Minha coluna no jornal O Carona, distribuído quinzenalmente às terças no terminal de ônibus daqui de Florianópolis.
É uma série que eu inventei, e vo publicando aqui tmb, já que nem todos vão ter acesso ao jornal e tmb pra movimentar o blog, que anda meio parado.
quarta-feira, 16 de outubro de 2013
domingo, 18 de agosto de 2013
Museu Ismael Silva
Saiu no jornal O Dia, do Rio de Janeiro.
Vem aí o museu Ismael Silva
A Prefeitura de Niterói quer construir um museu na casa onde morou o sambista Ismael Silva, na bairro de Jurujuba. De acordo com o secretário de Cultura da cidade, Arthur Maia, o estudo de viabilidade já está sendo elaborado e deve ficar pronto até o fim do ano.
A intenção é que o local funcione como uma espécie de casa do samba e do choro, reunindo artistas do gênero para pequenos shows, cursos e eventos. “A casa ainda não é tombada. Neste momento vamos levantar o custo do projeto e discutir a ideia com a sociedade”, disse.
Vem aí o museu Ismael Silva
A Prefeitura de Niterói quer construir um museu na casa onde morou o sambista Ismael Silva, na bairro de Jurujuba. De acordo com o secretário de Cultura da cidade, Arthur Maia, o estudo de viabilidade já está sendo elaborado e deve ficar pronto até o fim do ano.
A intenção é que o local funcione como uma espécie de casa do samba e do choro, reunindo artistas do gênero para pequenos shows, cursos e eventos. “A casa ainda não é tombada. Neste momento vamos levantar o custo do projeto e discutir a ideia com a sociedade”, disse.
quarta-feira, 10 de julho de 2013
DCS - Metalinguagem
Tá. Eu sei. Meu blog se resumiu aos vídeos da Deixa Falar. Mas minha vida se resumiu aos vídeos da Deixa Falar. E o blog só reflete isso.
Pelo menos ainda há produção. E enquanto houver samba na veia, atualizarei esse blog.
Esse vídeo ficou um pouco maior do que os outros, mas está recheado de sambas e alguns inéditos.
Pelo menos ainda há produção. E enquanto houver samba na veia, atualizarei esse blog.
Esse vídeo ficou um pouco maior do que os outros, mas está recheado de sambas e alguns inéditos.
quarta-feira, 26 de junho de 2013
DCS - Enquanto se luta, se samba também
E a coluna dessa quinzena continua sendo sobre as manifestações Brasil afora.
Música
Viver (Candeia)
Música
Viver (Candeia)
quarta-feira, 19 de junho de 2013
Manifesto
Quilombo é um símbolo de resistência. Lembrando os quilombos dos negros fujões, que não aceitavam a escravidão. O mais famoso foi o Quilombo liderado por Palmares.
Candeia, um líder do movimento negro, fundou o seu. Também como válvula de escape para tudo aquilo que ele via de errado e não aceitava no carnaval, e em especial na sua Portela. Era o Grêmio Recreativo de Arte Negra e Escola de Samba Quilombo. Ou GRANES Quilombo. Ou Quilombo do Candeia. Ou só Quilombo.
Quando da sua fundação, Candeia apresentou um manifesto, que transcrevo abaixo.
A primeira parte é perfeitamente cabível ao momento que vivemos hoje em nosso país.
Salve Candeia!
E vamos nos manifestar!
"Estou chegando...
Venho com fé.
Respeito mitos e tradições.
Trago um canto negro.
Busco a liberdade. Não admito moldes.
As forças contrárias são muitas.
Não faz mal...Meus pés estão no chão.
Tenho certeza da vitória.
Minhas portas estão abertas. Entre com cuidado.
Aqui, todos podem colaborar. Ninguém pode imperar.
Teorias, deixo de lado.
Dou vazão à riqueza de um mundo ideal.
A sabedoria é meu sustentáculo,
O amor é meu princípio,
A imaginação é minha bandeira.
Não sou radical.
Pretendo, apenas, salvaguardar o que resta de uma cultura.
Gritarei bem alto desafiando um sistema que cala vozes importantes
E permite que outras totalmente alheias falem quando bem entendem.
Sou franco-atirador. Não almejo glórias.
Faço questão de não virar academia. Tampouco palácio.
Não atribua a meu nome o desgastado sufixo -ão.
Nada de forjadas e malfeitas especulações literárias.
Deixo os complexos temas à observação dos verdadeiros intelectuais.
Eu sou povo.
Basta de complicações. Extraio o belo das coisas simples que me seduzem.
Quero sair pelas ruas dos subúrbios com minhas baianas rendadas sambando sem parar.
Com minha comissão de frente digna de respeito.
Intimamente ligado às minhas origens.
Artistas plásticos, figurinistas, coreógrafos, departamentos culturais, profissionais:
Não me incomodem, por favor.
Sintetizo um mundo mágico.
Estou chegando..."
Candeia, um líder do movimento negro, fundou o seu. Também como válvula de escape para tudo aquilo que ele via de errado e não aceitava no carnaval, e em especial na sua Portela. Era o Grêmio Recreativo de Arte Negra e Escola de Samba Quilombo. Ou GRANES Quilombo. Ou Quilombo do Candeia. Ou só Quilombo.
Quando da sua fundação, Candeia apresentou um manifesto, que transcrevo abaixo.
A primeira parte é perfeitamente cabível ao momento que vivemos hoje em nosso país.
Salve Candeia!
E vamos nos manifestar!
"Estou chegando...
Venho com fé.
Respeito mitos e tradições.
Trago um canto negro.
Busco a liberdade. Não admito moldes.
As forças contrárias são muitas.
Não faz mal...Meus pés estão no chão.
Tenho certeza da vitória.
Minhas portas estão abertas. Entre com cuidado.
Aqui, todos podem colaborar. Ninguém pode imperar.
Teorias, deixo de lado.
Dou vazão à riqueza de um mundo ideal.
A sabedoria é meu sustentáculo,
O amor é meu princípio,
A imaginação é minha bandeira.
Não sou radical.
Pretendo, apenas, salvaguardar o que resta de uma cultura.
Gritarei bem alto desafiando um sistema que cala vozes importantes
E permite que outras totalmente alheias falem quando bem entendem.
Sou franco-atirador. Não almejo glórias.
Faço questão de não virar academia. Tampouco palácio.
Não atribua a meu nome o desgastado sufixo -ão.
Nada de forjadas e malfeitas especulações literárias.
Deixo os complexos temas à observação dos verdadeiros intelectuais.
Eu sou povo.
Basta de complicações. Extraio o belo das coisas simples que me seduzem.
