terça-feira, 30 de setembro de 2008

Coisa da Antiga nesta quarta no Café dos Araçás

Nesta quarta-feira, dia 1º, o grupo Coisa da Antiga, da Gabriela e do Chico (Buarque), estará se apresentando no Café dos Araçás, na Lagoa da Conceição, a partir das 20h.

Mais informações pelos telefones: (48) 3232-1101 e 8411-1101.


E o povo canta: "Na tina vovó lavou a roupa que mamãe vestiu quando foi batizada" (Wilson Moreira / Nei Lopes)

sábado, 27 de setembro de 2008

Conselho de Cultura nos finalmente

Não há mais reuniões para readequar a lei 2.639/1987, do Conselho Municipal de Cultura.
O próximo passo é marcar uma audiência pública, ainda sem data definida, para dar prosseguimento aos trâmites da Câmara Municipal.
Depois disso, será encaminhado ao prefeito municipal para sancionar a complementação da lei.

Obrigado a todos os mais de 20 participantes.


E o povo canta: "Ai, ai, ai, ai. Está chegando a hora" (Rubens Campos / Henricão)

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

100 anos de Cartola

"Cartola não existiu. Foi um sonho que a gente teve" (Nelson Sargento)

Agenor de Oliveira (em 1964 ele mesmo descobriu que o correto era Angenor de Oliveira), nascido em 11 de outubro de 1908, é conhecido como Cartola.

Fundador do Grêmio Recreativo Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira, um dos maiores sambistas do Morro da Mangueira, da cidade do Rio de Janeiro e do Brasil, Cartola ganhou este apelido quando ainda era pedreiro e usava uma cartola para se proteger da poeira.

Frequentou somente até a 4ª série do 1ª grau e foi capaz de compor poesias incríveis, invejáveis até por membros da Academia Brasileira de Letras, se duvidar.
Infelizmente Cartola é lembrado apenas por "As rosas não falam".

O Grupo Um Bom Partido e o poeta Cesar Felix apresentam o tributo a Cartola, neste domingo, dia 28, às 14h, no Praça 11, com participação especial de Raphael Galcer no violão de 7 cordas, Lu Alves na voz, Fabrício na percussão e Bernardo Senz na flauta. Relembram (para alguns) e apresentam (para outros) um repertório de canções feitas por este sonho mangueirense, fluminense, carioca e brasileiro.

O poeta Cesar Felix declamará poesias de poetas conhecidos, desconhecidos e poesias próprias entre uma música e outra.


Mais informações: 9991-3218 / 3247-3346


E o povo canta: "Bate outra vez..." (Cartola)

Jeisson Dias no Kanttum

Jeisson Dias não está mais se apresentando no Kanttum às quintas.

Para vê-lo agora, vá ao Armazém Vieira às segundas, Confraria Chopp da Ilha às terças, Joaquina às sextas e domingos.

Mais informações na Agenda Samba-Choro.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Decibéis dos ônibus

60 dB é a intensidade de som de uma conversa normal. 120 dB é a intensidade de um avião.

O órgão responsável pela consulta de decibéis (dB), unidade de medida de intensidade ou volume dos sons, em Florianópolis é a
Floram (Fundação Municipal do Meio Ambiente).
Este órgão poderia fazer uma visita a alguns ônibus e puxar a cordinha. É insuportável!

Segundo a Floram, em contato telefônico, o setor responsável neste caso é a Vigilância Sanitária que, por sua vez, informa que não possui mais o aparelho de medição, e que todos os casos de medição de decibéis são com a Floram.
Todos os 2 órgãos disseram que a reclamação pode ser feita, também, no Pró-cidadão, na Rua Felipe Schmidt.

Infelizmente eu não tenho tempo de ir até o Pró-cidadão fazer a reclamação, mas to deixando na cara do gol para quem mais se incomodar com o barulho.


E o povo canta: "Quando o apito da fábrica de tecidos vem ferir os meus ouvidos eu me lembro de você. Mas você anda sem dúvida bem zangada, e está interessada em fingir que não me vê" (Noel Rosa)

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Bar do Tião tombado

O Bar do Tião está sendo tombado como Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural de Florianópolis.

