terça-feira, 10 de março de 2015

Glória ao Império Serrano

"A gente não quer mudar a história da música, a gente não quer revolucionar nada. Nós só queremos mostrar o que a velha guarda tem!"

Foi com essa frase do grande Fernando Paiva que se iniciou pra mim, em 2010, a primeira série de homenagens que soube e participei. Foi uma homenagem ao compositor Chico Santana, da Portela, com presença da filha dele, Neide Santana, em Uberlândia. A homenagem foi orquestrada pelo pessoal de Uberlândia e seguiu Brasil afora. Porto Alegre, São Paulo e terminou no Rio de Janeiro.

Depois disso, houve outras várias. Wilson Baptista, Herivelto Martins, Irmãos Andrade, Casquinha, Monarco, Chatim, Manacéa, Alvaiade, Mano Décio da Viola, Morro do Salgueiro, Bide, etc. A maioria delas organizada por uns e outros maneiros que não tem outro objetivo a não ser mostrar o que a velha guarda tem.














Para que elas acontecessem, foram realizadas várias pesquisas em sites, blogs, livros, discos, mais velhos, para juntar tudo que fosse possível para uma homenagem honesta. Todas essas homenagens não foram em vão. Muito desse material, dessas histórias descobertas, sambas resgatados, fazem parte do repertório de um monte de roda de samba Brasil afora.

E são esses uns e outros maneiros que organizam agora uma homenagem ao morro da Serrinha. Foi mais um trabalho grande de pesquisa de sambas já gravados, e entrevistas com os mais velhos do morro da Serrinha, para descobrir sambas inéditos de Silas, Mano Décio, Manula, Molequinho, Aniceto, etc. E foram vários.

A homenagem que será realizada neste sábado, 14, na quadra do Império Serrano será uma homenagem não só ao Império, mas também ao Prazer da Serrinha. Ou seja, a todo o morro da Serrinha.

Por conta desse histórico todo, e mais um pouco, tenho certeza que essa homenagem à Serrinha será excelente, como excelente tem sido os eventos organizados pelo Glória ao Samba, Roda de Samba de Uberlândia, Ora Chove e Molha a Flor, e cia ilimitada.