Quero sair pelas ruas dos subúrbios com minhas baianas rendadas sambando sem parar.
Com minha comissão de frente digna de respeito.
Intimamente ligado às minhas origens.
Artistas plásticos, figurinistas, coreógrafos, departamentos culturais, profissionais:
Não me incomodem, por favor.
Sintetizo um mundo mágico.
Estou chegando..."
terça-feira, 11 de junho de 2013
DCS - Soberba
De Carona com o Samba dessa quinzena e a soberba do G1 ou do Exposamba.
Músicas do vídeo
Na subida do morro (Moreira da Silva / Ribeiro Cunha)
Acertei no milhar (Wilson Baptista)
Jogo proibido (Moreira da Silva / Zé da Zilda / Tancredo Silva / David Silva)
Quem espera sempre alcança (Paulo da Portela)
Músicas do vídeo
Na subida do morro (Moreira da Silva / Ribeiro Cunha)
Acertei no milhar (Wilson Baptista)
Jogo proibido (Moreira da Silva / Zé da Zilda / Tancredo Silva / David Silva)
Quem espera sempre alcança (Paulo da Portela)
sexta-feira, 7 de junho de 2013
Moraes Moreira e o samba de breque
Em São Paulo acontece a Exposamba, um festival de mostra de sambas.
O G1 reuniu especialistas (grifo meu) da Exposamba para mostrar as diferenças entre diversos tipos de samba que chegaram a ser inscritos na competição: samba-enredo, samba de breque e partido alto.
Saiu esse samba do crioulo doido:
O professor que resolveu dar a aula, o cantor Alex Sandro, disse que o um dos que faziam samba de breque era Moraes Moreira. É possível que o moço tenha se confundido com Moreira da Silva. Ou não.
Além dessa balbúrdia, os músicos (um deles com a alcunha de "mestre Rafael") fizeram uma salada de fruta na exemplificação dos ritmos.
Isso tudo poderia ser uma piada. Mas como eles falaram sério, surge piada do fato...
O G1 reuniu especialistas (grifo meu) da Exposamba para mostrar as diferenças entre diversos tipos de samba que chegaram a ser inscritos na competição: samba-enredo, samba de breque e partido alto.
Saiu esse samba do crioulo doido:
O professor que resolveu dar a aula, o cantor Alex Sandro, disse que o um dos que faziam samba de breque era Moraes Moreira. É possível que o moço tenha se confundido com Moreira da Silva. Ou não.
Além dessa balbúrdia, os músicos (um deles com a alcunha de "mestre Rafael") fizeram uma salada de fruta na exemplificação dos ritmos.
Isso tudo poderia ser uma piada. Mas como eles falaram sério, surge piada do fato...
quinta-feira, 6 de junho de 2013
DCS - De carona com Wilson Baptista
Com muito atraso, depois de alguns problemas, publico a coluna de semana passada.
Músicas do Wilson Baptista que falam de bonde, trem ou lotação:
A mão do Alcides (c/ Ferreira Gomes / Bruno Gomes)
Ai, Ari (c/ Jorge de Castro)
Boca de siri (c/ Germano Augusto)
Cala a boca, Etelvina (c/ Antônio Almeida)
Datilógrafa (c/ Jorge Faraj)
E o 56 não veio (c/ Haroldo Lobo)
Lá vem o Ipanema (c/ Arlindo Marques / Roberto Roberti)
Meu último cigarro
Mundo de zinco (c/ Nássara)
O bonde São Januário (c/ Ataulfo Alves)
Pedreiro Waldemar (c/ Roberto Martins)
Tenho que fugir (c/ Germano Augusto)
Você já foi a São Paulo? (c/ Jorge de Castro)
Músicas do Wilson Baptista que falam de bonde, trem ou lotação:
A mão do Alcides (c/ Ferreira Gomes / Bruno Gomes)
Ai, Ari (c/ Jorge de Castro)
Boca de siri (c/ Germano Augusto)
Cala a boca, Etelvina (c/ Antônio Almeida)
Datilógrafa (c/ Jorge Faraj)
E o 56 não veio (c/ Haroldo Lobo)
Lá vem o Ipanema (c/ Arlindo Marques / Roberto Roberti)
Meu último cigarro
Mundo de zinco (c/ Nássara)
O bonde São Januário (c/ Ataulfo Alves)
Pedreiro Waldemar (c/ Roberto Martins)
Tenho que fugir (c/ Germano Augusto)
Você já foi a São Paulo? (c/ Jorge de Castro)
segunda-feira, 20 de maio de 2013
Coleção completa dos discos Marcus Pereira em Torrent
Enquanto eu não conseguir colocar isso tudo num 4shared da vida, segue pelo Torrent, mesmo.
Copiado do blog Esquizofia (já não existe mais). Os grifos são meus.
Os Discos Marcus Pereira são uma grande contribuição deste publicitário, musicólogo e amante da música popular para a nossa cultura musical e humana. Nosso povo teve oportunidade de ter contato com aquilo que lhe pertence em sua constituição ontofilogenetica, mas que cada vez mais com a (m)idiotização das rádios e televisões (felizmente com algumas poucas exceções), com a imposição da subjetividade cultural norte-americana e de outros padrões da indústria cultural, o brasileiro deixou de conhecer sua música.
O acervo dos Discos Marcus Pereira que foi comprado pela extinta Copacabana, depois ABW, e hoje está engavetado no acervo da Odeon. Preciosidades de grandes músicos, interpretes e istrumentistas que puderam enfim lançar discos como Abel Ferreira, Altamiro Carrilho, Banda de Pífanos de Caruaru, Canhoto da Paraíba, Carlos Poyares, Cartola, Chico Buarque, Chico Maranhão, Dercio Marques, Dilermano Reis Donga, Elomar, Evandro do Bandolim, Jane Duboc, Leci Brandão, Luperce Miranda, Luis Carlos Paraná, Marcus Vinicius, Noel Guarany, Papete, Paulo Vanzolini, Quinteto Armorial, Quinteto Villa-Lobos, Raul de Barros, Renato Teixeira, Tia Amélia, Tó Teixeira, Walter Smetak entre outros.
Porém o acervo de Marcus Pereira foi recuperado na internet e catalogado com todo esforço e esmero do amigoblog 300 discos (não existe mais) que contou com auxílio de vários outros blogs como Abracadabra (não existe mais), Um que tenha (não existe mais), Toque Musical, Preludiando, Acervo Origens e tantos outros.
A própria lei de direitos autorais afirma que não se pode restringir o acesso a educação e a cultura, algo que acontece no caso dos Discos Marcus Pereira que há um bom tempo o povo é vilipendiado tanto no acesso através dos meios de comunicação de massa tanto quanto pela indústria fonográfica.