Um projeto de lei, de autoria do vereador Márcio de Souza, foi protocolado nesta segunda-feira, 22, na
Câmara Municipal, instituindo o tombamento.

O espaço do Bar do Tião fica no Monte Verde, instalado no terreno da residência que um dia foi morada do Senhor João Batista de Almeida, o Seu Tião, já falecido. Pequeno, mas aconchegante, o bar foi ampliado algumas vezes desde a fundação para abrigar a quantidade de frequentadores, que aumentavam com o tempo, até alcançar o tamanho atual.

O repertório gira em torno de Chico Buarque, Geraldo Pereira, Cartola, Lupicínio Rodrigues, além de prestigiar composições de compositores locais como o próprio Tião, Rolando Mello, Reizinho, Jeisson Dias e Neco.


O Bar do Tião funciona todas as sextas e sábados, a partir das 23h.
Mais informações na Agenda Samba-Choro.


E o povo canta: "Quando eu nasci, partido alto meu pai já conhecia. Era o samba que o Brasil queria, hoje vem se modernizar. Partido alto desce do morro para o asfalto, tamborim na marcação, cavaquinho e violão. Olelê, olalá, salve o samba popular" (Seu Tião)

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Anjo Gabriel - Jeisson Dias

Seção arquivo.

Mais um samba pra ficar guardado nos registro.
Samba vencedor por aclamação popular do FEMIC 2008.


Anjo Gabriel
(Jeisson Dias)

Pra conseguir fazer um samba de verdade
Tem que amar
Tem que sonhar
E acreditar
O que diz o coração

Fazer chover, então
Tomar banho de mar
Fazer do arco-íris }
A porta para o céu } BIS
E visitar o Anjo Gabriel }

Pensar que está sonhando e acordar
Amanhecer com lápis e papel
Sentir cheiro de rosas pelo ar
Fazer de cada letra um troféu
Gostar de ouvir os pássaros cantar
Chamando o astro-rei pela manhã
Trazer felicidade e combater a dor }
Assim já posso ser compositor } BIS

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Jingle premiado

Um jingle que eu fiz para um pessoal do curso de publicidade, uns anos atrás. Esse jingle foi premiado em um concurso da faculdade.
Vou registrar aqui pra não se perder na memória.

Jingle AIDS
(Artur de Bem)

O prazer sexual
Tem sua contra-indicação
É um bichim piquinininho
Que a gente olha mas não vê
O anticoncepcional não funciona nessa situação
Não existe ninguém imune }
Bichim vai lá e pune } BIS
Quem não presta atenção }

Olha só, meu camarada
Olha, meu camaradinha
Use sempre camisinha
Que é sinal de proteção

Olha só, minha cumadre
Proteja tua xaninha
Porque meu camaradinha
Te ama de paixão

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Músicos disponíveis

Estou dispobiliziando aqui no blog, no lado direito, junto aos links, uma relação de músicos que atuam também como free-lancer, para quem tiver interesse em contratar para eventos.

São músicos de Florianópolis da mais alta qualidade em diversas áreas do Samba e Choro: percussão (surdo, pandeiro, cuíca, etc.), cordas (cavaco, bandolim, violão de 7, etc.), voz, harmonia (flauta, sax, etc.).


E o povo canta: "Já chegou quem faltava. Quem o povo esperava chegar" (Nilson Gonçalves)

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Cultura! Não palanque eleitoral!

Todos são convidados a participar das reuniões para reformular a lei 2.639/1987, do Conselho Municipal de Cultura. Todos podem participar.

Entrar na sala, ser anunciado e sair sem ao menos saber do que se trata, ou chegar no final, ser anunciado e nem saber o que está fazendo no ambiente, não é participar. É inflar o ego ao ouvir seu nome ser anunciado como presença da reunião.

Nenhum dos participantes das reuniões é bobinho. Estamos fazendo um trabalho sério para a cultura de Florianópolis. Todos os cerca de 20 participantes assíduos das reuniões têm de trabalho na cultura o que eu, ou esses "participantes" temos de idade.

