quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Celular. Um mal necessário ou um bem desnecessário?

Em uma consulta médica, onde havia uma placa pedindo que desligasse o celular, o próprio medido desrespeitou a “lei”, atendeu uma ligação, não chegando, sequer, a terminar a minha consulta. Com o dito cujo na orelha, esticou o papel com a receita médica em sinal de “tchau”. O que mais me irrita é o fato de eu ter desligado o meu. Fiz errado? Acho que não. Obviamente não retornarei àquela clínica.

Quando eu entrei na Faculdade Estácio de Sá pela primeira vez, para fazer a minha matrícula, percebi algumas placas do tipo: “Desligue seu celular, você não passou no vestibular com ele.”. Proposta interessante. Desrespeitei a regra pensando da seguinte forma: Quando meu celular toca, ele vibra e só depois faz barulho. Em um primeiro momento não incomodaria ninguém e eu teria tempo de cancelar a ligação, ou atender, caso fosse algo emergencial, visto que eu quase nunca uso. Depois pensei: Não é o fato de fazer barulho, mas, sim, de atrapalhar uma conversa.

Hoje nas salas de aula, não importa a série, todos usam celulares. Professores e alunos. Até mesmo aquelas pessoas que entram para dar algum recado sobre algum evento: “Opa pessoal, desculpa.”. Desliga, melhor dizendo, cancela a chamada e continua com o recado.

Uma amiga, que cursa o ensino médio em colégio público, me disse que atendeu o celular durante a aula. Quando a professora pediu que desligasse, essa minha amiga ficou brava. Pensou estar com a razão pois a aula estava chata. Argumento furado. Outra informação que ela disse foi o fato dos professores também atenderem o celular durante a aula. Um erro não justifica o outro.

Faculdade, ensino superior, e o problema continua. A placa, a pouco citada, está fixada em todas as salas de aula. Incluindo a minha. E porque cargas d’água o cidadão deixa o celular ligado, se não há necessidade? E se há necessidade, configure o eletrônico para que não faça barulho no primeiro instante, saia do recinto, e atenda a infortuna ligação.

É uma incomensurável falta de respeito com o professor e com o graduando ao seu lado, além do fato de não prestar atenção àquilo que o professor diz. Mas creio que isso não seja o suficiente para tirar o sono do aluno telefonista.

Sem mais delongas, meu caro colega, por favor, desligue o celular.

E o povo canta: "O chefe da polícia / pelo telefone mandou avisar / que na Carioca tem uma roleta para se jogar" (Donga / Mauro Duarte)

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