Desta forma com auxílio de uma leva de pessoas que disponibilizaram sua coleção pessoal trazemos com toda esta moçada e muito carinho e respeito a nossa música uma coleção praticamente completa dos Discos Marcus Pereira em torrent. Há somente três compactos que foram lançados como MP e não estão na lista: um de Adauto Santos, o primeiro de Leci Brandão, além de Walter E Tereza Santos (Pesquisa, Arranjos E Direção Musical – Folclore Musical Baiano).
BAIXE AQUI O MAGNET LINK/TORRENT DA COLEÇÃO COMPLETA DOS DISCOS MARCUS PEREIRA
Copiado do blog Esquizofia (já não existe mais). Os grifos são meus.
Os Discos Marcus Pereira são uma grande contribuição deste publicitário, musicólogo e amante da música popular para a nossa cultura musical e humana. Nosso povo teve oportunidade de ter contato com aquilo que lhe pertence em sua constituição ontofilogenetica, mas que cada vez mais com a (m)idiotização das rádios e televisões (felizmente com algumas poucas exceções), com a imposição da subjetividade cultural norte-americana e de outros padrões da indústria cultural, o brasileiro deixou de conhecer sua música.
O acervo dos Discos Marcus Pereira que foi comprado pela extinta Copacabana, depois ABW, e hoje está engavetado no acervo da Odeon. Preciosidades de grandes músicos, interpretes e istrumentistas que puderam enfim lançar discos como Abel Ferreira, Altamiro Carrilho, Banda de Pífanos de Caruaru, Canhoto da Paraíba, Carlos Poyares, Cartola, Chico Buarque, Chico Maranhão, Dercio Marques, Dilermano Reis Donga, Elomar, Evandro do Bandolim, Jane Duboc, Leci Brandão, Luperce Miranda, Luis Carlos Paraná, Marcus Vinicius, Noel Guarany, Papete, Paulo Vanzolini, Quinteto Armorial, Quinteto Villa-Lobos, Raul de Barros, Renato Teixeira, Tia Amélia, Tó Teixeira, Walter Smetak entre outros.
Porém o acervo de Marcus Pereira foi recuperado na internet e catalogado com todo esforço e esmero do amigoblog 300 discos (não existe mais) que contou com auxílio de vários outros blogs como Abracadabra (não existe mais), Um que tenha (não existe mais), Toque Musical, Preludiando, Acervo Origens e tantos outros.
A própria lei de direitos autorais afirma que não se pode restringir o acesso a educação e a cultura, algo que acontece no caso dos Discos Marcus Pereira que há um bom tempo o povo é vilipendiado tanto no acesso através dos meios de comunicação de massa tanto quanto pela indústria fonográfica.
Desta forma com auxílio de uma leva de pessoas que disponibilizaram sua coleção pessoal trazemos com toda esta moçada e muito carinho e respeito a nossa música uma coleção praticamente completa dos Discos Marcus Pereira em torrent. Há somente três compactos que foram lançados como MP e não estão na lista: um de Adauto Santos, o primeiro de Leci Brandão, além de Walter E Tereza Santos (Pesquisa, Arranjos E Direção Musical – Folclore Musical Baiano).
BAIXE AQUI O MAGNET LINK/TORRENT DA COLEÇÃO COMPLETA DOS DISCOS MARCUS PEREIRA
terça-feira, 14 de maio de 2013
DCS - Noel Rosa plageador?
Historinha sobre a música "Fita amarela".
Músicas
Fita amarela (Noel Rosa)
Quando você morrer (Donga / Aldo Tarânto)
Músicas
Fita amarela (Noel Rosa)
Quando você morrer (Donga / Aldo Tarânto)
Atalho
Almirante,
Araci de Almeira,
Carmem Miranda,
DCS,
Donga,
Noel Rosa,
vídeo
terça-feira, 30 de abril de 2013
DCS - Noel Rosa e Floripa
Nova coluna De Carona com o Samba audiovisual.
Não deu e incluir a música "Vitória" (Noel Rosa e Nonô) no vídeo. Para baixar, clique aqui.
Ouça aqui embaixo:
Vitória
(Noel Rosa e Nonô)
Antes da vitória não se deve cantar glória
Você criou fama, deitou-se na cama
Eu que não estou dormindo
Vou subindo, vou subindo
Enquanto você vai decaindo
Quero a minha independência
E com jeito e paciência
Me preparo pro futuro
Não garanto, nem duvido
Mas você tome sentido
Que entre nós o páreo é duro
Aguentei muita indireta
Mas andei na linha reta
Não maldigo a minha sorte
Vou agindo com cadência
Sei que a minha independência
Há de ser a sua morte (vitória)
Sua voz, se alguém percebe
Bem humilde lhe recebe
Sua entrada ninguém veda
Você goza de ventura
Mas quem voa em grande altura
Leva sempre grande queda
Não tenho medo de grito
Sempre fiz papel bonito
O que eu falo é bem pensado
Não receio escaramuça
E que aceite a carapuça
Quem se sente melindrado (vitória)
Para baixar a música "Até amanhã" (Noel Rosa), clique aqui.
Ouça aqui embaixo:
Até amanhã
(Noel Rosa)
Até amanhã se Deus quiser
Se não chover eu volto pra te ver, oh, mulher!
De ti gosto mais que outra qualquer
Não vou por gosto
O destino é quem quer
Adeus é pra quem deixa a vida
É sempre na certa que eu jogo
Três palavras vou deixar por despedida
"Até amanhã! Até já! Até logo!"
O mundo é um samba em que eu danço
Sem nunca sair do meu trilho
Vou cantando o teu nome sem descanso
Pois do meu samba tu és o estribilho
Eu sei me livrar do perigo
No golpe de azar eu não jogo
É por isso que risonho eu te digo
Até amanhã! Até já! Até logo
(verso registrado, mas não gravado)
Não deu e incluir a música "Vitória" (Noel Rosa e Nonô) no vídeo. Para baixar, clique aqui.
Ouça aqui embaixo:
Vitória
(Noel Rosa e Nonô)
Antes da vitória não se deve cantar glória
Você criou fama, deitou-se na cama
Eu que não estou dormindo
Vou subindo, vou subindo
Enquanto você vai decaindo
Quero a minha independência
E com jeito e paciência
Me preparo pro futuro
Não garanto, nem duvido
Mas você tome sentido
Que entre nós o páreo é duro
Aguentei muita indireta
Mas andei na linha reta
Não maldigo a minha sorte
Vou agindo com cadência
Sei que a minha independência
Há de ser a sua morte (vitória)
Sua voz, se alguém percebe
Bem humilde lhe recebe
Sua entrada ninguém veda
Você goza de ventura
Mas quem voa em grande altura
Leva sempre grande queda
Não tenho medo de grito
Sempre fiz papel bonito
O que eu falo é bem pensado
Não receio escaramuça
E que aceite a carapuça
Quem se sente melindrado (vitória)
Para baixar a música "Até amanhã" (Noel Rosa), clique aqui.
