. Tomara que seja.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Aliás. Que raio de emprego é
esse? Trabalha só de noite e madrugada. As vezes entra às 11 da noite. As vezes
a 1 da manhã. As vezes 10 da noite. As vezes volta às 5. As vezes volta às 6. 7.
Já vi ele sair de casa 6 horas da tarde e chegar em casa meio dia. Já vi até
ele não voltar. Vagabundo!</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Nem ligo. Não é ele que paga
minhas contas.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Vagabundo!</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ó! Hoje ele ta saindo mais cedo.
Onze horas. Lá vai ele.</div>
Artur de Bemhttp://www.blogger.com/profile/03276083353338210407noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-22352892.post-85301384631785851142016-04-25T23:01:00.001-03:002016-04-25T23:01:29.283-03:00Brinca Quem PodeNão se tem muita informação a respeito desse bloco, ou escola de samba, de Florianópolis.<br />
<br />Segundo a pesquisadora Cristiana Tramonte, o bloco Brinca Quem Pode é de meados de 1938, e era formado só por negros.<br />
<br />
Há uma história envolvendo o governador da época Nereu Ramos, que assumiu o governo do estado de 1935 a 1945. Os membros do bloco foram pedir uma ajuda financeira ao governador. Ato comum desde aquela época. Não sei bem como Nereu Ramos fez a piada, mas ele fez um trocadilho com o nome do bloco, dizendo que se o nome do bloco é "Brinca Quem Pode", quem não pode, não brinca. E não deu o dinheiro pra eles.<br />
<br />
O trecho abaixo é do Seu Augusto, fundador da Escola de Samba Associação Desportiva Alvim Barbosa, fundada em 1956, cantando um trecho de um samba do bloco.<br />
<br />
<br />
<iframe frameborder="no" height="150" scrolling="no" src="https://w.soundcloud.com/player/?url=https%3A//api.soundcloud.com/tracks/260904554&auto_play=false&hide_related=false&show_comments=true&show_user=true&show_reposts=false&visual=true" width="100%"></iframe>Artur de Bemhttp://www.blogger.com/profile/03276083353338210407noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-22352892.post-61804462445961585302016-03-23T23:42:00.007-03:002016-03-23T23:42:49.558-03:00Relatos intensos de um domingo monótono<div style="text-align: justify;">
Acordo. Ainda deitado, com os olhos entre abertos, vou tendo noção de onde estou. É meu quarto. A televisão está desligada. Talvez eu tenha lembrado de programá-la para desligar antes de dormir, ou ela desligou sozinha, quando percebeu que eu não dava mais atenção à ela. O ventilador, bravo companheiro, continuava seu trabalho constante de me fornecer um frescor no quarto fechado, e um ruído ininterrupto do motor que acompanha o frescor. A lâmpada está acesa. Sempre está. E o lençol cobre minhas pernas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Vou abrindo mais os olhos e começo a me mexer. Primeiro uma espreguiçada para a esquerda. Depois uma pra direita, pra igualar os lados do corpo. Permaneço imóvel, esperando alguma reação dos meus músculos, que parecem ainda dormir. A reação não vem. Então eu faço um esforço de mexer meu braço esquerdo em busca do celular, no chão, ao lado da cama. Só então pude ter conhecimento do horário. São quatro horas da tarde.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A essa altura, o sol já estava cansado de tanto tentar penetrar as frestas da minha janela na tentativa de me acordar. Foram cerca de 12 horas ininterruptas de iluminação constante. Em vão. Sequer tomei conhecimento de sua existência enquanto conversava com Morfeu. Frustrado, percebo que ele começa sua trajetória de partida. Se fosse o caso de acordar com iluminação, não teria deixado a lâmpada acesa. Não posso esquecer de agradecer o ventilador, que me ajudou muito nesse sentido, amenizando o calor, que entrava junto com a iluminação externa.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No celular vejo que há mais de 999 mensagens no WhatsApp. Confiro se há alguma mensagem privada que seja importante. Nada demais. Respondo algumas com o cérebro ainda em estágio vegetativo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Com o braço direito busco meu óculos e o controle remoto da TV. É domingo, são quatro horas da tarde, portanto deve estar começando algum jogo de futebol. Batata! Não me recordo quais times jogavam. Mas lembro que aos 20 e tantos minutos de jogo, começo a sentir sono de novo. Aos 30 eu não resisto e durmo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O volume da TV parece aumentar involuntariamente e eu desperto. Troco de canal, abaixo o volume e volto a dormir. A cena se repete algumas vezes, até que eu desperto de vez. Então eu faço um esforço de mexer meu braço esquerdo em busca do celular, no chão, ao lado da cama. São oito horas da noite e está passando um filme qualquer na TV, que dessa vez permanece ligada. Assim como o velho companheiro incansável ventilador. E a lâmpada, que não faz tanto esforço. Somente brilha.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Meus músculos ainda não respondem a contento, mas a pressão da minha bexiga é a força maior que me motiva a levantar. Pela primeira vez no dia eu levanto. Faço minhas necessidades, uma leve higiene pessoal e volto pra cama. Me sento, de cabeça baixa pra não forçar os músculos do pescoço, e espero. Não sei o que, exatamente. Mas espero. Eis que surge um sinal: minha barriga ronca. Pudera. Devo estar há, no mínimo, 20 horas sem comer. Levanto, meio zonzo, e me dirijo à cozinha. Apalpando as paredes pelo caminho. Preparo o forno, coloco uma pizza para assar, me sento à mesa e espero alguns minutos. Como a pizza, e volto pro quarto.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Já são cerca de 11 horas da noite. Amanhã é segunda-feira e eu tenho compromissos. É hora de ir pra cama e dormir.