Quero reiterar o convite para que todos participem das reuniões do Conselho Municipal de Cultura. Só não quero que façam disso um palanque eleitoral.
Não sou o dono das reuniões. Não há dono das reuniões. Mas não queria mais ver candidatos "participar" das reuniões sem apresentar algo concreto. A Ordem dos Músicos do Brasil (OMB), por exemplo, em toda reunião traz uma cópia de novas propostas para cada PARTICIPANTE. E o Machadinho, presidente da OMB, nem é candidato!

A próxima reunião é na próxima segunda-feira, 22, às 14h, na Câmara Municipal!
Todos estão convidados. Com certa ressalva, desta vez.


E o povo canta: "Se quiser se distrair ligue a televisão, amor. Comigo não!" (Candeia / Martinho da Vila)

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Transporte coletivo - explanações

O DETER respondeu ao meu e-mail com o questionamento sobre o transporte de passageiros em pé.


Transcrevamos abaixo o que determina a Instrução Normativa 07 sobre:

DA LOTAÇÃO DOS VEÍCULOS

Art. 122. Nos serviços de transporte coletivo rodoviário intermunicipal de
passageiros será admitido excesso de lotação nos seguintes limites fixados em relação à capacidade nominal do veículo em operação:

I - 30% (trinta por cento) no Serviço de Fretamento, independentemente do
percurso, e no Transporte sem Objetivo Comercial e Viagens Especiais, quando o percurso entre a origem e o destino, for inferior a 100 (cem) quilômetros;

II - 40% (quarenta por cento) em viagens comuns de linhas e serviços
rodoviários, cuja extensão seja superior a 200 (duzentos) quilômetros;

III - 60% (sessenta por cento) em viagens comuns de linhas e serviços
rodoviários, cuja extensão não exceda a 200 (duzentos) quilômetros;

IV - 100 (cem por cento) em linhas urbanas.

Continuamos a disposição para quaisquer outros esclarecimentos.
Ouvidoria/DETER


E o povo canta: "Se a canoa não virar, olê, olê, olá, eu chego lá" (Antônio Almeida)

Mais do Conselho de Cultura de Florianópolis

A reunião que está atualizando a lei 2.639/1987, do Conselho de Cultura de Florianópolis, foi realizada com mais participantes do que a reunião anterior.
Infelizmente, em virtude do atraso de 1 hora dos vereadores, muitas pessoas foram embora, tirando um pouco a legitimidade da reunião. Mesmo assim a reunião foi realizada e mais artigos da lei já foram revistos.
A Ordem dos Músicos do Brasil (OMB-SC) apresentou uma série de propostas de alterações da lei. Mais da metade dos artigos debatidos foram aceitos.

Um dos itens de maior discussão da última reunião, o fato do Conselho poder ser deliberativo ou não, foi esclarecido pelo Marcelo, um dos procuradores da Câmara. O procurador não vê impedimento para que o Conselho seja deliberativo.

A próxima reunião foi marcada para segunda-feira, 15 de setembro, às 14h30, na Câmara. Todos continuam sendo convidados a participar das reuniões.



E o povo canta: "Nessa cidade todo mundo se acautela com a tal febre amarela que não cansa de matá. E a Dona Chica, que anda atrás de mal conselho, pinta o corpo de vermelho pro amarelo não pegar" (Noel Rosa)

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Os "ismos" do Samba 2

Mais um texto do Renato Martins, integrante do grupo Terreiro Grande, retirado do blog do grupo.


Radicalismo e Tolerância Zero

Acho que jamais se ouviu falar tanto em radicalismo como se ouve hoje em dia. O que não significa que o radicalismo esteja, de fato, em alta nesses tempos, seja no samba ou seja em qualquer outro seguimento. Para falar a verdade não está.

Mesmo que qualquer pessoa pudesses ser radical em tudo, ou mesmo que alguém pudesse ser completamente condescendente em tudo, não vejo ainda razão plausível para a crítica estúpida e burra a um determinado grupo de pessoas que prefere caminhar, radicalmente ou não, da forma que quiser. É muito limitado pensar que o certo é não ser radical, ou vice-versa.