Ouça aqui embaixo:
Até amanhã
(Noel Rosa)
Até amanhã se Deus quiser
Se não chover eu volto pra te ver, oh, mulher!
De ti gosto mais que outra qualquer
Não vou por gosto
O destino é quem quer
Adeus é pra quem deixa a vida
É sempre na certa que eu jogo
Três palavras vou deixar por despedida
"Até amanhã! Até já! Até logo!"
O mundo é um samba em que eu danço
Sem nunca sair do meu trilho
Vou cantando o teu nome sem descanso
Pois do meu samba tu és o estribilho
Eu sei me livrar do perigo
No golpe de azar eu não jogo
É por isso que risonho eu te digo
Até amanhã! Até já! Até logo
(verso registrado, mas não gravado)
Atalho
DCS,
Florianópolis,
Noel Rosa,
Samba em Floripa,
vídeo
terça-feira, 23 de abril de 2013
Samba da traição
Lembrei de alguns sambas sobre traição de amigo com mulher.
Assim não é legal
(Noel Rosa de Oliveira)
Quando eu passo pela porta do seu barracão
Ouço uma voz que atormenta o meu coração
Que diz que você me ama
Por isso me chama
Mas a deslealdade não vive comigo
Eu não posso trair um grande amigo
A ele tenho grande consideração
Não é possível uma traição
A este grande amigo eu serei leal
Ela anda errada
Assim não é legal
Com lealdade
(Alberto Lonato)
Fita os olhos da mulher que eu adoro
E não posso confessar o meu sofrer
Prefiro sacrificar minha amizade
Mas não quero ser falso a alguém que me trata
Com lealdade, com lealdade
Tenho feito investidas pra me declarar
Trazendo escritas palavras bem ditas e na mão meu chapéu
Mas quando me aproximo os olhos me embaçam
Eu não posso ser falso a um amigo fiel
Fita os olhos da mulher...
Sim
(Cartola / Oswaldo Martins)
Sim
Deve haver o perdão para mim
Se não, nem sei qual será o meu fim
Para ter uma companheira até promessas fiz
Consegui um grande amor, mas eu não fui feliz
E com raiva para os céus os braços levantei, blasfemei
Hoje todos são contra mim
Todos erram nesse mundo
Não há exceção
Quando voltam à realidade
Conseguem perdão
Porque é que eu, Senhor
Que errei pela vez primeira
Passo tantos dissabores
E luto contra a humanidade inteira?
Samba da traição
(Chico Santana)
Quem vê cara não vê coração
Um sorriso também pode ser uma traição
Cristo também foi traído
Por Judas, fingindo ser amigo
Com tanta ternura um beijo na testa lhe deu
E por 30 dinheiros lhe vendeu
Com um sorriso Cristo recebeu o beijo de ironia
Dando a impressão que nada sabia
Judas estremeceu ao ouvir sua voz:
"Existe um traidor entre nós!"
Assim não é legal
(Noel Rosa de Oliveira)
Quando eu passo pela porta do seu barracão
Ouço uma voz que atormenta o meu coração
Que diz que você me ama
Por isso me chama
Mas a deslealdade não vive comigo
Eu não posso trair um grande amigo
A ele tenho grande consideração
Não é possível uma traição
A este grande amigo eu serei leal
Ela anda errada
Assim não é legal
Com lealdade
(Alberto Lonato)
Fita os olhos da mulher que eu adoro
E não posso confessar o meu sofrer
Prefiro sacrificar minha amizade
Mas não quero ser falso a alguém que me trata
Com lealdade, com lealdade
Tenho feito investidas pra me declarar
Trazendo escritas palavras bem ditas e na mão meu chapéu
Mas quando me aproximo os olhos me embaçam
Eu não posso ser falso a um amigo fiel
Fita os olhos da mulher...
Sim
(Cartola / Oswaldo Martins)
Sim
Deve haver o perdão para mim
Se não, nem sei qual será o meu fim
Para ter uma companheira até promessas fiz
Consegui um grande amor, mas eu não fui feliz
E com raiva para os céus os braços levantei, blasfemei
Hoje todos são contra mim
Todos erram nesse mundo
Não há exceção
Quando voltam à realidade
Conseguem perdão
Porque é que eu, Senhor
Que errei pela vez primeira
Passo tantos dissabores
E luto contra a humanidade inteira?
Samba da traição
(Chico Santana)
Quem vê cara não vê coração
Um sorriso também pode ser uma traição
Cristo também foi traído
Por Judas, fingindo ser amigo
Com tanta ternura um beijo na testa lhe deu
E por 30 dinheiros lhe vendeu
Com um sorriso Cristo recebeu o beijo de ironia
Dando a impressão que nada sabia
Judas estremeceu ao ouvir sua voz:
"Existe um traidor entre nós!"
terça-feira, 16 de abril de 2013
Cartola bagunceiro
A cada quinzena eu vou criar um vídeo para acompanhar minha coluna no Jornal O Carona, distribuído quinzenalmente às terças nos terminais de ônibus de Floripa.
Esse primeiro vídeo é um piloto, pra ver se dá certo.
A coluna dessa semana é essa:
Esse primeiro vídeo é um piloto, pra ver se dá certo.
A coluna dessa semana é essa:
sábado, 13 de abril de 2013
Nelson Cavaquinho e Noel Rosa
Taí uma combinação que nunca me passou pela cabeça.
Mas pensemos:
Noel Rosa nasceu em 1910.
Nelson Cavaquinho nasceu em 1911.
Noel Rosa era amigo de Cartola.
Nelson Cavaquinho era amigo de Cartola.
Noel Rosa andava muito em Mangueira.
Nelson Cavaquinho andava muito em Mangueira.
Noel Rosa fez samba junto com Cartola.
Nelson Cavaquinho fez um samba junto com Cartola.
E coincidentemente, o único samba de parceria de Nelson com Cartola, "Devia ser condenada", era cantado lá no Morro de vez em quando. Em uma das idas de Noel por lá, ele ouviu e gostou.
Eis a história do Noel.
Eis a história do samba.
E eis o samba completo que recebeu elogios de Noel Rosa, na voz do Nelson. A primeira do Nelson e a segunda do Cartola.