</div>
Artur de Bemhttp://www.blogger.com/profile/03276083353338210407noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-22352892.post-39487189622908622942015-09-11T14:30:00.001-03:002015-09-11T14:30:56.555-03:00Alô, Europa!<div style="text-align: justify;">
As leis da União Europeia exigem que você informe os visitantes da União Europeia sobre os cookies usados no seu blog. Em muitos casos, essas leis também exigem que você obtenha o consentimento deles.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Como cortesia, adicionamos ao seu blog um aviso que explica o uso que o Google faz de determinados cookies do Blogger e do Google, incluindo o uso de cookies do Google Analytics e Google AdSense.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Você é responsável por confirmar se esse aviso realmente funciona para seu blog e se ele é exibido. Se você utiliza outros cookies, por exemplo, adicionando recursos de terceiros, esse aviso talvez não funcione para você. Saiba mais sobre esse aviso e suas responsabilidades.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ou seja, europeus, o recado é:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
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Artur de Bemhttp://www.blogger.com/profile/03276083353338210407noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-22352892.post-75041274648791286352015-09-08T01:59:00.000-03:002015-09-08T01:59:35.553-03:00Cordiais saudações<div style="text-align: justify;">
O disco “Cordiais saudações”, do excepcional cantor Roberto Mahn, mais conhecido como Roberto Seresteiro é “o melhor disco de serestas dos últimos anos!”, como diz o próprio. “Até porque foi o único lançado nos últimos anos”, complementa.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mesmo que tivessem lançados outros, tenho a tranquila certeza que este disco ainda figuraria entre os melhores! A união da agradabilíssima voz de Roberto com o Regional Imperial como grupo base do disco, além de outros excelentes músicos, com uma execução primordial ajudaram a tornar esse disco inesquecível.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglcVeqtULUG4Nll6lTQOZ8SD_mzg3LFF9T74rtqUB88WWOIXV1rrlOr-d9Was9o3YVu8mwKAem66aDdnr26A-skZnJAelC83Fc5Bp690vBLHTyuuraSXT-icBnfKONdd516Q4U/s1600/seresteiro.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglcVeqtULUG4Nll6lTQOZ8SD_mzg3LFF9T74rtqUB88WWOIXV1rrlOr-d9Was9o3YVu8mwKAem66aDdnr26A-skZnJAelC83Fc5Bp690vBLHTyuuraSXT-icBnfKONdd516Q4U/s1600/seresteiro.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O disco não é só de serestas. No repertório do Seresteiro estão também samba epistolar, samba, tango-canção, samba-canção, canção, samba-choro, valsa, marcha-rancho, fox-canção e canção sertaneja. Pelo menos essas são as designações impressas no encarte.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E qual é a diferença? Toda! Todas essas vertentes são caprichosamente executadas como deveriam pelo Regional Imperial e outros 15 músicos participantes do disco! O ainda jovem e cada vez mais experiente João Camarero é o responsável pelo arranjo de quase todo o disco. Um primor!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
As participações especiais não ficam por menos. Roberto Luna, Tuco Pellegrino, Antônio Caros Fioravante (Bolão) e Agnaldo Rayol! Talvez dentre eles, o único conhecido do grande público seja o último. Pois o grande público deve conhecer os outros três! Eis a oportunidade!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E a voz do jovem Roberto Seresteiro é sublime! Não por menos que adotou “Seresteiro” como seu nome artístico. Ele dedica sua vida a estudar a fundo essa vertente (e as vertentes da vertente, como já citado) quase esquecida.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sua interpretação é incrível! Estando em 2015 é possível sentir a dor dos caboclos nas músicas que falam de sertão e um desamor boêmio de 1920 nas canções. Porque nenhuma música do disco é recente.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Roberto Seresteiro é um cantor brasileiro! Sem cacoetes estrangeiros. Sem gritos histéricos. Sem forçar a barra. Sua voz é limpa. Sua dicção é perfeita. Sua entonação é precisa. Francisco Alves, simbolizando todos os outros cantores brasileiros pra não citar todos e correr o risco de esquecer algum, está feliz!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Uma vez um amigo me disse que parece que o samba nunca teve uma preocupação muito grande em ter um cantor de verdade. Tem uma gama de pessoas muito grande que canta. Mas cantor de verdade, dentro de tantos anos de existência, e dentro de um universo tão grande, não foram tantos. E me questionou um cantor da atualidade.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Guilherme, é com imenso prazer que lhe apresento Roberto Seresteiro!
