quinta-feira, 31 de março de 2011

Os Oito Batutas em Florianópolis



Isso foi em 1927...

terça-feira, 15 de março de 2011

Precisamos da mídia?

Esse texto não vai apontar uma solução. Nem tenho esse poder. É apenas uma análise da mídia atual.

Eu não leio jornal, não ouço rádio, nem vejo tv, mas sei de tudo de "importante" que se passa no mundo.

O que acontece? Os jornais estão sem informações importantes para passar? Nada de importante acontece? A gente pode viver bem sem saber das informações "importantes" transmitidas?

Acho que até há pautas interessantes. O problema está na abordagem. As reportagens são feitas de uma forma muito superficial, somente com informações de assessorias de imprensa. Não há um informante secreto, repórter não se infiltra em lugar nenhum e há um profundo e irritante uso de câmeras escondidas. A mídia perdeu tanta credibilidade que, pra provar as coisas que diz, usa compulsivamente as câmeras escondidas.

A mídia tá ruindo. Quem tem twitter, por exemplo, não precisa ler jornal. A internet está acabando não só com os impressos, mas com toda a mídia. Não só pela rapidez, mas pela qualidade e credibilidade das informações.
Pode ser tão desconfiável quanto, já que não há uma agência reguladora de informação da internet, mas temos a certeza de estarmos lendo notícias com clareza de posicionamento.
O jornal O Estado de São Paulo (O Estadão) publicou um editorial durante as eleições declarando abertamente apoio ao candidato José Serra. Então quem for ler O Estadão terá certeza que está lendo matérias e opiniões contrárias ao governo PT. É um marco na nossa imprensa.

A internet está dando um banho na mídia convencional. Mas aí surgem os problemas de mídia convencional: TSE concede primeiro direito de resposta no Twitter.
E as pessoas que retuitaram a mensagem original? Seria estranho, mas nada incoerente, se todos fossem obrigados a publicar a resposta.

A mídia tem uma ligação muito forte com os políticos. As grandes corporações são donas de jornais, portais de internet, emissoras de rádio e tv, essas últimas, concessões públicas, aprovadas (ou não) pelo Congresso. A outra ligação é com publicidade governamental, grande parte da renda da mídia. E os políticos dão bola pra mídia porque ela ainda atinge a maioria da população, além de lucrarem, já que muitos deles são donos dessas empresas de comunicação.
Além disso, as corporações não tem nenhum interesse em apurar as informações corretamente ou responder as perguntas que deveriam fazer nas reportagens.

Nada disso acontece na internet.
Por não haver ligação com nenhum político (pelo menos não tão forte quanto às grandes corporações), há uma grande mudança na qualidade da informação publicada. É escancara a posição política e os blogs podem falar, tranquilamente, sobre os variados aspectos da política nacional entre outros assuntos. Aí sim com investigações, informantes, comprovações com documentos escaneados, etc. Tudo isso até que o político entre com um processo na justiça e mande fechar o blog.
E o blogueiro, twitteiro, facebookeiro, enfim, não precisa ser jornalista. Não precisa seguir a cartilha de ética jornalística como todos os jornalistas seguem (sic).

Isso é liberdade! Isso é pluralidade de informação!

A mídia está ruindo e não precisamos dela para viver. Não essa mídia.

sábado, 12 de março de 2011

Miramar

Taí, Bira! Samba de Florianópolis!

Mais um samba que estava na minha cabeça!
Peguei a letra correta com a Cláudia Barbosa, filha do compositor.
Segundo ela conta, ele realmente fez essa carta para o prefeito. Depois, alterou um pouco e musicou.

Waldir Brasil, Daniel, Narciso e Dião. Grandes sambistas da época.




Miramar
(Zininho)

Digníssimo senhor prefeito
Mui respeitosamente
Estamos diante de Vossa Excelência
Para pedir humildemente

Senhor prefeito
Por favor, mande recuperar
O nosso velho e querido Miramar

Pergunte ao Waldir Brazil
Daniel, Narciso e Dião
E a outros velhos boêmios
E eles também dirão

Que era ali
Que nasciam as serenatas
Era ali que os sambas nasciam
Ao som de um violão

Senhor prefeito
Por favor, mande recuperar
O nosso velho e querido Miramar

quinta-feira, 10 de março de 2011

Depois da vida

Estou com esse samba na cabeça.



Depois da vida
(Nelson Cavaquinho / Guilherme de Brito / Paulo Gesta)

Passei a mocidade esperando dar-te um beijo
Sei que agora é tarde, mas matei o meu desejo
É pena que os lábios gelados como os teus
Nao sintam o calor que eu conservei nos lábios meus

No teu funeral estás tão fria assim
Ai de mim, e dos beijos meus
Eu te esperei, minha querida
Mas só te beijei depois da vida