Sabe-se lá de qual autoria o Noel ficou sabendo. Se somente do Nelson, enquanto só havia a primeira; Nelson e Cartola; ou Nelson e o outro policial.
Devia ser condenada
(Nelson Cavaquinho / Cartola)
Devia ser condenada ou crucificada pois juraste falso
Beijaste a cruz do Senhor e dissesses que me tinha amor
Quando eu ouço as baladas do sino daquela igrejinha
Julgo-me ainda feliz e que és toda minha
E quando vejo a torre bem alta daquela linda catedral
Fujo da tua amizade infernal
Eu vivo tão magoado
Não sei viver mais ao teu lado
Só peço a Deus que me dê coragem
Eu preciso esquecer
Da tua grande mentira
Que me faz sofrer
(Me faz sofrer)
Só faltou uma parceria Nelson e Noel.
Mas pensemos:
Noel Rosa nasceu em 1910.
Nelson Cavaquinho nasceu em 1911.
Noel Rosa era amigo de Cartola.
Nelson Cavaquinho era amigo de Cartola.
Noel Rosa andava muito em Mangueira.
Nelson Cavaquinho andava muito em Mangueira.
Noel Rosa fez samba junto com Cartola.
Nelson Cavaquinho fez um samba junto com Cartola.
E coincidentemente, o único samba de parceria de Nelson com Cartola, "Devia ser condenada", era cantado lá no Morro de vez em quando. Em uma das idas de Noel por lá, ele ouviu e gostou.
Eis a história do Noel.
Eis a história do samba.
E eis o samba completo que recebeu elogios de Noel Rosa, na voz do Nelson. A primeira do Nelson e a segunda do Cartola.
Sabe-se lá de qual autoria o Noel ficou sabendo. Se somente do Nelson, enquanto só havia a primeira; Nelson e Cartola; ou Nelson e o outro policial.
Devia ser condenada
(Nelson Cavaquinho / Cartola)
Devia ser condenada ou crucificada pois juraste falso
Beijaste a cruz do Senhor e dissesses que me tinha amor
Quando eu ouço as baladas do sino daquela igrejinha
Julgo-me ainda feliz e que és toda minha
E quando vejo a torre bem alta daquela linda catedral
Fujo da tua amizade infernal
Eu vivo tão magoado
Não sei viver mais ao teu lado
Só peço a Deus que me dê coragem
Eu preciso esquecer
Da tua grande mentira
Que me faz sofrer
(Me faz sofrer)
Só faltou uma parceria Nelson e Noel.
Atalho
Cartola,
Música,
Nelson Cavaquinho,
Noel Rosa,
vídeo
quarta-feira, 3 de abril de 2013
A turma do Estácio
Esse documentário chegou às minhas mão sabe-se lá como. Em alguma transação de troca de arquivo com amigos, provavelmente.
O vídeo tava perdido numa pasta sem muita importância, até que eu resolvi abrir.
Reza a lenda que isso seria uma produção da Rede Globo, num tal Super Sexta que eles tinham nas décadas de 1970 e 80.
No documentário, depoimentos importantes e valiosos de pessoas como Ismael Silva, Bucy Moreira, Raul Marques, Morengueira, Roberto Martins, entre outros que não foram identificados, além de imagens raras de músicos como Doutor e Marçal, o bailado de Bucy e Raul, os versos de improviso de Alcides Malandro Histórico da Portela, a Velha Guarda da Portela, entre outras belezuras.
O vídeo tava perdido numa pasta sem muita importância, até que eu resolvi abrir.
Reza a lenda que isso seria uma produção da Rede Globo, num tal Super Sexta que eles tinham nas décadas de 1970 e 80.
No documentário, depoimentos importantes e valiosos de pessoas como Ismael Silva, Bucy Moreira, Raul Marques, Morengueira, Roberto Martins, entre outros que não foram identificados, além de imagens raras de músicos como Doutor e Marçal, o bailado de Bucy e Raul, os versos de improviso de Alcides Malandro Histórico da Portela, a Velha Guarda da Portela, entre outras belezuras.
quarta-feira, 20 de março de 2013
Roda no Bar do Noel dia 23!
O grupo Um Bom Partido volta a tocar no Bar do Noel!!
Será uma apresentação única! SOMENTE ESTE SÁBADO, dia 23, às 14h!!
Estamos torcendo para que voltemos a tocar lá regularmente, mas a princípio haverá roda somente neste sábado dia 23!!!
Quem nunca foi e quiser saber como era o samba, é oportunidade única!!
E pra quem tá com saudades, relembrar os tempos de outrora!!
O Bar do Noel fica na esquina da Rua Tiradentes com a Travessa Ratclif, no Centro.
A roda é de graça, no calçadão da Travessa.
Atalho
Bar do Noel,
Samba em Floripa,
Um Bom Partido
segunda-feira, 11 de março de 2013
100 anos e 248 músicas de Wilson Baptista
Esse ano Wilson Baptista faria 100 anos se estivesse vivo.
Segundo o próprio Wilson, ele tem umas 700 músicas. Existem umas 500 catalogadas. Eu to disponibilizando 248.
Não tenho a pretensão de distribuir todas as músicas do Wilson. Até porque eu não tenho a pretensão de encontrar todas as músicas do Wilson. Essas são apenas as que eu consegui organizar.
Wilson Baptista parte 1
https://www.box.com/s/qkkhwxo7e8hts27hk3m1
Wilson Baptista parte 2
https://www.box.com/s/iv553vxp5uu04nhvtpjf
Wilson Baptista parte 3
https://www.box.com/s/7ms3oapixyiz09zj8698
Aqui, a relação das músicas:
Segundo o próprio Wilson, ele tem umas 700 músicas. Existem umas 500 catalogadas. Eu to disponibilizando 248.
Não tenho a pretensão de distribuir todas as músicas do Wilson. Até porque eu não tenho a pretensão de encontrar todas as músicas do Wilson. Essas são apenas as que eu consegui organizar.
Wilson Baptista parte 1
https://www.box.com/s/qkkhwxo7e8hts27hk3m1
Wilson Baptista parte 2
https://www.box.com/s/iv553vxp5uu04nhvtpjf
Wilson Baptista parte 3
https://www.box.com/s/7ms3oapixyiz09zj8698
Aqui, a relação das músicas:
- A carta
- A mão do Alcides
- A morena que eu gosto
- A mulher do Seu Oscar
- A mulher que eu gosto
- A respeito do amor
- A voz do sangue
- Abgail
- Acertei no milhar
- Ai ai, que pena
- Ai, Ari
- Alberto bronqueou
- Amor perfeito
- Apaguei o nome dela
- Apesar dos pesares
- Argentina
- Artigo nacional
- As pupilas do senhor Bocage
- Até Jesus
- Averiguações
- Baiana escandalosa
- Balzaquiana
- Barulho no beco
- Benedito não é de briga
- Boa companheira
- Boca de siri
- Botões de laranjeiras
- Brigamos outra vez
- Cabelo branco
- Cabo Laurindo
- Cadê a Jane?