O que me assusta muito, é essa pregação desesperada a favor da moderação, do "me deixa que eu te deixo", do "fala bem de mim, que eu falo bem de você...". No samba isso tem se tornado uma verdadeira febre. É um furor de não-me-toque, irracional, sem razão de ser. Não se pode mais falar de nada, quando o que se tem a dizer, não é o que esperam. Dizer que não gosta, que prefere outro, que não ouve, que não canta, que não compra o disco, etc... Ou seja, o simples direito de se posicionar, virou radicalismo. Tem que dizer que adora, que ouve, que ama, ou então omitir-se e não dizer nada. Pois eu, prefiro pular do muro e que se foda se quebrar a perna. Melhor que ficar lá em cima, com medinho de pular, pendendo de um lado pro outro. Tô fora! Fazer o joguinho da boa vizinhança por conveniência, é um jogo que não queremos jogar, que não podemos jogar. O bom senso tá aí, pra todo mundo usar como quiser. Não confundam intolerância com radicalismo. São coisas completamente distintas. O intolerante é um sujeito que, sem argumento, prefere apelar para a baixaria. O radical é aquele que escolheu não se ausentar e, com sabedoria, diz o que pensa, sem média. Quem critica o radicalismo é radical às avessas, porque em contrapartida, discursa a moderação como uma forma de se dar bem no mundo cão. Papo muito furado, pra não dizer outra coisa.

Fico me perguntando, e acho que todos deveriam, a serviço de quem está esse discurso criticando o radicalismo? A quem interessa essa separação no samba, que não permite que todos possam fazê-lo da forma como acreditarem? Quando foi que o samba foi pautado pelo que a indústria arrota?
Vejo essa retomada, radical, pelo samba do passado, como uma busca do povo por algo desconhecido e, portanto, novo. Devemos achar normal que apenas uma parte da história torne-se pública? Devemos achar natural que o povo não conheça os gênios que criaram a sua música? Devemos nos conformar e deixar que apenas uma parte se pronuncie sobre o que é samba? Quem disse? Nunca!

No samba não tem certo e errado.Cada um é livre pra fazer o que quiser. Para ser radical, pra não ser, inclusive. Se todo mundo tivesse o espaço merecido, e não apenas meia dúzia de indivíduos, talvez o radicalismo não tivesse razão de existir. Mas ainda estamos longe de um cenário mais justo nessa indústria cultural vendida.

Portanto, conversa fiada já teve seu tempo. Não adianta chiar, querer ser maior que o mundo. É o tempo que está clamando por um novo surgimento. É tudo em prol do samba que deve ser. Abaixo essa distribuição banal de títulos. O povo vai retomar o que é dele. Samba quem faz é o coletivo. Afinal, vai passar todo mundo. Ele vai ficar aí...

Até.

Renato Martins
Artur de Bem (assino embaixo)

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Transporte coletivo fora da lei

As empresas de transporte coletivo da capital estão operando com passageiros superior a capacidade.

É notório que os ônibus transportam mais passageiros do que o permitido. Além do art. 11º do decreto 116/1999,
que regulamenta a lei 034/1999, do transporte coletivo, não consegui encontrar nenhum artigo que obrigue o ônibus a trafegar dentro do limite especificado pelo fabricante. Como não há bom senso, infelizmente todos esses detalhes têm que estar presentes na lei para que (quase sempre) sejam cumpridas.
O art. 11º do decreto 116/1999 diz que "no Serviço de Transporte Escolar, o permissionário somente poderá utilizar veículos tipo ônibus convencional, microônibus, minibus e camionete, limitada sua lotação à capacidade nominal prescrita pelo fabricante."
Dúvida: Porque só transporte escolar?


