sexta-feira, 9 de abril de 2010

Opinião

Vou me redimir da postagem polêmica.

Mas primeiro queria dizer que esse blog é MEU. As opiniões expressas nesse blog são MINHAS.
Não são opiniões da minha mãe. Não são opiniões do meu chefe. Não são opiniões dos meus professores.
São as MINHAS opiniões.
Portanto, eu arco, única e exclusivamente, com os louros e, principalmente, com as consequências.
Se alguém divergir das MINHAS opiniões, ME mande um e-mail, ME telefone, ME consulte. ME procure e vamos conversar.
Pode ser que a gente não chegue num consenso. Nem sempre se chega. Mas vamos conversar, trocar opiniões, informações. Conversa puxa conversa e da conversa nasce a luz.

Eu converso com muitos músicos, desde antes da postagem polêmica. Divirjo de opiniões, frequentemente, mas nem por isso deixo de ser amigo do sujeito. As vezes, até fortalece, ainda mais, a amizade, pois eu sei a opinião dele, respeito, ele sabe a minha opinião e me respeita também.
A opinião sobre a musicalidade da pessoa não interfere na amizade. Posso não gostar do som que ela faz, divergir do estilo musical, mas posso gostar de estar com a pessoa, conversar com ela, beber com ela.


Agora a redenção.
Não me fiz entender muito bem na outra postagem.
Errei quando falei somente de um grupo. Concordo.

O cerne da discussão era pra ter sido a falta de estudo dos grupos de Florianópolis.
Eu falei somente daquele grupo, porque ainda é um dos únicos grupos da cidade que tocam um estilo musical que me agrada. Era um dos grupos que eu ainda depositava esperança de fazer o que eu julgo ser decente. Mas a decepção foi tão grande naquele sábado, que me levou a postar o que postei. Mas não falei nenhuma mentira.

Outro grupos se dizem de "samba raiz" (expressão infeliz), mas tocam pandeiro de nylon e tantã e não passam de aproveitadores grupos de samba moderno, nada "raiz", fazendo uma miscelânea de Maria Rita, Candeia, Mart'nália e Paulo César Pinheiro.
E nem vou falar disso. Alguém que diz que toca samba, mas tem Mart'nália, Arlindo Cruz ou Mauro Diniz como referência não merece mais linhas do que estas no meu blog. Só me façam um favor: não digam que tocam "samba raiz".

A mensagem principal continua, para todos: Gente!!! Vamos estudar!!!
Repertório novo!!! Técnicas de execução novas!!!
E isso eu já falei pra todo mundo com quem tenho contato. Desde os que tocam samba moderno quanto os que tocam samba bom. Falta de aviso não foi.



Não posso negar
(Paulinho da Viola)

Dizem que não tenho muita coisa pra dizer
Por isso eu quero, sem favor, me apresentar
Eu sou de uma Escola diferente
Onde todo mundo sente
Que vaidade não há
Em termos de arte negra, é comigo
Faço aquilo que posso fazer
Samba para mim não é problema
Se você me der um tema
Eu faço samba pra você

Você sabe que eu sou quilombola
E não posso negar
Quem não é do pagode
Comigo não deve brincar

Deixe de lado essa dor
Pára de me provocar
E mora no meu coração, Iaiá


Do álbum Zumbido.

2 comentários:

Thiago do Nascimento disse...

Bom, muito bom mesmo Arthur. E mais, as pessoas além de não estudarem, muitas vezes vem com aquele papo - eu gosto de tocar, samba, pagode...é tudo igual. Porra!!! colocam os fones nos ouvidos e nao sabem diferenciar a qualidade de um para outro e simplesmente saem batendo de qualquer forma e de qualquer maneira, é triste isso...vamos estudar molecadinha, vamos nos antigos que ele sabiam...

Daniel Silva disse...

tá certo, Artur. tem mais é que defender a tua opinião. pessoal toca a parada e não sabe. tem que estudar mais mesmo!