domingo, 24 de setembro de 2006

Florianópolis, capital do turismo! Quem?

Florianópolis é conhecida, entre outros fatores, como a capital do turismo no Mercosul.
Só falta descobrir porque. Por mérito não deve ter sido.
Dizem que Florianópolis tem capacidade de atrair turista não só no verão. Mas não é o que se vê.

Todas as pessoas que eu conheço que são de outros estados, ou de outras cidades, se encantam com Florianópolis. Adoram o lugar, as pessoas, a culinária, as vistas e, entre outras coisas, os bares quando estão abertos.

Dia de semana, 18:30, e o comércio fecha.
Sábado, 12:00, e o comércio fecha.
Domingo o comércio não fecha. Domingo o comércio não abre.

Que espécie de turista a cidade quer atrair? Idosos? Pois se até os idosos reclamam que os estabelecimentos fecham cedo.

E aqueles donos que insistem em manter aberto seu empreendimento, são obrigados a fechar às 2 horas da manhã. Com clientes dentro. Porque, pelo que me consta, há uma lei que não deixa os bares e restaurantes abertos após esse horário.

E aqueles bares que tem música ao vivo? Ou melhor, samba. Porque eu nunca vi um povo ser tão negativo com um ítem genuinamente brasileiro. Pra fechar um bar que tenha samba, basta que se tenha um vizinho ao lado. Ou próximo. Ou no fim da avenida que faz uma transversal à esta rua, e desemboca há 3 Km de distância.
E depois dizem que os sambistas de antigamente é que sofriam preconceito.
Engraçado, nunca vi fecharem um bar que toca samba encima do morro.

Um espaço enorme pra ser explorado e ninguém dá atenção. Eu digo ninguém, porque quem dá atenção, o povo, não é ouvido, não tem vez. Quem não é ouvido e não tem vez, é ninguém. Quem deveria dar atenção, não dá: os políticos. Eu falo do mar.

3 pontes para travessia Continente-Ilha. 1 não funciona e as outras 2 não tem estrutura pra travessia de pedestre.
E o incrível: embaixo disso tudo temos água. E não usamos. Aliás, ninguém usa para jogar esgoto. Mas ninguém tem culpa. Porque alguém não faz o saneamento básico como deveria. Vejam, saneamento BÁSICO. Imagina o complexo.
Acho que os políticos e empresários, ou político-empresários, não usam o transporte marítimo por medo das hélices dos barcos revirar o fundo do mar e espalhar ainda mais sujeira. Porque pra mim, ainda há muita sujeira em nossos mares. E nos políticos e empresários. Ou político-empresários.

Travessia por mar ia sair muito mais barato do que construir beira mares, ferrovia para trens, elevados, terminais de ônibus...
Há que se admitir: Florianópolis não foi planejada. Não há por onde escoar os carros. Ou aterramos todo o resto e extingüimos a ponte, criando uma só Florianópolis, continental, ou usemos o mar.
Há um sincretismo religioso de Nossa Senhora com Yemanjá. Nossa Senhora é a padroeira do Brasil. Yemanjá, no Brasil, é a deusa dos mares. Ela não ia ficar brava. Yemanjá é a nossa mãe. Seria uma honra pra ela que nós usemos seu espaço. Adequadamente e com respeito. Não há o que temer.

Escancaremos as portas de nossos bares, abusemos de nossas vias marítimas, verbiaremos a estrutura de nossa cidade, para enfim ser de fato e de direito, a Capital do Turismo no Mercosul.

Já descobri por qual motivo Florianópolis foi escolhida a capital do turismo: Florianópolis, Ilha da Magia!
Não é tecnologia, é feitiçaria.
A bruxa tá solta...

Enquanto isso ninguém canta: "Um pedacinho de terra, perdido no mar..." (Zininho)

segunda-feira, 11 de setembro de 2006

Respeito é bom e eu gosto. E você?

Outro dia eu estava vendo televisão e tive uma surpresa ao saber que a Seleção Brasileira iria jogar contra a Argentina. Parei pra assistir.
Antes do jogo, foram executar os hinos dos países. Somente parte dos hinos foi tocada, misturando com o final.
Antigamente entravam em campo bandas locais, com maestro, etc. e o hino era executado ao vivo, na íntegra. Hoje é tocado em cd, e nem assim tocam o hino inteiro. Que falta de respeito!
Não sei dos outros países, mas o Hino Nacional Brasileiro tem 2 partes, e se não querem tocar a segunda parte, é até compreensível, mas não tocar a primeira parte inteira?
Eu acho que começaram com isso em uma olimpíada, quando o Xuxa ganhou uma medalha de ouro, tocaram o hino até a metade e os outros nadadores e torcida, que estavam atrás do Xuxa, continuaram cantando. Todos respeitaram e se mantiveram em silêncio enquanto os brasileiros cantavam e choravam o Hino Nacional Brasileiro.
Eu lembro que eu tinha um caderno com a letra do hino atrás. As duas partes. Alô governo! Tá na hora de voltarem a fazer isso!

Ainda falando do jogo, ainda antes de começar, o árbrito pediu 1 minuto de silêncio em homenagem à morte de alguém. Mas não durou 1 minuto. Nunca dura. Oras bolas carambolas! Se é pra lembrar a morte de alguém e pedir 1 minuto de silêncio, que façam. Não estamos no mundo do faz de conta. "Ah, faz de conta que deu 1 minuto! Faz de conta que tocaram o hino todo! Faz de conta que essa nota de 1 real é de 100!" Não funciona.

Será que esse mundo atual está com tanta presa que não pode esperar 8 minutos pra tocar os hinos e lembrar da morte de alguém?

E pra vocês, o Hino Nacional Brasileiro.
Música de Francisco Manoel da Silva
Letra de Joaquim Osório Duque Estrada

1ª Parte:
Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
De um povo heróico o brado retumbante,
E o sol da Liberdade, em raios fúlgidos,
Brilhou no céu da Pátria nesse instante.

Se o penhor dessa igualdade
Conseguimos conquistar com braço forte,
Em teu seio, ó Liberdade,
Desafia o nosso peito a própria morte!

Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!

Brasil, um sonho intenso, um raio vívido
De amor e de esperança à terra desce,
Se em teu formoso céu, risonho e límpido,
A imagem do Cruzeiro resplandece.

Gigante pela própria natureza,
És belo, és forte, impávido colosso,
E o teu futuro espelha essa grandeza

Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!

Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!

2ª Parte:
Deitado eternamente em berço esplêndido,
Ao som do mar e à luz do céu profundo,
Fulguras, ó Brasil, florão da América,
Iluminado ao sol do Novo Mundo!

Do que a terra mais garrida
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores;
"Nossos bosques têm mais vida",
"Nossa vida" no teu seio "mais amores".

Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!

Brasil, de amor eterno seja símbolo
O lábaro que ostentas estrelado,
E diga o verde-louro desta flâmula
- Paz no futuro e glória no passado.

Mas, se ergues da justiça a clava forte,
Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria morte.

Terra adorada
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!

Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!


E o povo continua cantando: "Foi em Diamantina, onde nasceu JK, que a Princesa Leopoldina, arresolveu se casá..." (Sérgio Porto)