Fiscais
Os fiscais do transporte coletivo circulam no Terminal Integrado do Centro (TICEN) somente quando são acionados por alguma reclamação do usuário, segundo informações da própria Secretaria de Transportes da Prefeitura, contradizendo o art. 39º, do mesmo decreto 116, que diz que "
a fiscalização deverá acompanhar permanentemente a operação do serviço, visando o cumprimento das disposições deste regulamento e demais normas aplicáveis à matéria."
Infelizmente nenhum fiscal é visto no TICEN. Bastaria apenas um para contar quantas pessoas entram nos ônibus como UFSC, Udesc, Jardim Atlântico, Monte Cristo, Abraão, entre muitos outros, para ver que os ônibus estão transitando com muito mais do que a capacidade permite.
A Secretaria alega que não há fiscais suficientes para permanecer no TICEN.

Isso prova que os atuais ônibus em circulação não são (ou nunca foram) suficientes para atender a demanda da cidade.


Quebra de ônibus
Os ônibus da empresa Transol são os que mais apresentam defeitos durante o percurso. Segundo informações de usuários, toda semana algum ônibus quebra no meio do caminho, obrigando os passageiros a descer do ônibus já lotado e entrar no próximo que chega, já lotado.


TICEN
Não há uma fila que organize o embarque de passageiros na plataforma A do TICEN. Como os passageiros passam a catraca no início da plataforma e embarcam no ônibus pela porta traseira, não há uma definição de ordem de chegada e o embarque vira uma disputa desleal, onde o mais forte prevalece.
Também não há fiscal, seja da Prefeitura, do Setuf ou das empresas, que organize.
Talvez porque também não há lei que os obrigue.


Intermunicipal
Há uma determinação do DETER (Departamento de Transportes e Terminais do Estado de Santa Catarina) que não permite que ônibus intermunicipais transitem com passageiros em pé.
Então os ônibus intermunicipais, que circulam na Grande Florianópolis, também estão fora da lei. Basta um fiscal andar pelo TICEN para perceber que os ônibus já saem do terminal com pessoas em pé.
Por telefone, um funcionário do DETER afirmou que o número de passageiros que andam em pé nos ônibus que circulam na Grande Florianópolis está relacionado com a quilometragem do percurso do ônibus. Os detalhes da proporção não me foi respondido por e-mail.


Renovação
A autorização para que as empresas possam atuar em Florianópolis termina ano que vem, 2009, conforme art. 9º e 83º da lei 034/1999.

Em 2009 deverá ser feito um edital, limpo e claro, de licitação para que as empresas ganhem a concessão para atuar na cidade.

Traduzindo
:
Para a pessoa trabalhar no serviço público, é necessário ser aprovada em concurso público. Quando a pessoa vai fazer a inscrição, ela recebe um edital, que dita as normas para a prova: tipo de caneta que deve ser usado, horário da prova, assuntos para estudar, etc. Até aí nada de mais.

Com as empresas não é diferente.
Para que uma empresa posa usufruir de um espaço público, tem que participar do concurso público, chamado de licitação. Seja para empresa de pintura de prédio público, construção de elevados, asfalto, ou transporte de munícipes dentro da cidade.
Para que a empresa receba a autorização, chamada de concessão, é necessário que ela ganhe a licitação.
Quando o edital for lançado, ele tem que ser aberto para que qualquer empresa do país possa concorrer a trabalhar em Florianópolis.
Esse edital tem que ser aprovado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), órgão fiscalizador para ver se está tudo dentro do correto, pois se trata de dinheiro público.


E o povo canta, sem qualquer ligação com o trenzinho do Luiz Henrique: "Lá vem o trem no passo que o vento vem. Trazendo o dia da melhora, o dia... qualquer dia vem..." (Agepê / Canário)

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Conselho de Cultura de Florianópolis

A próxima reunião para regulamentar o Conselho de Cultura de Florianópolis será realizada na terça-feira, 09 de setembro, às 14h, no Plenarinho da Câmara Municipal.
Todos aqueles que têm interesse no assunto estão convidados a participar.

As reuniões estão sendo feitas para readequar, artigo por artigo, a lei 2.639/1987, que, por ser muito antiga, precisa ser atualizada.
Quem tiver propostas de alterações, pode apresentar na reunião.


