segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Florianópolis despreza os florianopolitanos

A temporada de verão já começou, mas alguns bares não estão prontos para receber os turistas.

Usei esta frase na última postagem. Ela é usada constantemente.

Mas será que só os turistas merecem um bom tratamento dos bares de Florianópolis? Os florianopolitanos não merecem?
O que os turistas tem a mais que os nativos? Dinheiro, óbvio. Quando eles se vão, deixam dinheiro, mas ao chegarem, levam nossa água, nossa energia elétrica, nossa comida e, por vezes, nossas mulheres e homens.
Se o dinheiro vale a pena tudo isso, só posso deduzir que nos prostituímos para os turistas.

Florianópolis realmente não está preparada para os turistas, e nunca esteve preparada para os moradores.

Ruas, praias, praças, todas arrumadas para o verão, para os turistas, enquanto o resto do ano passam esquecidas, desprezadas, para quando chegar o próximo verão serem revitalizadas.

A impressão que eu tenho é que nós, moradores, fazemos um favor para a cidade morando aqui fora de temporada. Mantemos a cidade durante o ano para que os turistas se deleitem no verão.


E o povo canta aos turistas: "Porque vieste com proposta amorosa? Eu que vivia num perfeito mar de rosa. Só conheci falsidade em lugar de carinho. No meio das flores quiseste levar-me ao monte de espinho" (Monarco)

Despreparo de bares para a temporada de Florianópolis

A temporada de verão já começou, mas alguns bares não estão prontos para receber os turistas.

Em Itaguaçú, os garços perguntam para os clientes se desejam algo mais, pois a cozinha está fechando. É meia noite e meia de sábado, sendo que os bares ficam abertos até às 2h.

Na Lagoa da Conceição, bares com ambiente fechado não possuem ar condicionado, nem ventilador. Clientes saem do bar pois não agüentam o calor. Se os clientes já sentem calor, imagine os músicos. O Grupo Novos Bambas toca toda sexta-feira em um dos bares com ambiente fechado, no centrinho da Lagoa. O bar encher pela música, mas a rotatividade de clientes é grande devido ao calor.

Florianópolis tem o apelido, ou título, de Capital do Turismo. Com certeza não é motivado pelo exemplo desses 2 bares.


E o povo canta: "Alalaô, ô ô ô, ô ô ô, mas que calor, ô ô ô, ô ô ô" (Antônio Nássara)

domingo, 30 de dezembro de 2007

Se me ver andando na rua, pára e me chama! Posso estar precisando de carona!

Frequentemente eu estou andando em algum ponto da cidade, por mais inusitado que seja. Desde a Palhoça até a Lagoa da Conceição, Balneário Camboriú, Sombrio, e até pelo centro de Floripa eu transito.

Frequentemente eu encontro algum conhecido de carro passando por mim. Mais frequente ainda é quando algum conhecido me encontra, porque, como disse no texto anterior, ali embaixo, sou míope e não vejo muita gente.

Frequentemente, quando nos encontramos, rola uma buzina.

Frequentemente eu continuo andando apé.

Peço encarecidamente pra quem me ver andando na rua, parar e me chamar. Eu posso estar precisando de carona.

Obrigado.


"Nunca mais vou te perder / Nunca mais vou te deixar passar / Você é quem mostra meu caminho / Nunca me deixa sozinho / Na hora da aflição / Se te chamam paradora / Eu dou um novo apelido / És a minha condução" (Artur de Bem e Jorge Jr.)

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Sou míope!

Sim! É difícil quando as pessoas admitem defeitos em si, mas eu admito!
As pessoas me perguntam: "Porque não usas óculos?"
Mas claro! Porque não pensei nisso antes?

Eu tenho um óculos. A armação está torta, as lentes estão tortas, além de defasadas. As lentes que eu usava eram de 1 grau cada (mistura de miopia com astigmatismo). Acontece que era só pra fazer grau. Efeito que é bom, nada. Pensei: se é pra ficar míope, vou ficar míope com vontade. Abandonei meu óculos.

Agora eu tenho a sã consciência que não enxergo, e as pessoas também, já que eu estou sem óculos.

Quando estou em algum evento e há pessoas conhecidas, eu evito olhar. Não por otarisse, babaquisse, ou coisa do gênero, é pura miopia.
Se eu olho alguém que não é um conhecido, me passo por folgado. Se eu acho que é um conhecido, quando chego perto, vejo que não é.
As vezes eu até enxergo um conhecido, mas não sei ver se ele está olhando pra mim, e não cumprimento de longe.

Não é estrelismo, nem nada, mas quando me encontrarem em algum lugar, venham falar comigo. Eu não vou enxergar, ou não vou saber se estão me enxergando também e não vou cumprimentar, ou não vou saber que são vocês.

Espero ter explanado a situação.


E pra me sacanear o povo canta: "Vejam essa maravilha de cenário..." (Silas de Oliveira)

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Por favor, seu tel. Perdi minha agenda

Só pra informar pro pessoal que o e-mail enviado não é vírus.

