quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Bar do Noel pode fechar definitivamente!!!


Está rolando um manifesto sobre o possível fechamento do Bar do Noel motivado por várias denúncias na Prefeitura e no Ministério Público.

Infelizmente, em Florianópolis, a lei que regulamenta esse tipo de atividade cultural não prevê o que acontece no Noel, ou com os capoeiristas no centro da cidade.
A lei diz que o alvará para música em um estabelecimento somente será cedida após tratamento acústico. Acontece que neste caso o som é na rua. E não há legislação para isso.
Os eventos em locais públicos devem ser solicitados previamente para a SUSP e a Floram autorizarem (ou não). A lei também não prevê eventos ordinários. Ou seja, se o bar ficar pedindo toda semana, é capaz de numa dessas, o pedido ser negado. E se fizer um pedido só com todas as datas, o poder público pode considerar uma afronta, piada de mal gosto, sei lá.

Enquanto isso, cumpre-se a lei e acaba-se com a manifestação cultural que revitalizava aquela espaço do Centro Histórico, esquecido pelo poder público.

Segue o manifesto:


A Travessa Ratclif, hoje convertida num dos principais pontos de encontro de Floripa por conta das atividades da Travessa Cultural, Jazz e Samba do Bar Canto do Noel, todas gratuitas, têm sido alvo de processos e denúncias de alguns poucos vizinhos que acabaram por conseguir a suspensão total das atividades abertas ao público, queixando-se do “barulho” que a música encerra em seus ouvidos, embora esses eventos primem pelo respeito ao horário limite das 22hs.

Tendo em vista que nesta sexta, dia 02/12 é o Dia Nacional do Samba, estamos programando uma manifestação, com saída da Travessa Ratclif, com destino ao Mercado Público (onde estará rolando o grande evento de comemoração ao Samba), em favor da cultura, da arte e do desenvolvimento social, com concentração a partir das 17 horas.

Tradicional reduto cultural de Florianópolis, ponto de encontro de intelectuais, músicos, poetas, teatristas, jornalistas, artesãos e boêmios, sambistas, moradores das comunidades do Maciço do Morro da Cruz, por décadas abrigando o Museu da Arte Metálica, a Travessa assumia as fantasias carnavalescas com o Desfile das Escolas de Samba desde sua transferência para suas imediações na Avenida Paulo Fontes até a criação do Sambódromo em 1989. 

Hoje, o local abriga um Ponto de Cultura e várias atividades artísticas, gratuitas a todo público, como o Jazz e Sambas do Canto do Noel e cursos no Instituto Arco-Íris, e tem a pretensão de contribuir com os inúmeros projetos como o de Revitalização do Centro Histórico do CDL e PAC (Plano de Aceleração do Crescimento) das Cidades Histórias.

Hoje, com a remoção do principal terminal de transportes, a região leste do Centro perdeu sua pujança com a diminuição do tráfego de pessoas. Esses fatores implicam numa necessidade imperiosa de revitalização da ocupação desta área, resgatando sua vocação gastronômica e cultural, conforme manifesta o próprio CDL de Florianópolis, propiciando atividades que sejam atrativas à população local de forma a incentivar investimentos em restaurações do patrimônio histórico e atrair, também, o turista visitante, fomentando o desenvolvimento sócio-econômico da região.

Travessa Cultural, além de ser um Ponto de Cultura é, também, uma rede de parcerias que tem como foco a questão o desenvolvimento sócio-cultural através das artes, da comunicação e da inclusão digital.


Janaina Canova (Instituto Arco-Íris)
(48) 9961-3820
janacanova@gmail.com

Acauã Irê F. Canabarro Machado (Bar Canto do Noel):
(48) 3223-1779 / 9117-3803 / 8833-0724 / 9900-1510/ 8457-3994
acauaire@hotmail.com
drakunk@gmail.com

3 comentários:

acaua disse...

Fechar não vai, quem sabe "Casa de Sucos do Noel" ?

Julio disse...

Construir shopping em área de preservação pode. Agora, esse povo super perigoso da música realmente não pode ter o direito de fazer essa baderna, né, poder público? Isso é tão tristemente florianopolis...

André Grangeiro disse...

Caraca, assim como aqui em SP, ai também tem dessas patifarias, pobre samba sempre perseguido, porque se fosse um monte de moleque de classe alta fazendo rock na rua ninguém nem ligaria.

Salve