- Café Nice
- Cala a boca, Etelvina
- Cansei de chorar
- Canta
- Carta verde
- Casa vazia
- Casinha pequena
- Cego de amor
- Chico Brito
- Chico Viola
- Chinelo velho
- Cidade de São Sebastião
- Cocktail de 44
- Coisas do destino
- Com açúcar
- Comício em Mangueira
- Como se faz uma cuíca
- Complexo
- Conversa dos olhos
- Conversa fiada
- Cosme e Damião
- Cowboy do amor
- Datilógrafa
- Deixa de ser convencida
- Deixai vir a mim as mulheres
- Depois da discussão
- Derrota
- Desacato
- Deus no céu e ela na terra
- Dia dos meninos
- Diagnóstico
- Dolores Sierra
- Duas janelas
- É mato
- E o 56 não veio
- E o juiz apitou
- É tudo meu
- Ela é...
- Elza
- Emília
- Essa mulata
- Essa mulher tem qualquer coisa na cabeça
- Essa noite eu tive um sonho
- Essa vida não é sopa
- Estás no meu caderno
- Eu e mar
- Eu lhe avisei
- Eu não sou daqui
- Eu também sou Batista
- Eu vivo sem destino
- Fala, baiano!
- Fantoche
- Faz um homem enlouquecer
- Felicíssimo
- Filomena, cadê o meu?
- Flor da Lapa
- Formosa argentina
- Frankenstein da Vila
- Fui eu
- Ganha-se pouco mas é divertido
- Garota dos discos
- Gaúcho bom
- Gênio mau
- Goodbye, amor
- Gostei de você
- Gosto mais do Salgueiro
- Greve de alegria
- Grito das selvas
- Guiomar
- Hilda
- Hildebrando
- História da Favela
- História da Lapa
- História de criança
- Homem marcado
- Inimigo do batente
- Inocente
- Interessante
- Lá vem Mangueira
- Lá vem o Ipanema
- Ladrão de corações
- Lar vazio
- Largo da Lapa
- Lavei as mãos
- Lealdade
- Lenço no pescoço
- Louca alegria
- Louco (Ela é seu mundo)
- Louco
- Mãe solteira
- Mal agradecida
- Mangueira meu berço
- Mania da falecida
- Marcha da fofoca
- Marcha das fãs
- Marcha do J-J
- Margarida
- Mariposa
- Martírio
- Matéria plástica
- Meia noite
- Memórias de um torcedor
- Mercador
- Meu assunto é sambar
- Meu drama
- Meu mundo é hoje
- Meu último cigarro
- Meus 20 anos
- Minha linda hindu
- Miss Brasil
- Miss Mangueira
- Mocinho da Vila
- Mulato calado
- Mundo às avessas
- Mundo cruel
- Mundo de madeira
- Mundo de zinco
- N A O til Não
- Na estrada da vida
- Não devemos brigar
- Não durmo em paz
- Não é economia
- Não era assim
- Não me pise o calo
- Não sei dar adeus
- Não sou Manoel
- Não tenho juízo
- Nasci cansado
- Nega Luzia
- Nelson Cavaquinho
- No boteco do José
- No fim da estrada
- No mundo da lua
- Nossa Senhora das Graças
- Nosso presidente continua
- O bonde São Januário
- O cinzeiro de Zazá
- O doutor quer falar com você
- O gato e o rato
- O Juca do Pandeiro
- O princípio do fim
- O último
- Oh, Dona Inês!
- Oh, Seu Oscar!
- Olho nela
- Olhos vermelhos
- Os melhores dias da minha vida
- Outras mulheres
- Papai não vai
- Parabéns para você
- Passa, moreninha!
- Pausa para meditação
- Pedreiro Waldemar
- Perdi meu carinho
- Pertinho do céu
- Pombinha branca
- Por favor vá embora
- Prece ao sol
- Preconceito
- Quando dei adeus
- Que malandro você é?
- Que papagaio sou eu
- Quero um samba
- Raiando
- Recado que a Maria mandou
- Refletindo bem
- Rei Chicão
- Rosalina
- Sabotagem no morro
- Samba de 42
- Samba do Meyer
- Samba rubro-negro
- Sambei 24 horas
- Sapoti
- Se eu fosse rei
- Se fosse minha
- Se não fosse eu
- Sempre Mangueira
- Senhor açougueiro
- Senhor do Bonfim te enganou
- Senhor do Corcovado
- Será?
- Sereia de Copacabana
- Sistema nervoso
- Sophia Loren
- Sou fã da jovem guarda
- Sou um barco
- Suplício
- Tá maluca
- Tá na cara
- Taberna
- Tenho que fugir
- Terra boa
- Terra de cego
- Teu retrato
- Teu riso tem
- Tião
- Timidez
- Tortura mental
- Transplante de coração
- Um baile na Chacrinha
- Um pedaço de mim
- Uma casa brasileira
- Vagabundo
- Vale mais
- Vedete
- Velho marinheiro
- Vem amor
- Venha manso (O tambor do Edgard)
- Vinte e cinco anos
- Virou virou
- Você é meu xodó
- Você já foi a São Paulo?
- Volta pra casa, Emília
- Volúvel
- Vou botar no fogo
- Vou pra Goiás
quinta-feira, 24 de janeiro de 2013
Roncou de raiva, a cuíca, roncou de fome
Toquei na noite anterior. Antes de tocar, minha última refeição tinha sido 2 sanduíches de padaria e um suco de laranja, por volta das 17h. Depois de tocar, cheguei em casa às 5h da manhã. Acordei às 13h com um desânimo só. Cansado. Sem vontade de fazer absolutamente nada. Às 17h fui no mercado e comprei pão. Exatas 12h sem me alimentar. Depois de comer eu me animei um pouco. Descobri que meu mal era falta de comida.
Aí fiquei pensando. Eu fiquei somente 12h sem comer e já estava com uma tremenda vontade de ficar 3 anos sem fazer nada. E foi somente por esse dia. Imagina quem fica por 12h sem comer todo dia.
