quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Assim é mesa de bar. Lugar de...


De vez em quando chego no bar, peço minha tradicional latinha de Antártica e fico de canto, observando os que já estão sentados à mesa, em forma de círculo, brincando.
Aqui abro um parênteses pra contar uma historinha.

(Desde sempre que o círculo simboliza união. Não há início, nem meio, nem fim. Rei Artur muito provavelmente tenha sido o maior difusor desse simbolismo. Basta lembrar do nome da história: Rei Artur e os Cavaleiros da Távola Redonda. Quando todos sentam à mesa em forma de círculo, mesmo que a mesa não seja redonda, significa que todos tem o mesmo grau de importância. Ninguém é o centro das atenções. Assim pensava Rei Artur.)

Tudo vai bem e eis, porém, que de repente, alguém me chama para sentar junto e sede seu lugar para mim. É a minha vez de brincar também.

Outras pessoas sentam junto, outras ficam em pé ao redor. Todos acabam brincando, em prol do que acontece. Há os que não gostem da intervenção de quem está fora, alguns cantam errado, mas tudo faz parte.

É bonito de se ver essa interação, mesmo com pessoas estranhas, como de vez em quando acontece. Por vezes, a brincadeira sai bonita.
E quem está sentado cuida do colega, se preocupa com quem está ao lado, tudo de forma natural, sem obrigação, pra que tudo saia na mais perfeita ordem. Há um respeito mútuo entre todos.

Quando a roda está animada, surgem olheiros de todos os cantos e todos os tipos. Todos parecem querer participar, estar dentro.

A união dessa mesa de bar é algo fora de série. Preto senta com branco, rico com pobre, os mais velhos sentam com os mais novos, por vezes aprendem com a astúcia dos mais jovens, mas na maioria das vezes ensinam. Há gozação pra lá, gozação pra cá, um ri do outro, o outro paga cerveja pra um, etc.

Há, claro, os que não gostam de deixar a mesa. Mas é um espaço democrático. Todos devem brincar.

Assim é mesa de bar. Lugar de jogo de dominó.

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