Eu realmente perdi minha agenda de celular.

A TIM me informou uma loja autorizada para manutenção do meu aparelho (Rua Tenente Silveira). Só que não é (só na Dom Jaime Câmara). E em 3 segundos o sujeito conseguiu a façanha de resetar o meu celular. Perdi fotos (o de menos), agenda de compromissos e todos os telefones registrados. Ele nem sequer quis saber de me informar o que fez, ou o que estava fazendo ou o que iria acontecer se o fizesse.

Sendo assim, peço encarecidamente que vocês me enviem seus telefones de casa, celular e do trabalho.

Muito obrigado!


Artur de Bem

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Pequenas explanações

Creio que nada do que foi publicado abaixo seja alguma ilusão.

Quem foi nos eventos ouviu com todas as letras, assim como todas as letras foram aquelas publicadas nos jornais.

Não fiz este comentário no espaço reservado para comentários da postagem abaixo pois ninguém lê e porque eu tenho a opção de publicar neste espaço. :)

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Sambistas soltam a voz e criticam Escolas de Samba

Nas comemorações do Dia Nacional do Samba, ocorridas em Florianópolis (30/11) e São José (02/12), os sambistas soltaram a voz pra cantar e aproveitaram o momento pra fazer críticas sobre o fato de “importar” sambistas cariocas.

Histórico
Em 2006 a Embaixada Copa Lord abriu, pela primeira vez, um concurso de samba enredo. Para a final estavam concorrendo 4 sambas. Um deles era de um carioca, Mará. Antes do concurso havia um boato de que o samba já estava escolhido, iria ser o carioca. Marçal do Samba, Rafael Leandro e Guilherme Partideiro, integrantes do Grupo Número Baixo, que concorriam em parceria, levaram um grandioso número de pessoas para torcer por eles. Diante da festa, a diretoria da escola se viu obrigada a, pelo menos, incluir o refrão do trio no “samba já escolhido”, e unir os 2 sambas.
Este ano a história foi semelhante. O trio estava concorrendo de novo e, de novo, havia o samba carioca na disputa. Só que o trio foi cortado pela diretoria dias antes da final e venceu o carioca, sozinho desta vez. Nas declarações do presidente, Jacaré, não haverá mais concurso, pois se desapontou com a baixa qualidade das composições e por se incomodar demais com o concurso.
Na Consulado houve o fato de maior repercussão. Reza a lenda (ou seja, as informações daqui por diante divulgadas são impressões do autor, daquilo que foi lido em jornais e conversado em rodas de conversas) que o samba escolhido pelos jurados não foi o escolhido pela diretoria da escola para ser o vencedor. Como a diretoria fala mais alto, venceu um samba de uma compositora desconhecida até então. Ao procurá-la, descobriu-se que era uma carioca. A revolta dos integrantes foi tamanha que, entre umas ameaças de saída da escola e outras, a diretoria voltou atrás e escolheu um samba florianopolitano porém, alterado. A escolha não agradou e os desligamentos da escola continuaram.

Presente
Há algum tempo há, implicitamente, um movimento pra fortalecer o samba local. Os grupos Bom Partido e Número Baixo são alguns exemplos. Um dos ideais desses grupos é cantar sambas feitos na cidade, por compositores da cidade.
A Associação dos Sambistas da Grande Florianópolis (ASGFLO) surgiu com, entre outras finalidades, esse propósito: de congregar e exaltar os sambistas locais.
O movimento se fortalece a todo instante ganhando apoios cada vez mais explícitos de Jeisson Dias, André Calibrina, Maria Helena, Vicente Marinheiro (estes 3, por sinal, nascidos no Rio de Janeiro), Sabaráh, Vlademir Rosa, Rachel Barreto, Celinho da Copa Lord, etc.
O surgimento das Velhas Guardas das Escolas de Samba é outro exemplo do reflexo desse movimento. Senhores que não iam mais ao samba, hoje sobem ao palco, cantam e são aplaudidos. A União das Velhas Guardas é outro exemplo.
O Projeto Cultural Mantendo as Tradições é outro exemplo deste movimento. Com o propósito de cantar sambas locais, incentivar músicos, compositores, cantores, o Projeto seque para o terceiro ano de existência, com suas próprias pernas. Perna de gente bamba.
Enfim. Exemplos de música de qualidade não faltam. O que falta é coragem de dizer: eu aplaudo músico de Florianópolis.
Gostaria de agradecer à Consulado por nos ajudar a fortalecer este movimento de cultuar os sambistas locais.
E pra constar: não temos nada contra os sambistas cariocas. Nem poderíamos. Só não vemos necessidade de trazê-los percebendo a vasta qualidade dos nossos.

E o povo um dia vai cantar sem medo: “O samba lá em Floripa é lindo / E saiba, também é batido na palma da mão / O povo recebe você sorrindo / E só de pensar na partida dói o coração” (Adilson Bispo, Lula Matos, Anderson Baiaco) – Cariocas.