O sujeito sai de casa pra trabalhar, ou procurar o que fazer, e passa o dia na rua. Quando volta, abre a geladeira e encontra um enorme e suculento nada. Água, somente da torneira. Dorme com fome. No outro dia, a história se repete. Sai de casa para trabalhar, ou procurar o que fazer, e passa o dia na rua. Quando volta, abre a geladeira e encontra um enorme e suculento nada. Água, somente da torneira. Dorme com fome. No outro dia, a história se repete. Sai de casa para trabalhar, ou procurar o que fazer, e passa o dia na rua. Quando volta, abre a geladeira e encontra um enorme e suculento nada. Água, somente da torneira. Dorme com fome.
Se cansou de ler? Imagina vivenciar isso.
Ou pior. O sujeito chega em casa e ve os filhos esperando que o pai traga algum pão de trigo, pão dormido, pão que o diabo amassou, qualquer pãozinho, que nunca vem.
E tem gente que diz: E porque não estudou? Tem escolas públicas. De graça!
Com que ânimo, cara pálida? Se eu, que tenho estudo, orientação, uma certa estrutura, já fiquei completamente desanimado do mundo com apenas 12h sem comida e por somente um dia, imagina passar isso todo dia? Ânimo pra estudar? Ânimo pra trabalhar? É nessas horas que o instinto animal fala mais alto. Sim, somos animais antes de tudo. E o instinto animal diz o que? Procure comida, ou dinheiro pra comprar comida, de qualquer maneira, custe o que custar e a quem custar.
Não tenho a solução para este problema. Só queria expor isso pra tentar mudar a mentalidade de algumas pessoas que acham que a resolução dos problemas depende só de cada um. Nem sempre. Isso não é um problema pontual. É um problema social. Não tenho a solução, mas até imagino que possa ser simples. Basta vontade política do Estado. No fim, tudo recai sobre o Estado.
É um ciclo vicioso que somente o Estado pode intervir. Soluções mágicas? Não existem. Ideias? Várias. Lembram do Betinho? Basta vontade política do Estado.
Proponho que o leitor faça essa experiência. Passe dois dias sem comer. Acorde e vá trabalhar. No horário de almoço vá jogar um dominó na Praça XV, ou coisa que o valha. Volte, trabalhe e no fim do dia vá pra casa. Veja sua tv e durma. Tente repetir isso no outro dia. Ainda no primeiro dia, o primeiro sintoma será uma dor de cabeça. Depois a barriga roncando por 2 minutos ininterruptos. Depois volta a dor de cabeça seguido de uma irritação. Você começa a ficar impaciente com coisas simples como tentar colocar uma linha no buraco da agulha. Depois volta a roncar a barriga, volta a dor de cabeça e um cansaço sem fim.
Se sobrar força, tome um banho antes de dormir. Ingestão somente de água. Faça! Você não vai morrer ou ficar doente com apenas 2 dias sem comer. Tem gente que está a semanas e não morreu. E você pode até perder uns quilinhos nessa "brincadeira".
Proponho também o seguinte. Peça uma bengala emprestada, um óculos escuros e ande no Centro da cidade de olhos fechados. Faça isso no outro dia também.
Proponho também o seguinte. Arranje uma cadeira de rodas e vá trabalhar.
Depois volte a falar de preconceito. Depois volte a julgar as pessoas.
Eu não fiquei sem comer pra fazer essa experiência. Foi um acaso. Mas foi bom. Bom pra me deixar cada vez mais indignado com o mundo. E é a indignação que o move. Se todos ficassem putos com o mundo sempre, quem sabe ele se movimentasse mais, e pra melhor.
Aí fiquei pensando. Eu fiquei somente 12h sem comer e já estava com uma tremenda vontade de ficar 3 anos sem fazer nada. E foi somente por esse dia. Imagina quem fica por 12h sem comer todo dia.
O sujeito sai de casa pra trabalhar, ou procurar o que fazer, e passa o dia na rua. Quando volta, abre a geladeira e encontra um enorme e suculento nada. Água, somente da torneira. Dorme com fome. No outro dia, a história se repete. Sai de casa para trabalhar, ou procurar o que fazer, e passa o dia na rua. Quando volta, abre a geladeira e encontra um enorme e suculento nada. Água, somente da torneira. Dorme com fome. No outro dia, a história se repete. Sai de casa para trabalhar, ou procurar o que fazer, e passa o dia na rua. Quando volta, abre a geladeira e encontra um enorme e suculento nada. Água, somente da torneira. Dorme com fome.
Se cansou de ler? Imagina vivenciar isso.
Ou pior. O sujeito chega em casa e ve os filhos esperando que o pai traga algum pão de trigo, pão dormido, pão que o diabo amassou, qualquer pãozinho, que nunca vem.
E tem gente que diz: E porque não estudou? Tem escolas públicas. De graça!
Com que ânimo, cara pálida? Se eu, que tenho estudo, orientação, uma certa estrutura, já fiquei completamente desanimado do mundo com apenas 12h sem comida e por somente um dia, imagina passar isso todo dia? Ânimo pra estudar? Ânimo pra trabalhar? É nessas horas que o instinto animal fala mais alto. Sim, somos animais antes de tudo. E o instinto animal diz o que? Procure comida, ou dinheiro pra comprar comida, de qualquer maneira, custe o que custar e a quem custar.
Não tenho a solução para este problema. Só queria expor isso pra tentar mudar a mentalidade de algumas pessoas que acham que a resolução dos problemas depende só de cada um. Nem sempre. Isso não é um problema pontual. É um problema social. Não tenho a solução, mas até imagino que possa ser simples. Basta vontade política do Estado. No fim, tudo recai sobre o Estado.
É um ciclo vicioso que somente o Estado pode intervir. Soluções mágicas? Não existem. Ideias? Várias. Lembram do Betinho? Basta vontade política do Estado.
Proponho que o leitor faça essa experiência. Passe dois dias sem comer. Acorde e vá trabalhar. No horário de almoço vá jogar um dominó na Praça XV, ou coisa que o valha. Volte, trabalhe e no fim do dia vá pra casa. Veja sua tv e durma. Tente repetir isso no outro dia. Ainda no primeiro dia, o primeiro sintoma será uma dor de cabeça. Depois a barriga roncando por 2 minutos ininterruptos. Depois volta a dor de cabeça seguido de uma irritação. Você começa a ficar impaciente com coisas simples como tentar colocar uma linha no buraco da agulha. Depois volta a roncar a barriga, volta a dor de cabeça e um cansaço sem fim.
Se sobrar força, tome um banho antes de dormir. Ingestão somente de água. Faça! Você não vai morrer ou ficar doente com apenas 2 dias sem comer. Tem gente que está a semanas e não morreu. E você pode até perder uns quilinhos nessa "brincadeira".
Proponho também o seguinte. Peça uma bengala emprestada, um óculos escuros e ande no Centro da cidade de olhos fechados. Faça isso no outro dia também.