</div>
Artur de Bemhttp://www.blogger.com/profile/03276083353338210407noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-22352892.post-68359867253857862152015-08-01T23:10:00.001-03:002015-08-01T23:10:24.349-03:00Morreu Malvadeza DurãoMorreu na madrugada dessa sexta-feira, no Morro da Mangueira, o Malvadeza Durão. O corpo foi encontrado em frente a uma ribanceira com um punhal no coração. A polícia supeita de José da Conceição, porém sem provas, pois em Mangueira não existe delator.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_wfkYtem9ydyMpxcB5pL5tZfewaO5RjoWloKoaow5bd0zGmWXrsaFSAkKF_1DAOlMYbRWs5t1ojZALKPzeM1zPD7-6jAZ_5wwfXQz86umIQID08e_GUmyk17Qbh1wH8fZM5ST/s1600/cruz.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="255" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_wfkYtem9ydyMpxcB5pL5tZfewaO5RjoWloKoaow5bd0zGmWXrsaFSAkKF_1DAOlMYbRWs5t1ojZALKPzeM1zPD7-6jAZ_5wwfXQz86umIQID08e_GUmyk17Qbh1wH8fZM5ST/s320/cruz.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
O que se comenta, à boca miúda, apurado pela nossa equipe de reportagem, é que Malvadeza Durão e José da Conceição, conhecido no morro por Mulato Calado, discutiram durante uma roda de samba. José empunhava seu violão enquanto Malvadeza cantava sambas exaltando Rosinha, sua esposa. Era meia noite quando o Malvadeza chegou. Ao fim da disputa, ainda de madrugada, ele teria ido fumar um cigarro. Seu corpo foi encontrado nas primeiras horas da manhã com uma subscrição para ser enterrado. Ele estava sorrindo.<br />
<br />
Apesar do apelido, Malvadeza Durão era considerado no Morro e seu enterro estava cheio de amigos. Rosinha não compareceu ao enterro, mas fincou uma cruz no local onde seu marido foi encontrado.Artur de Bemhttp://www.blogger.com/profile/03276083353338210407noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-22352892.post-57035200685531943532015-05-18T01:50:00.000-03:002015-05-18T01:50:40.569-03:00A emoção foi geralFaltava pouco para o carnaval, quando o Bloco de Samba Pega o Lenço e Vai se armava para seu cortejo. Por ironia, o bloco mais brasileiro que eu já vi sai de uma rua com nome estrangeiro: Rua San Juan. Frontalmente ao número 121, no bairro Parque das Américas, em Mauá, no ABCD Paulista, no espaço denominado Centro Cultural Dona Leonor, o CCDL.<br />
<br />
Seu ideal tem valor: colocar em prática a lei 10.639/2003, que torna obrigatório o ensino da cultura afro-brasileira na escola. O tema deste ano foi a Balaiada, ocorrida no Maranhão. E de cara, a primeira frase da letra do samba emociona:<br />
<br />
<i>"No Brasil o opressor recebe condecoração"</i><br />
<br />
Foi aí, já nos primeiros instantes do cortejo, que eu me emocionei. Umas 100 pessoas descendo a rua e cantando com euforia:<br />
<br />
<i>"Ô ô ô ô ô</i><br />
<i>O balaio chegou</i><br />
<i>Cadê o branco?</i><br />
<i>Não há mais branco!</i><br />
<i>Não há mais senhor!"</i><br />
<br />
Moradores, frequentadores do buteco logo a frente, transeuntes em geral, olhando espantados para o aglomerado de maluco cantando. Consigo até imaginar eles pensando: "Que negócio é esse de balaio?"<br />
<br />
E o samba foi repetido inúmeras vezes. É daqueles sambas que quando termina a primeira parte dá vontade de ir pra segunda, e quando termina a segunda dá vontade de começar de novo. E assim foi feito.<br />
<br />
Cavaquinhos, pandeiros, cuícas, tamborins, recos-recos e surdo. Batuqueiros, pastoras soltando a voz no agudo, homens no grave, crianças!!<br />
