quarta-feira, 21 de abril de 2010

Associação dos Sambistas da Grande Florianópolis - Asgflo


É, ela existe. E depois de um tempo parada, está voltando.
Dia 22 de maio haverá eleição de diretoria. Cairá num sábado. A eleição ocorrerá no Praça 11.

Eu estou me candidatando ao cargo de presidente. De novo.
E prometo: se eleito, prometo fazer todo o possível para que o samba em Florianópolis não seja o mesmo.
No ambiente onde trabalho, ambiente político, aprendi que não podemos prometer aquilo que não podemos cumprir.
Então reforço: se eleito, prometo fazer todo o possível para que o samba em Florianópolis não seja o mesmo.
O samba DE Florianópolis pode até continuar o mesmo, mas o samba EM Florianópolis não.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Samba em São Paulo

Terreiro Grande e Cristina Buarque fizeram um cd em homenagem ao Candeia.
O lançamento foi no Bar do Alemão, O Patriota, considerado por eles com o a segunda casa. E é.

E esse é o Alemão. Fiquei devendo uma foto com ele da outra vez. Ta aí!

O cd é um pedaço de qualquer coisa melhor do mundo.
A roda de samba deles é outro pedaço da mesma qualquer coisa.
Não há nada parecido. Nada!

Eu não tenho capacidade para demonstrar, em texto, a qualidade deles.
Tentei, mas ficou muito aquém do necessário.

Só posso dizer que os orixás me presentearam. Disseram assim: "Artur, não conhecestes os mestres daquela época. Não convivestes com eles. Não sentastes na mesa com um Nelson Cavaquinho, Chico Santana ou Francisco Alves. Não participastes de nenhuma roda de samba com Osmar Procópio, Velha ou Paulo da Portela. Não participastes de nenhuma roda de partido alto com Aniceto, Xangô ou Candeia. Não fostes a nenhuma Festa da Penha com João da Bahiana, Donga ou Ismael Silva. Nunca vistes uma batucada com Buci, Raul e Arnô Canegal. Não curtistes uma noitada com Brancura, Baiaco ou Noel Rosa. Então vamos criar o Terreiro Grande na tua época, pra compensar tudo isso. Temos certeza que irás gostar!"

Aqui, uma ediçãozinha meio mais ou menos da viagem.
Já mostrei pra alguns e ninguém entendeu, mas eu to no ônibus, indo pra SP. Interpretem com quiser.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Opinião

Vou me redimir da postagem polêmica.

Mas primeiro queria dizer que esse blog é MEU. As opiniões expressas nesse blog são MINHAS.
Não são opiniões da minha mãe. Não são opiniões do meu chefe. Não são opiniões dos meus professores.
São as MINHAS opiniões.
Portanto, eu arco, única e exclusivamente, com os louros e, principalmente, com as consequências.
Se alguém divergir das MINHAS opiniões, ME mande um e-mail, ME telefone, ME consulte. ME procure e vamos conversar.
Pode ser que a gente não chegue num consenso. Nem sempre se chega. Mas vamos conversar, trocar opiniões, informações. Conversa puxa conversa e da conversa nasce a luz.

Eu converso com muitos músicos, desde antes da postagem polêmica. Divirjo de opiniões, frequentemente, mas nem por isso deixo de ser amigo do sujeito. As vezes, até fortalece, ainda mais, a amizade, pois eu sei a opinião dele, respeito, ele sabe a minha opinião e me respeita também.
A opinião sobre a musicalidade da pessoa não interfere na amizade. Posso não gostar do som que ela faz, divergir do estilo musical, mas posso gostar de estar com a pessoa, conversar com ela, beber com ela.


Agora a redenção.
Não me fiz entender muito bem na outra postagem.
Errei quando falei somente de um grupo. Concordo.

O cerne da discussão era pra ter sido a falta de estudo dos grupos de Florianópolis.
Eu falei somente daquele grupo, porque ainda é um dos únicos grupos da cidade que tocam um estilo musical que me agrada. Era um dos grupos que eu ainda depositava esperança de fazer o que eu julgo ser decente. Mas a decepção foi tão grande naquele sábado, que me levou a postar o que postei. Mas não falei nenhuma mentira.

Outro grupos se dizem de "samba raiz" (expressão infeliz), mas tocam pandeiro de nylon e tantã e não passam de aproveitadores grupos de samba moderno, nada "raiz", fazendo uma miscelânea de Maria Rita, Candeia, Mart'nália e Paulo César Pinheiro.
E nem vou falar disso. Alguém que diz que toca samba, mas tem Mart'nália, Arlindo Cruz ou Mauro Diniz como referência não merece mais linhas do que estas no meu blog. Só me façam um favor: não digam que tocam "samba raiz".

A mensagem principal continua, para todos: Gente!!! Vamos estudar!!!
Repertório novo!!! Técnicas de execução novas!!!
E isso eu já falei pra todo mundo com quem tenho contato. Desde os que tocam samba moderno quanto os que tocam samba bom. Falta de aviso não foi.



Não posso negar
(Paulinho da Viola)

Dizem que não tenho muita coisa pra dizer
Por isso eu quero, sem favor, me apresentar
Eu sou de uma Escola diferente
Onde todo mundo sente
Que vaidade não há
Em termos de arte negra, é comigo
Faço aquilo que posso fazer
Samba para mim não é problema
Se você me der um tema
Eu faço samba pra você

Você sabe que eu sou quilombola
E não posso negar
Quem não é do pagode
Comigo não deve brincar

Deixe de lado essa dor
Pára de me provocar
E mora no meu coração, Iaiá


Do álbum Zumbido.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Depoimentos para Posteridade

Em 1966, o MIS inaugurou o projeto "Depoimentos para Posteridade", inédito programa de história oral criado para preservar a memória de diversos setores da cultura nacional, tais como a música, a literatura, o cinema e as artes plásticas. Atualmente conta com um acervo de mais de mil depoimentos, com quatro mil horas de material gravado em áudio e vídeo de figuras notáveis, como Cartola, Nelson Rodrigues, Tarsila do Amaral, Isaac Karabitchesky, Dona Ivone Lara e Cacá Diegues, entre muitos outros. Vale lembrar que todos os testemunhos ficam à disposição do público nas salas de consulta do MIS.