O item de maior discussão na última reunião foi o art. 1º, que diz que o Conselho terá caráter consultivo. Todos os representantes da área cultural da cidade presentes (atores, produtores, cantores, instrumentistas, folcloristas, etc.) querem que o Conselho tenha caráter deliberativo.
Imagino que na prática, um conselho consultivo sirva apenas para consultar, tirar dúvidas, etc.
Um conselho deliberativo pode deliberar ações, mandar em alguma coisa.

O superintendente da Fundação Franklin Cascaes, Vilson Rosalino, argumentou que um conselho não pode ser deliberativo pois não pode sugerir nada ao prefeito, somente a Câmara, além de ferir a Constituição.
Alguns representantes da área cultural disseram que outros Conselhos, já criado em várias outras cidades do Brasil, são deliberativos.
A Comissão de Educação da Câmara, por onde foi realizada a reunião, fará, presumo eu, uma consulta à Procuradoria da Prefeitura para saber se o Conselho poderá ser deliberativo.

Mesmo sem a resposta da Procuradoria a tempo, a reunião será realizada para debater os outros artigos da lei.


E o povo canta: "Ouça um bom conselho que eu lhe dou de graça..." (Chico Buarque)

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Molho Madêra às sextas no Repúblika

O Grupo Molho Madêra se apresenta toda sexta-feira, às 22h, no Repúblika Bar e Café, no Pantanal. A entrada é de R$7 e R$3,50 pra quem apresentar o flyer.
O Repúblika Bar e Café fica na Rua Dep. Antônio Edu Vieira, Pantanal - em frente ao posto BR.

Mais informações pelo telefone 8443-5275, com Álvaro.

O choro surgiu na segunda metade do século XIX no Rio de Janeiro, como uma alternativa de lazer familiar para a crescente classe média, se firmando como primeira música urbana genuinamente brasileira. Seu nascimento aconteceu basicamente em reuniões e bailes nas salas de visitas animados por tocadores de valsas, polkas, schottisches e mazurcas que, ao som de violão, cavaquinho e flauta, misturavam-se a ritmos afro-brasileiros; com o "jeitinho brasileiro"; nascia o choro.

É num contexto similar, que no inicio do século XX surge o samba. Nas casas de cômodos das Tias Baianas, tocava-se o choro e partido alto na sala e batuque no terreiro. Surgiram então vários tipos de samba: samba de breque, samba canção, samba enredo, partido alto. Desde então o samba se firmou como gênero de música nacional, espalhando-se por todo o país consagrando mestres como Pixinguinha, Cartola e Adoniran Barbosa, criando assim, uma identidade nacional através do ritmo e das letras.

É desse universo que nasce o grupo Molho Madera, dedicando-se à um trabalho de pesquisa e execução nesse universo ritmico, harmonico, melódico e poético que pinta o Brasil em todas as suas particularidades étnicas e socioculturais.

Formado em 2005 em Florianópolis, o grupo conta com uma formação baseada na tradição do gênero com violão de sete cordas, cavaquinho, e percussões, sem dispensar elementos mais modernos como o acordeon e o piano.
O som envolvente do grupo Molho Madêra literalmente agrada a diversos paladares: desde os apreciadores do choro tradicional, os amantes da dança e do bom samba de raiz, até os que preferem agitar ao som do partido alto de improviso e o samba enredo vivendo a folia do carnaval. Além de divulgar as obras dos já citados grandes mestres o Molho Madêra faz questão de somar composições próprias, dando continuidade à missão de pintar e revelar o Brasil em sua beleza e problemáticas sociais, além de explicitar os anseios humanos através de canções de amor.

COMPONENTES

Álvaro Fausane- cavaco e voz
Luiz Henrique Guedes- violão 7 cordas e voz
Eduardo Moore Tiriba- percussão e voz
Derek Bellardi- Percussão e voz
Marcelo Bessen- piano e acordeon


E o povo canta: "Silêncio! É madrugada! No Morro da Casa Verde a raça dorme em paz. E lá embaixo, meu colegas de maloca quando começa a sambá não para mais" (Adoniram Barbosa)

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Os "ismos" do Samba

Texto de Renato Martins, integrante do grupo Terreiro Grande, retirado do blog do grupo.