<br />
Findado a parte temática, digamos assim, do Bloco, começam a ser cantados os sambas livres, também feitos pela ala de compositores.<br />
<br />
Momento sublime foi quando o Bloco parou no meio da rua, faz uma roda, e começam os versos de improviso. O tema? O bloco! Samba de malandro que balança mas não cai.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxQsTDPAFv_zpBcYRjWBLrwxDy7S1WrxJNVgeEp49HHO50TGu8rD-tDa-1eeo_ateONgKOc_9oXoK0TDc5ZlkJEXVW7FuO9W5CUfacC3VC_WLjhsTXLz-AeP4jAtfD0KJSaK7o/s1600/IMG-20150429-WA0029.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxQsTDPAFv_zpBcYRjWBLrwxDy7S1WrxJNVgeEp49HHO50TGu8rD-tDa-1eeo_ateONgKOc_9oXoK0TDc5ZlkJEXVW7FuO9W5CUfacC3VC_WLjhsTXLz-AeP4jAtfD0KJSaK7o/s400/IMG-20150429-WA0029.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
Ao centro, o estandarte, sendo inaugurado, desfraldado e aclamado pelo povo. Pelo menos o povo do Bloco. Enquanto os moradores da região e comerciantes olhavam atentos e atônitos.<br />
<br />
Segue o barco! Ou o Bloco!<br />
<br />
Uma volta na praça e o retorno pro CCDL! Depois de todas as músicas entoadas, na subida da rua, o que tocar pra voltar pra sede? O tema, lógico! E lá fomos nós subindo a San Juan cantando a Balaiada de novo!<br />
<br />
Várias colunas de instrumentos tomaram a cidade de Mauá. Após derrotarem o cansaço, cantaram triunfantes melodias!<br />
<br />
O Bloco defende o samba o ano inteiro. O que justifica o meu atraso de uns 3 meses em escrever sobre ele, que me faz viajar todo ano pra Mauá pelo menos uma vez ao ano, em fevereiro.<br />
<br />
Até 2016!Artur de Bemhttp://www.blogger.com/profile/03276083353338210407noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-22352892.post-62013108633143281602015-04-21T16:04:00.002-03:002019-11-15T11:16:26.984-03:00Mapa dos sambas de FlorianópolisUsando uma função do google maps, um banco de dados está sendo montado coletivamente para mapear, literalmente, os sambas da cidade.<br />
<br />
O intuito é mapear, principalmente, os sambas que existiam. Pros sambas que existem há outros meios para divulgação. A ideia é que se conheça onde já teve samba na cidade. Os pontos de encontro dos sambistas. Os períodos. Os grupos. Os personagens. Os famosos anônimos. Ajudar a montar a história do samba de Florianópolis.<br />
<br />
O link para visualização e edição é este<br />
<a href="https://www.google.com/maps/d/edit?mid=zoVbtxJwb14g.kFoWV4L__LM8" target="_blank">https://www.google.com/maps/d/edit?mid=zoVbtxJwb14g.kFoWV4L__LM8</a><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggP1mvqRpD4BM8Ka0JEefBUTZiIoaNLi4CpCAQPXTDg3ZMa-eybfXiolUqS9A9Adj3WQuBWFmDymiQqDYsO7mYIhRM_9UxrMYhxWSldHOgUSzHUlg5Y6BRiHfiVMcqXZRDOaNr/s1600/mapasambafloripa.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="190" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggP1mvqRpD4BM8Ka0JEefBUTZiIoaNLi4CpCAQPXTDg3ZMa-eybfXiolUqS9A9Adj3WQuBWFmDymiQqDYsO7mYIhRM_9UxrMYhxWSldHOgUSzHUlg5Y6BRiHfiVMcqXZRDOaNr/s1600/mapasambafloripa.png" width="400" /></a></div>
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Se houver erro, é possível corrigir. É público. Qualquer um pode mexer!!<br />
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Qualquer dúvida, você pode entrar em contato no e-mail mapasambafloripa@gmail.com.<br />
<br />Artur de Bemhttp://www.blogger.com/profile/03276083353338210407noreply@blogger.com0