quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Bandido continental

Muito se fala em policiamento nas pontes para não entrar bandido em Florianópolis. Concordo com dois itens: reforçar o policiamento e colocá-los nas pontes. Mas, porém, todavia, no entanto, entretanto, contudo, há muito bandido na Ilha. Com isso vamos evitar também que esse bandido saia da ilha e entre em Florianópolis?
Não entendeu? É que Florianópolis possui uma ponte. Inclusive é o maior cartão postal da cidade. Uma ponte, a princípio, e desculpem a minha ignorância, não sou nenhum especialista em engenharia, mas creio que sirva para ligar dois lados. No caso, ilha e continente. E pasmem, Florianópolis possui uma parte continental!
Intensificando o policiamento nas pontes, só agrava a situação. O bandido ilhéu deita e rola somente na ilha, e o bandido continental deita e rola somente do continente, junto com bandidos de São José, Palhoça, Biguaçú....
Então criaremos um setor da polícia somente no continente? Não. Chega de aphartaid. A polícia deve ser da cidade toda.
Por não ser especialista no assunto, não me arrisco a dar sugestões extraordinárias para melhorar a situação, mas creio que aumentando o número de vagas de policiais, aumentando o salário dos mesmos, já é um grande feito. E, vua-lá, tá feita a mágica da “solucionática”.

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Oninpresença

Fico profundamente chateado, puto dos córno mesmo, com falta de responsabilidade, horário e compromisso.

Outro dia estive na Assembléia Legislativa para passar uma tarde no Plenário e conhecer a rotina dos nossos deputados estaduais. Não há rotina. Estão sempre fazendo coisas diferentes. Imagino que todo dia seja como o dia em que visitei: deputados sem nenhum aroma de responsabilidade com a seção.

Quando chego na faculdade, vejo alunos com a mesma forma de agir. Coisa que eu não via nem na quinta série. Porque naquela época era necessário a autorização do professor para sair da sala. Como na faculdade não há esse controle, o aluno acha que deve sair da sala o tempo todo, inclusive na hora de ir embora: “Ai professor, é que eu tenho um compromisso...”. Compromisso é com a faculdade no período de 18:50 até às 22:30. Não deve ser agendado nada de segunda à sexta nesse horário. Mas vai da prioridade de cada um. Ou como diria nosso ex-colega: “Vai da consciência, né?”

Já vi aluno chegar atrasado junto com mais dois. Esses dois sentarem primeiro e, quando esse integrante se apoiou na cadeira para sentar, outro integrante o convidou para sair. Não foi o caso de sentar, se levantar e sair. Foi o caso de não sentar e já sair de sala. Mas que diabos um infeliz desses veio fazer na faculdade? Conversar? Se quer conversar, liga pro 145!

Mas não dá de reclamar muito. Na Assembléia é exatamente a mesma coisa. Deputados que não comparecem, comparecem pela metade, comparecem no celular...

O deputado tem um compromisso toda terça e quarta feira das 14:00 até 18:00 e quintas das 09:00 até às 13:00. Durante esse horário, entrega a porra do celular pra um assessor e permaneça no Plenário até que se encerre a seção. É um compromisso.

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Limpeza urbana. A começar pelo fim.

Vejo em alguns bairros que, por não sei quem, são considerados nobres, pessoas passeando com seus cachorros portando sacos plásticos para limpeza do material fecal do animal. Só falta papel higiênico.

Outro dia passou por mim uma carroça, dessas que o pessoal usa pra catar papelão. A carroça parou pra catar uns papelões no lixo, enquanto seu cavalo, bem belo e formoso, cagava para a situação. Sem fazer trocadilhos com posições políticas. O cavalo levantou o rabinho, e começou a festa da imundice.

Será que o dono do cavalo, a exemplo das donas dos cachorros, não deveria usar também um recipiente para coletar o coco dos seus bixinhos?

Sim, porque o coco de um cachorro, embora muitas vezes só perceptivo quando pisamos, é pequenininho, não fede muito e é de fácil limpeza. Agora, o coco de um cavalo é muito grande, fede pra tudo que é lado, e demora pra ser limpo naturalmente.

Há evidências de que o coco de cavalo foi usado como tapa buraco. A prefeitura não apareceu com o asfalto, a Comcap não apareceu com a equipe de limpeza, uniu-se o útil ao agradável.

Pode parecer sacanagem com os pobres coitados dos catadores, mas porra, dá um jeito na merda do animal.

Eu ia ficar muito puto se um infeliz trouxesse um cachorro pra cagar na minha calçada. Imagina um cavalo.

Ainda bem que elefantes não voam.