Proponho também o seguinte. Arranje uma cadeira de rodas e vá trabalhar.
Depois volte a falar de preconceito. Depois volte a julgar as pessoas.
Eu não fiquei sem comer pra fazer essa experiência. Foi um acaso. Mas foi bom. Bom pra me deixar cada vez mais indignado com o mundo. E é a indignação que o move. Se todos ficassem putos com o mundo sempre, quem sabe ele se movimentasse mais, e pra melhor.
sábado, 12 de janeiro de 2013
Cuíca
Em homenagem a grandes cuiqueiros que eu vi em ação: Mestre Catonho, Seu Luiz, Dôga, Fabricio Gonçalves, Alfredo Castro, Gustavo Mariante, Brito, Bidu, Padeirinho, entre outros.
A invenção da cuíca é atribuída a João Mina, batuqueiro da Deixa Falar. Mas, como sempre, há controvérsia.
Segundo Sérgio Cabral, a cuíca já era usada há décadas anteriores, nos cordões carnavalescos.
Segundo outras diversas fontes, a cuíca é um instrumento de origem africana. Era um pouco diferente da que se usa hoje em dia, com a vareta, varão, bambu, do lado de fora.
Talvez a cuíca usada nos cordões seja uma mais rudimentar, sendo João Mina o primeiro a usá-la do modo como se usa hoje.
Seja como for, João Mina está na história também por ser parceiro de Noel Rosa no partido alto "De babado".
Mas a postagem é sobre cuíca, então lá vai.
Getúlio Marinho "Amor" fez um samba, "Molha o pano", em parceria com Cândido Vasconcelos, sobre o instrumento.
Gravação de Aurora Miranda.
Molha o pano
Pega na cuíca
Puxa certo e com cadência
Veja o samba como fica
Fui num pagode
A família deu um "não"
Aqui não se quer cuíca
Porque não é barracão
Fiquei sentida
"Coragem!" Gritou meu mano
Quem é rico paga orquestra
E quem é pobre molha o pano
É um abuso
E por demais autoridade
Fazer pouco em quem é pobre
Só por ter felicidade
Não fiz barulho
Porque me julgo decente
Tratei de molhar o pano
E gritei “vamos em frente"
Há este vídeo, de um filme feito em 1936. É o mesmo áudio de cima.
O mais interessante nisso é que quem está tocando cuíca, ao menos no filme, é o grande Bide! Uma imagem rara, talvez única, do Bide em vídeo.
Wilson Baptista também dá o seu recado. Neste samba, em parceria com Haroldo Lobo, ensinam "Como se faz uma cuíca".
Gravação de Anjos do Inferno, em 1944.
Um pedaço de pau
Um pedaço de couro
Numa barrica
É assim que se faz uma cuíca
Depois de tudo acabado
Tem outra observação
Arranje um pano molhado
Para fazer a marcação
Venham ver como é que o samba fica
O piano é de nobre
O instrumento de pobre é a cuíca
Cuíca, pra mim, é instrumento de molho. De acompanhamento.
Mas bato palmas pra Fritz Escovão!
Agora sim! Fritz Escovão!
Termino a postagem com este breve documentário, de 1978, sobre cuíca.
Grande dúvida que me corrói: instrumento de percussão ou de harmonia?
A invenção da cuíca é atribuída a João Mina, batuqueiro da Deixa Falar. Mas, como sempre, há controvérsia.
Segundo Sérgio Cabral, a cuíca já era usada há décadas anteriores, nos cordões carnavalescos.
Segundo outras diversas fontes, a cuíca é um instrumento de origem africana. Era um pouco diferente da que se usa hoje em dia, com a vareta, varão, bambu, do lado de fora.
Talvez a cuíca usada nos cordões seja uma mais rudimentar, sendo João Mina o primeiro a usá-la do modo como se usa hoje.
Seja como for, João Mina está na história também por ser parceiro de Noel Rosa no partido alto "De babado".
Mas a postagem é sobre cuíca, então lá vai.
Getúlio Marinho "Amor" fez um samba, "Molha o pano", em parceria com Cândido Vasconcelos, sobre o instrumento.
Gravação de Aurora Miranda.
Molha o pano
Pega na cuíca
Puxa certo e com cadência
Veja o samba como fica
Fui num pagode
A família deu um "não"
Aqui não se quer cuíca
Porque não é barracão
Fiquei sentida
"Coragem!" Gritou meu mano
Quem é rico paga orquestra
E quem é pobre molha o pano
É um abuso
E por demais autoridade
Fazer pouco em quem é pobre
Só por ter felicidade
Não fiz barulho
Porque me julgo decente
Tratei de molhar o pano
E gritei “vamos em frente"
Há este vídeo, de um filme feito em 1936. É o mesmo áudio de cima.
O mais interessante nisso é que quem está tocando cuíca, ao menos no filme, é o grande Bide! Uma imagem rara, talvez única, do Bide em vídeo.
Wilson Baptista também dá o seu recado. Neste samba, em parceria com Haroldo Lobo, ensinam "Como se faz uma cuíca".
Gravação de Anjos do Inferno, em 1944.
Um pedaço de pau
Um pedaço de couro
Numa barrica
É assim que se faz uma cuíca
Depois de tudo acabado
Tem outra observação
Arranje um pano molhado
Para fazer a marcação
Venham ver como é que o samba fica
O piano é de nobre
O instrumento de pobre é a cuíca
Cuíca, pra mim, é instrumento de molho. De acompanhamento.
Mas bato palmas pra Fritz Escovão!
Agora sim! Fritz Escovão!
Termino a postagem com este breve documentário, de 1978, sobre cuíca.
Grande dúvida que me corrói: instrumento de percussão ou de harmonia?
sábado, 5 de janeiro de 2013
Cantador (Candeia)
Única gravação dessa música, em 1973, feita pelo Os Pagodeiros. A voz principal é do Nadinho da Ilha.
Cantador
(Candeia)
Cantador canta sem medo
Cantador não se atrapalha
Cantador não há segredo
Ferro frio não se malha
Canta moça no banheiro
No pregão, o leiloeiro
No terreiro da escola
Canta o samba, partideiro
Canta o samba, partideiro
O português canta o fado
O francês o cançoneiro
Com dinheiro ou sem dinheiro
Canta o samba brasileiro
Aranha arranha o jarro
O jarro arranha a aranha
Na pia o pingo pinga
O pinto não pinga pia
(O último verso é um controverso. Se alguém entender diferente, avise. Obrigado!)
(O último verso é um controverso. Se alguém entender diferente, avise. Obrigado!)
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