A discussão está lançada! Está nas ruas a campanha “ABAIXO O RADICALISMO NO SAMBA”. O aviso em todos os cantos diz: “Cuidado com o que fala Mas, como esse espaço não tem absolutamente nada a perder porque nunca se pautou pela recompensa que eles estão interessados em dar, ele segue cumprindo o papel de dizer o que bem entende, com radicalismo ou não, e tomando sempre muito cuidado. Mas não o cuidado proposto pela regra da boa convivência, mas o cuidado de atingir sempre, quem julgar necessário. E nesse intento, ele tem sido bem fiel à sua proposta inicial.

“Ismo” nº 1Saudosismo.

Esse, é praticamente a causa de toda a discussão. Existe uma leva, que não é pequena, de pessoas que simplesmente não se conformam com o fato de alguém ter mais apreço pelas coisas do passado.


No samba, o foco são as músicas antigas que algumas pessoas declaram preferência. E mesmo que o samba não tivesse pouco menos de cem anos – comparado com a música clássica européia, o samba é um bebê engatinhando, nem por isso vê-se chamar os maestros de orquestras de saudosistas -, mesmo que Noel não tivesse morrido em 37 e suas músicas não fossem tão atuais como são, mesmo que Pixinguinha não tivesse se tornado estudo obrigatório em várias universidades de música no mundo até HOJE, mesmo que não tivessem sido completados apenas pouco mais de 30 anos da morte do criador do surdo e revolucionário do ritmo, essa discussão ainda assim seria inútil. Porque música boa não é perecível, é eterna. Assim como são eternos, João da Bahiana e Mozart. E é mais absurdo se pensarmos que os atingidos por essas críticas ao saudosismo, são em sua imensa maioria, jovens que sequer tiveram o prazer de sentar-se com Bide pra tomar um chope, ou varar a noite num butiquim com o Nelson Cavaquinho, ou ouvir o Cartola lançar rabugices contra o barulho em sua casa... São jovens que sem nada disso, sentiram, com o mais puro desinteresse, a respiração da boa música, sem pensar se essa música tinha cinco ou cinqüenta anos. Porque isso jamais teve mais importância do que o necessário.

Mas, existe e sempre existiu, uma leva de pessoas que propõem a renovação como regra, como se o samba, ou qualquer música, não se renovasse naturalmente. E mais que isso, falam dessa renovação com entusiasmo revolucionário, de olhar futuro, de necessidade incontrolável em seguir os novos tempos. Besteira! Esses nem sequer pararam pra olhar a renovação transformando tudo em silêncio e naturalmente, sem que nenhum intruso precisasse propor nada.

Quem chama alguém de saudosista, tem o olho torto, como aquela trupe de intelectuais que chamou o Candeia de ultrapassado, quando este propôs mudanças radicais no curso da Escola de Samba. E nem precisou de tantos anos pra ficar claro o quanto ele estava certo.

Chamar esse pessoal de saudosista, é uma forma covarde de tentar forçar as pessoas a seguirem alguma “tendência”. Assim como é covarde dizer que ser saudosista é negar o novo. Mentira! Isso é mudar o foco da verdadeira história. E a verdadeira história diz que o novo está em todo o lugar, querendo surgir, querendo um espaço. Porém, o novo está à mercê de uma dúzia engravatada que não quer mudanças. Não querem ver o novo surgir. Não querem mudar o time, porque acham que o time tá ganhando. Então, é muito mais fácil chamar de saudosista, quem não se molda ao estilo que eles querem manter.

Por isso é que ninguém tem que ser chamado de saudosista, pejorativamente, e ficar quieto. Porque atrás desse “apelidinho” está bem mais do que a intenção de criticar. Está, sim, a nítida intenção de segregar um pessoal que, admitamos, está fazendo bastante barulho ultimamente.

Até!



Clap, clap, clap, clap, clap.....